꒰🫐꒱𝗴𝗿𝗲𝗻𝗮𝗱𝗲.

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10 anos depois...

ANY GABRIELLY POV

10 anos que tudo aquilo aconteceu, agora Henry está um saco, nunca imaginei que Henry com 13 seria aquele adolescente rebelde, isso que está só no começo. Mas até que ele é bonzinho por causa de tudo que passei.

No começo eu não gostava da ideia de Henry ser parecido com Josh quando era menor, mas hoje é muito pior, já que está mais parecido ainda.

Vou dizer a verdade para vocês, eu ainda sinto falta do Josh, mas ele está bem. Ainda sigo ele no meu Instagram e vejo sempre sorrindo, parece que ele está bem diferente de mim. Desde que eu e Henry nos mudamos eu fiquei pior, mas tentei me segurar por conta de que ele era muito novo, mas isso não quer dizer que eu não sinto falta do Noah.

Já teve dias em que eu vi Henry chorando, seus colegas de escola zoam ele por não ter um pai presente e por ter uma péssima mãe que não deu a chance dele conhecer e ficar próximo do pai.

Depois de tudo que rolou, nem com Sina eu consegui manter contato, sei que é errado proibir meu filho de ver a própria família e eu me culpava por isso, pois meu filho teria tido uma infância melhor.

— Mãe, cheguei. — diz Henry.

— 'Tô no quarto. — digo com a voz embargada.

— Mãe, você não está chorando de novo por ele, não é? — pergunta Henry.

Ele sabia que não era a primeira vez que eu chorava por Josh, e, bom Henry podia ser pequeno mas se lembra de tudo e odeia Josh, e se recusa a chamar o mesmo de pai.

— Desculpa filho, eu pensei que conseguia, mas parece que não consigo. O fato de que você cresceu sem pai, é culpa minha, pois eu poderia deixar você ter contato e por isso você poderia ter tido uma infância melhor, filho. — digo.

— Poxa mãe, não se culpe. — diz e vem me abraçando. — Você sabe que eu sou grato por tudo que você fez por mim, a senhora mãe é a melhor mulher e mãe do mundo e eu não me importo com o que eu poderia ter tido e sim que a infância que eu tive foi a melhor que eu poderia ter. — diz Henry.

HENRY SOARES POV

Não queria fazer isso mas eu preciso, ela se culpa e eu preciso provar para minha mãe que independente de tudo que aconteceu, foi melhor daquele jeito.

— Alô?

— Alô?

— Tem alguém aí?

— Sou eu, Josh.

— Henry?

— Sim.

— Meu filho, eu sei que fiz coisas erradas. Sua mãe deve ter contado sobre o que aconteceu.

— Desculpa, mas eu não quero saber sobre o que rolou, não quero também que você me chame de filho, porque não sei se você entendeu, mas aquele último abraço dez anos atrás foi a despedida de filho, okay. Meu nome é apenas Henry Soares, mas eu preciso que você venha para o Brasil e mostre para minha mãe que está tudo bem com nós e que ela não tem culpa do que rolou. Lembrando que eu ainda não te perdoei, eu só estou te ligando por causa de um caso extremo eu mando as informações para a tia Sina.

— Tchau.

Eu não queria ter que fazer isso, voltar a falar com o meu pai, por tudo que havia acontecido, mas minha mãe não estava bem e ela precisava dele, mesmo depois de tudo o que rolou. Mas, o problema é que eu não sei se ele ainda precisa dela. Eu odeio ver minha mãe se culpando por coisas que eu não tive.

JOSH BEAUCHAMP POV

Ainda não havia caído a ficha que eu tinha falado com meu filho, que obviamente por bobeira minha, perdi tudo o que havia de mais importante na minha vida. Depois daquele término, e também do jeito que as coisas acabaram eu com certeza não fiquei bem, eu não me perdoei por fazer isso com as duas pessoas que eu mais amo, eu ainda me lembro de quando ela dizia, que poderia machucar todo mundo, inclusive ela. Mas não poderia sequer magoar meu filho, e foi isso que eu tentei fazer, mas como sempre foi uma tentativa falha.

— Ele disse para você pegar um voo para São Paulo, no aeroporto de Guarulhos e passar para o Uber esse endereço. — diz Sina me entregando um papel com o endereço e logo depois saindo.

Desde que Sina descobriu sobre a traição nossa relação ficou muito diferente, pelo fato de que ela e a Any sempre foram melhores amigas. Por isso conheci ela, e desde então ela ficou muito chateada pelo seu próprio irmão conseguir ser babaca suficiente para trair a sua melhor amiga e a mulher que ele dizia que era a mulher da sua vida, e então depois que tudo aconteceu ela e Any não mantinham contato direito.

— Sina, podemos conversar? — digo.

— O que você quer? — diz Sina.

— Queria te pedir perdão, por machucar sua melhor amiga e te afastar dela.

— Agora? — diz Sina.

— Desculpa, eu não tinha conseguido me recuperar sobre o que rolou e... — sou interrompido por um longo abraço.

— Eu não consigo ficar sem falar com você por muito tempo, maninho. — diz Sina.

[...]

— Err... mãe, pai, eu quero conversar com vocês. — digo.

— O que foi, Josh? — diz minha mãe.

Eles pararam de me chamar de filho com o tempo, meu pai eu sei que ainda me ama mesmo depois da burrada que havia feito, mas minha mãe eu ainda não tinha dúvidas. Ela amava Any, dizia que era a melhor garota que eu já havia me relacionado, elas eram quase mãe e filha, e por uma besteira minha eu cortei o laço que minha família tinha com ela.

— Eu quero que vocês dois me perdoem, por acabar com a relação que vocês dois tinham com Any, e eu entendo se vocês, principalmente a senhora, mãe, não me amarem. — digo, mas sou interrompida pela minha mãe.

— Meu amor, eu nunca deixei de te amar. Obviamente eu fiquei muito chateada pelo o que você havia feito com a Any, mas pode acontecer qualquer coisa, que uma mãe nunca deixa de amar seu filho independente do que ele faça amor de mãe é de sempre. — diz minha mãe e eu suspiro aliviado.

— Sua mãe está certa, Josh. Você pode ter cometido um baita de um erro, mas errar é humano, porém persistir no erro é burrice, se um dia nós não errarmos como iremos aprender. — diz meu pai e eu apenas assinto calado.

— Então aprenda com os seus erros meu filho e aprenda com eles, e nunca mais o cometa novamente, pois onde magoar não é só a uma pessoa, e sim todas as pessoas ao seu redor. — diz minha mãe para finalizar.

Logo começamos um abraço entre nós, me fazendo ficar mais calmo.

— Quero falar também que eu vou para o Brasil me resolver com a Any e meu filho. —digo.

— Ótimo, filho. Se resolva com ela. — diz meu pai. — Mas se lembre, pega leve com o Henry.

Agora tudo estava entrando nos eixos, estava me resolvendo com as pessoas que amo e que em um dia magoei, só faltava duas pessoas que são importantes demais para a minha vida e eu vou dar um jeito em consertar tudo.

꒷꒦

Xoxo
— S