Se não tivesse pensado no Hisoka

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Há alguns dias houve o famigerado conselho de classe no colégio Hunter, onde chegaram a conclusão de que os alunos não estão tão próximos dos professores e por isso o rendimento deles estava baixo.

Visando um melhor desempenho dos estudantes no próximo bimestre, a Coordenadora Biscuit Krueger se dispôs a fazer uma pesquisa com eles, na qual os alunos dirão suas opiniões sobre os professores.

Agora que o texto que mais parece uma questão de matemática acabou, podemos ir para a parte legal — se é que tem uma.


————


O primeiro aluno que chamei foi o presidente do conselho estudantil, Kurapika Kurta. Em minha sala, ele sentou-se com um ar superior, braços cruzados e indiferente. Só queria saber de onde o loiro atribuiu esse gênio difícil.

— Então, querido, qual a sua opinião sobre o Illumi-sensei? — Meus Deus, porque escolhi logo esse homem? Ele é estranho, parece uma mulher e ainda é metido a besta. Ninguém o suporta. — Sem xingamento aos professores, todos eles merecem respeito — enfatizei

Kurapika assentiu com a cabeça.

— Hm, vejamos... ele é estranho.

— Ah, certo — disse por alto, enquanto começava as anotações.

Ao terminar, fiquei observando, esperando que dissesse mais alguma coisa, em silêncio. Mas o Kurta não disse mais nada.

— Não vai dizer mais nada? — perguntei decepcionada.

Ele é tão certinho, queria ouvir dele algumas coisas erradas.

— Sim — respondeu ríspido.

Kurapika se levantou da cadeira indiferente.

— Já posso ir?

— S-sim! — Cocei a nuca e sorri sem jeito para ele, que saiu de sua sala. — Gente, para que ser tão sério? Faz mal à saúde! — murmurei sozinha na sala.


————


Agora foi a vez do irmão do Illumi-sensei, Killua Zoldyck. É o garoto rico e rebelde de nossa escola. Tenho minhas dúvidas sobre sua amizade com o garoto Gon. Sei lá, só acho que ele tem interesses a mais com ele.

— Bom dia, Killua.

— Bom dia, velh...digo, Bisky.

Franzi minha testa cólera. Esse menino é um peste.

— Biscuit para você, mocinho. — Engrossei a voz para parecer autoritária.

— Tá, que seja.

Repara, não te deram educação?

— Killua — disse num tom de repreensão. O garoto deu de ombros. — Ok, qual sua opinião sobre o Hisoka-sensei? — Ele com certeza é o meu favorito, tão lindo, elegante, charmoso, gostoso...

Killua lançou-me um olhar sapeca.

— Ah, eu não gosto dele.

— Ora, porquê? — Como não? Ele é tudo de bom!

— Ele tem uma cara de rapariga bem irritante.

Tenho que concordar, mas... claramente queria que ele me olhasse com sua cara de rapariga. Digo...

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