ep 33

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Lizzie on.

— Como foi a noite ontem? - Scarlett entra na minha sala, com um sorriso cafajeste.

— Nem um bom dia?

— Claro que é um bom dia, você passou a noite transando com a S/n - ela fala, me fazendo sorrir.

— É, foi bom - digo, enquanto ajeito alguns papéis.

— "É, foi bom" - ela repete sarcástica - pelo o amor de Deus Elizabeth!

— Eu não vou dar detalhes.

— Por que não?! Elizabeth! - Scarlett me repreende.

— Scarlett! - repreendo-a de volta.

Antes que ela pudesse insistir, escuto batidas na porta.

— Entra - ordeno.

— Srta Olsen, tem um homem lá em baixo que insiste em falar diretamente com a senhora. Perguntei se ele tinha marcado algum horário, e ele disse que não. Eu falei que ele precisava marcar, e ele está dizendo que só vai embora depois de falar com você.

A recepcionista da entrada fala tudo de uma vez e por um instante sinto meu coração errar as batidas. Scarlett me olha meio apreensiva já imaginando quem possa ser.

— Não é ele... depois de tanto tempo e depois de tudo o que aconteceu, ele não viria - ela tenta me acalmar.

Engulo em seco e me levanto da cadeira, indo em direção à recepcionista.

— Espera, eu vou com você! - Scarlett anuncia, vindo atrás de mim.

Cada segundo naquele elevador pareciam horas. Minhas mãos estavam geladas e meu corpo inteiro estava arrepiado.

As portas da caixa de metal se abrem e nós três saímos logo em seguida.

— Ele está ali - a recepcionista aponta para o homem.

— Não pode ser - Scarlett diz em choque, quase que num sussurro.

Era o meu pai. O mesmo que matou a minha mãe e consequentemente a minha irmã.

Eu sinto meu corpo inteiro pesar, minhas pernas enfraqueceram, a respiração falhar... era como se eu fosse cair desacordada ali naquele instante.

Faço um esforço e me aproximo dele.

— O que você quer aqui? - pergunto autoritária. Jamais demonstraria fraqueza na frente dele, não mais.

— Filha! - ele sorrir, abrindo os braços em minha direção.

— Não me toca! - dou um passo para trás - e eu não sou sua filha. O que você quer aqui? - repito a pergunta.

— Eu quero conversar com você, Elizabeth.

— Eu não tenho nada para conversar com você. Agora já pode ir - digo curta e grossa, me virando para sair dali.

— Eu não vou sair daqui até você conversar comigo - ele fala um pouco mais alto, chamando a atenção de algumas pessoa que estavam ali.

Os guardas me olharam atentos, esperando qualquer tipo de sinal.

— Então você vai sair a força - digo enquanto aceno positivamente com a cabeça para um dos guardas dali.

Evito olhar para a cena atrás de mim e sigo meu caminho de volta para a minha sala.

— Lizzie... - Scarlett começa a falar assim que entramos na minha sala.

— Eu estou bem - dou um sorriso forçado - vamos trabalhar, tempo é dinheiro.

— É claro - ela sorrir docemente - qualquer coisa me chama, tá bom? - ela me dá um beijo na testa e sai, fechando a porta.

Respiro fundo e sinto meu estômago embrulhar, como se tudo fosse desmoronar novamente.

S/n on.

Vai falar com ela, deixa que eu termino isso para você - Brie se oferece.

Vi o que aconteceu agora há pouco com a Elizabeth, e pelo o que eu presumo aquele era o "pai" dela. A lizzie não me viu, e eu até sei o porquê, o quanto ela deve estar mal.

— Obrigada, Brie! - me levanto imediatamente, fazendo meu caminho até a sala de Elizabeth.

Bato na porta mas ela não fala nada, bato novamente e nada. Abro a porta desesperadamente, vendo uma Lizzie chorando silenciosamente com um copo de bebida alcoólica ao lado.

Corro até ela, abraçando-a fortemente. Ela se agarra em meu pescoço, afundando a cabeça no mesmo. Escuto os pequenos soluços que ela solta em meio ao choro.

— Ei! Eu tô aqui, tá bom? - aperto-a mais em meus braços - não vou deixar que ele te faça mal algum.

— Ele estava bem aqui, S/n - diz em um tom de voz choroso.

— Vem cá - puxo-a para o pequeno sofá que tinha ali. Eu me sento e ela deita com a cabeça em meu colo - não tínhamos como adivinhar que ele viria, mas agora que sabemos que ele está por perto, podemos tomar certas medidas e impedir que isso aconteça novamente, está bem? Eu vou estar com você o tempo todo, eu prometo! - tento acalma-lá, enquanto faço carinho nos seus cabelos.

— Promessa é dívida - ela deixa um pequeno sorriso escapar e eu solto um suspiro de alívio. Ela vai ficar bem.

— Passar o tempo com você não é tão insuportável como você fazia parecer no início - digo e ela vira a cabeça para me encarar.

— Obrigada - ela diz quase que em um sussurro.

— É isso que noivas fazem, não é? Cuidam uma da outra - dou um sorriso gentil para ela e continuo fazendo carinho em sua cabeça.

Vê-la nesse estado me quebrou por inteira. Vou fazer de tudo para protegê-la, ela merece ser cuidada.

*não revisado*
Parabénssssss AnyVitoria3, feliz aniversário!!!

Elizabeth olsen e S/n MillerOnde histórias criam vida. Descubra agora