Eu sou igual à você

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Com amor, Josie

Eu sou igual à você, a maior parte da minha vida é completamente normal.
Meu pai era o Quarterback bonito que arrancava suspiros das meninas e minha mãe a mais popular da escola, e não, o auge da vida deles definitivamente não foi o colégio.

Tenho uma irmã de quem eu gosto, não que eu vá falar isso para ela. Se chama Lizzie e somos gêmeas. Fraternas, claro. No ano passado depois de assistir inúmeras vezes super chefe, ela decidiu querer ser "uma" também, e, desde então somos cobaias da sua culinária extravagante. Esse é um dos inúmeros talentos que ela possui.

Também tem minhas amigas. Hope e Davina, elas eu conheço desde o começo dos tempos ou pelo menos do jardim de infância. Uma delas conheci faz alguns meses, se chama Jade, mas parece que conheço a vida toda. A gente faz o que todo amigo faz, bebemos café demais, assistimos filmes dos anos noventa e vamos ao Starbucks sonhar com a faculdade e se encher de carboidratos.

Então como eu disse, sou igual à você, levo uma vida perfeitamente normal só que tenho um grande segredo...

E quem eu sou? bem, sou Josie Saltzman, Josette na verdade, mas é um nome muito grande então prefiro Josie. Não sou popular na escola ou faço alguma coisa para mudar isso, mesmo eu sendo boa em alguns esportes. Para ficar ainda mais estranho escrevo cartas para todas as garotas que tive um crush, se isso é bizarro? claro que sim! Afinal sou estranha mesmo. E para quem queria saber o meu grande segredo, então lá vai! Sou lésbica completamente no armário! Ninguém além de mim sabe disso. E não é algo que eu queira expor. É por isso que escrevo cartas sobre minhas paixões frustradas. Minhas cartas são os meus bens mais secretos, são cinco no total; Bella do acampamento, Hailee do sétimo ano, Finch do baile, Meghan do Starbucks e Penelope Park a capitã do time feminino de futsal. Eu escrevo cartas quando tenho um crush tão intenso e não sei o que fazer. Depois que passa releio e vejo o quão profunda sou em relação à cada uma delas.

-Hey! senti alguém jogar um travesseiro no meu rosto
-A gente vai jogar ou não? era Lizzie

-Me deixa terminar de escrever.

Escutamos panelas caindo no chão.
Esse era meu pai Alaric Saltzman querendo dar um de chefe. Nossa mãe é médica e vive em plantões. Nós temos que nos virar na maior parte do tempo.

-Vamos descer e ajudar? perguntei
deixando meu caderno dentro da gaveta

-Você sabe que ele quer fazer tudo sozinho Jo, mas podemos pôr a mesa. Aff! Odeio quando ele faz comida caseira, sempre tem um gosto péssimo. eu ri porque ela tinha razão

-Apesar disso, tudo o que ele colocar na sua frente quero que coma e diga que está delicioso! Lizzie as vezes acaba sendo sincera demais

COM AMOR, JOSIE (VERSÃO POSIE)Onde histórias criam vida. Descubra agora