Leia a intrigante história de um cavaleiro em busca de vingança. Onde em seu caminho surgiram obstáculos que testaram não só a sua força, mas sua moral diante de um mundo que mostrará para ele como a realidade realmente é, e quando esse momento cheg...
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"Há apenas uma história verdadeira. E um futuro verdadeiro. Escutem bem, pois a criança nascida da miséria será aquela que trará a esperança. Do mais fraco virá a força, dos perseguidos, a liberdade." - Canção de Venda, Mary E. Pearson.
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Na época medieval, existiam lendas sobre seres híbridos cuja fome era saciada por qualquer coisa que sangrasse. Entretanto, suas presas prediletas eram os humanos, pela sua carne saborosa.
Eu me chamo Tom, e vivo em um vilarejo fora do reino de Rohan. É um lugar simples e pacato. Sobrevivemos ao inverno graças à colheita e ao gado que prosperam esse ano, mas ultimamente há boatos de que monstros circulam por nossas terras.
Tudo começou quando o senhor James desapareceu em meio a noite. Testemunhas que estavam por perto alegam ter ouvido gritos e estrondos vindo de sua casa, visto que ao amanhecer encontraram lá toda destruída, como se estivesse ocorrido um combate. Contudo, ainda são rumores e não sabemos o que de fato aconteceu, mas surge um certo receio disso. Sinceramente nunca vi nenhum monstro aqui, além dos que minha mãe contava em suas histórias.
Lembro-me como se fosse ontem. Era uma noite fria de inverno e eu estava enrolado junto ao meu irmão mais velho, bem próximo a lareira, e minha mãe sentada em uma das poltronas velhas segurando o mesmo livro de contos. Nós crescemos sem pai, ele morreu em batalha. Ela sempre dizia o quão incrível ele era, além de ter nos contado tantas vezes a história de quando se conheceram que já sei até de cor. Pois é, tempos bons aquele.
Logo irei fazer 18 anos, e me alistarei ao exército de Rohan assim como meu irmão Harry. Ele é um dos tenentes, o orgulho da família. Muitas pessoas o olham e se intimidam pelo seu semblante fechado, mas ele é bem legal e sempre quando vem nos visitar grande parte das moedas que temos vem dele. Ele gostaria que mudássemos para o reino, mas nossa mãe tem memórias e praticamente uma vida inteira aqui no vilarejo. Ela não poderia simplesmente largar tudo, e nós entendemos perfeitamente.
Por fim, tirando toda essa breve explicação sobre mim e minha família, eu estava empilhando feno para as cabras e depois iria no mercante comprar alguns produtos que minha mãe pedira. A noite estaria livre para sair com os meus amigos.
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O dia passou rápido, mas o trabalho havia sido exaustivo. Mal tive tempo para comer, estava animado demais para sair. Ah, quase esqueci de mencionar o motivo, iríamos nos juntar na busca pelo senhor James. Minha mãe não queria que eu fizesse isso com medo de que realmente houvesse algum monstro, mas se eu quero ser um cavaleiro igual ao meu irmão um dia, não posso temer tal mal em minha frente, não é mesmo? Terminando o jantar, me levantei às pressas em direção a porta. Minha mãe como sempre pedindo proteção aos deuses por mim. Logo em seguida, fui direto ao ponto de encontro.
Próximo ao local, encontravam-se eles: Adrian e Jasper, meus amigos de infância e que compartilham dos mesmos sonhos que eu.
— Você está atrasado.
— Qual é, pensa pelo lado positivo, isso deu tempo suficiente pra você ensaiar seu discurso para a Aimee. — disse Adrian em tom de desdém.
— Cala a boca! — retruca Jasper, demonstrando timidez.
Esses dois nunca mudam. Adrian é o cabeça entre nós, ele quer se tornar um guarda do exército real e quem sabe algum dia se tornar um grande estrategista em guerra. Mas convenhamos, ele só quer fugir das batalhas mesmo. Ainda assim, é uma boa desculpa.
O Jasper é o oposto, o que ele tem de coragem tem de burrice. Foi ele quem deu a ideia de nos unirmos ao pessoal da busca. Sempre foi audacioso, e de tanto ouvir histórias sobre os heróis antigos, sonha em se tornar uma lenda como eles um dia, para quando envelhecer ter mil histórias para contar aos netos, e já que ele vinha de um jeito ou de outro, viemos juntos para que ele não faça nenhuma besteira. Mas confesso que mesmo concordando com o Adrian sobre ser muito arriscado irmos, não conseguia conter a empolgação dentro de mim. Quero me tornar alguém grande um dia, mas não tão burro quanto o Jasper.
Sem mais enrolações, partimos para a busca.
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