꒰🫐꒱𝗴𝗿𝗲𝗻𝗮𝗱𝗲.

꒰🌹꒱𝘁𝗵𝗿𝗲𝗲

ANY GABRIELLY POV

Aquele dia consegui aproveitar, e parece que consegui voltar a enxergar o Josh de 5 anos atrás, o menino por quem eu realmente me apaixonei. Agora eu e Josh estamos assistindo pela centésima vez Teen Beach Movie, meu filme favorito.

— Você com certeza seria uma motoqueira. — diz Josh acariciando meu cabelo.

— Eu tenho certeza que você seria um surfista. — digo.

— Para de... — ele é interrompido por seu celular acabar tocando.

— Alô... hm... aham... eu 'tô na minha casa descansando agora não consigo ir aí... tá bom... eu entendo... tchau. — diz Josh durante o telefone.

— Você tem que ir não é? — digo e ele assente.

— Desculpa por estragar a nossa tarde. — diz me dando um selinho e logo sumindo da minha vista indo em direção ao quarto se arrumar.

Agora 'tô sozinha em casa, já que o Henry está na casa de Úrsula. Vejo Josh descendo todo arrumado.

— Posso ir com você? Não quero ficar sozinha. — digo com beicinho.

— Desculpa amor, mas não dá. — diz saindo de casa.

[...]

Eu estava estranha, fazia um tempo que Josh havia saído e eu estava desconfiando do que estava rolando. Eu sei que vou me arrepender de fazer isso, mas pego o meu carro e vou em direção ao estúdio de Josh. Aceno para o "zelador" do estúdio entro no elevador indo em direção a sala do Josh mas enquanto vou andando pelo corredor, escuto uns... gemidos, uma menina bem escandalosa.

— Own, vai mais r-rápido, J-Joooosh. — diz a tal garota.

Ela disse Josh?

Vou indo em direção a sala do meu marido e vejo a pior cena da minha vida. Vejo Josh matendo na garota de olhos fechados.

— Parece que você não tinha nenhum trabalho, certo Josh. — digo.

— A, ham, Any me desculpa por favor. — diz Josh.

— Te dei tudo que eu tinha e você jogou no lixo. Você jogou no lixo, você jogou. — digo.

Ele apenas corria para se vestir, nesse momento, aquela garota já havia saído de lá.

— Tudo o que eu pedi foi que você me desse todo seu amor, porque o que você não entende é que... — digo,mas sou interrompida.

— Eu sei que eu errei, mas não tem o que fazer se eu não te amo mais do mesmo jeito. — diz.

— Eu pegaria uma granada por você. Cortaria minha mão fora por você. Eu pularia na frente de um trem por você. Você sabe que eu faria qualquer coisa por você. — digo chorando e vejo os olhos de Josh marejados.

— Eu sei. — diz sussurrando.

— Eu passaria por todo esse sofrimento. Levaria um tiro direto na cabeça. Sim, eu morreria por você, amor. Mas você não faria o mesmo. — digo saindo da sala, mas Josh me interrompe segurando meu pulso.

— Por favor, não faz isso. — diz chorando.

— Se meu corpo estivesse pegado fogo, oh, você me assistiria ser queimada viva. — digo chorando mais. — Disse que me amava, mas você é um mentiroso, porque você nunca, nunca, nunca amou, querido. — digo. — Mas amor, ainda assim eu pegaria uma granada por você. Cortaria minha mão fora por você. Eu pularia na frente de um trem por você. Você sabe que eu faria qualquer coisa por você. Mas você não faria o mesmo. — digo chorado e saindo do estúdio.

[...]

A estrada estava escura e eu estava com sono, mas eu não podia deixar o Henry se decepcionar com o próprio pai. Paro em um posto de gasolina, enquanto o tanque vai enchendo compro um energético para ver se consigo me manter acordada. Volto para a estrada a caminho da casa de Úrsula.

[...]

Chego lá caída de sono, mas eu tinha que ir embora.

— Querida, o que aconteceu?— diz Úrsula preocupada.

Eu também estaria, são mais de 00:30 e eu estou aqui na porta da sua casa com olhos inchados de tanto chorar e com a aparência péssima.

— Eu vim buscar o Henry. — digo e Úrsula faz uma cara de confusa. — Eu vou embora Úrsula, e pretendo nunca mais aparecer. — digo.

— Por que querida? Não acho que isso seja necessário nesse momento que você e o Josh estão tão bem. — diz.

— Era isso que eu também pensava, Úrsula, mas não é isso que está acontecendo. — digo. — Por favor eu só quero levar o Henry, Josh já me machucou demais e não quero que ele machuque o próprio  filho, que é bem capaz de acontecer.

— ANY, POR FAVOR, NÃO! — diz Josh.

— Úrsula,me desculpa por falar desse jeito, mas eu só quero meu filho e evitar confusão. Se você não trazer ele aqui eu vou e você vai se arrepender do que vai rolar aqui. — digo grossa e vejo que ela estava sem graça.

— Mamãe, eu ouvi sua voz do quarto, veio me buscar? — assinto e Josh fica calado e confuso.

— Vai buscar suas coisas por favor. — digo.

— Você vai voltar para casa? — pergunta Josh.

— Eu vou passar apenas uma noite lá para arrumar as minhas coisas e do Henry. Logo vou voltar para o Brasil, e então poderá viver sua vida com a vadia que estava comendo no seu escritório, espero que ela te dê a felicidade que eu não consegui te dar nem com um filho. — digo chorando.

— Mamãe, você está chorando? — diz Henry.

— Não meu amor, vem, vamos para casa. Seu pai, ele vai ficar aqui na vovó. Seja educado como eu te ensinei e diga tchau. — digo e Henry obedece.

Vejo Henry ir até Noah, abraçar ele e entrar no meu carro.

— Por favor, fica comigo, e-eu juro que vou mudar. — diz Josh chorando.

— Eu já te dei essa chance e você jogou fora, não adianta eu te dar outra chance para você errar de novo e talvez da próxima vez você irá machucar o seu filho. Saiba que eu esperava mais de um jovem de vinte e três anos, talvez um dia eu volte, ou deixe você falar com o seu filho.

꒷꒦

Xoxo
— S