When are you with me | Minho | Seungmin | Stray Kids

17

– Vestiu uma roupa? – Madie perguntou logo que viu Minho na tela do celular.

– Para sua infelicidade, sim. – Ele brincou e ela sorriu. – Então, o livro que você estava lendo é bom?

– É o meu livro favorito, me sinto em outra realidade, como se metade dos meus problemas não existissem. – Madie estava sempre tão sorridente mas sua fala fez Minho perceber que sua felicidade não era tão verdadeira assim.

– Você tá bem? – O seu rosto parecia abatido, tinha olheiras fundas e o seu nariz estava avermelhado.

– Estou, o que você fez nas férias até agora?

– Fui no mercado, fiz o jantar, tomei banho na piscina, fiz um amigo hoje... Acho que só.

– Fez um amigo? Como ele se chama?

– Han, é vizinho da minha avó.

– Que bom, assim você não se sente tão sozinho, não é?

– Eu estaria melhor se estivesse com você. – Madie sorriu de canto ao ouvir as palavras do rapaz e ele sorriu também abaixando a cabeça. – Desculpa, sei que você não gosta disso.

– Tudo bem, dessa vez eu gostei. – O sorriso do rapaz cresceu ainda mais. – Eu queria muito ir ao cinema, mas a Olivia tem me tratado diferente.

– E os seus outros amigos? O Chris...?

– Eles são mais ocupados do que eu...

– Por que você parece triste? Aconteceu algo?

– Além da minha melhor amiga nem olhar na minha cara diretamente? Bom, sim aconteceram muitas coisas. – Ela rir tentando disfarçar suas frustrações.

– Eu posso levar você ao cinema, se você quiser sair comigo é claro.

– Se fosse possível eu adoraria.

– Tá brincando? – Minho perguntou e ela negou.

– Não estou, preciso mesmo distrair minha mente.

– Pode aguentar mais um dia?

– Acho que consigo sobreviver até lá. – Minho sorriu mais uma vez. – Acho que vou tentar dormir agora, você deveria fazer o mesmo.

– Não sei se consigo, vou pensar em você a noite toda.

– Mas você precisa dormir...

– Eu prefiro muito mais pensar você. – Madie sorriu e negou com a cabeça.

Minho desligou a chamada e deitou-se em sua cama com um sorriso que poderia causar cegueira em qualquer um que entrasse naquele quarto, como ele disse, pensou na garoto por horas até finalmente acabar pegando no sono.

No dia seguinte o rapaz acordou ouvindo risadas vindo do andar debaixo, ele escovou os dentes e lavou o rosto logo descente até a sala onde todos estavam, incluindo Jisung e sua mãe.

– Minho, você finalmente acordou. – Han disse animado e levantou-se do sofá indo até o rapaz. – Sua mãe tava falando sobre o como você cozinha melhor do que ela.

– O que você faz aqui tão cedo?

– Cedo? São duas da tarde!

– O que? – Minho arregalou os olhos e logo lembrou-se de que levaria Madie ao cinema. – Mãe eu preciso do carro. – Ele disse e foi até a senhora para pegar as chaves.

– O que? Onde você vai?

– Vou levar Madie ao cinema e volto amanhã.

– Você ficou maluco? Não vai dirigir por três horas sozinho.

– Se não me der a chave eu vou de ônibus, não tem problema.

– Então vá!

– Ok.

Minho subiu novamente para o seu quarto e Han foi atrás do mesmo.

– Já deu para ver que sua mãe não vai abençoar esse namoro.

– Ela sismou com a Madie, tudo por que ela não quer fazer faculdade. – Ele disse irritado enquanto arrumava suas coisas na mala.

– Acho que não vou ver você de novo tão cedo, não é? – Han disse e se aproximou para ajudar Minho com as roupas.

– Provavelmente não. – Minho disse sem tirar os olhos do que fazia e o rapaz o ajudou a fechar a mala.

– Já vou indo, boa sorte com a sua garota. – Ele deu dois tapinhas no ombro do rapaz e saiu batendo a porta.

Quando estava tudo pronto enviou uma mensagem para Madie dizendo que talvez demorasse um pouco mais para chegar e quando enfiou o celular no bolso viu sua mãe entrar no quarto.

– Você vai mesmo?

– Eu disse que sim.

– Não vai conseguir uma passagem agora...

– Então eu pago um táxi.

Minha terminou de amarrar os seus cadarços e viu sua mãe jogando a chave do carro em sua direção.

– Se ela machucar você não diga que não avisei.

Ele sorriu de canto e desceu as escadas junto com sua mala, Han ainda estava lá embaixo quando ele viu ao lado de sua mãe, Minho educadamente se despediu e seguiu para dentro do carro. O caminho na estrada era tranquilo e para ajudá-lo a não ficar nervoso, Minho colocou uma música no rádio para tocar mas logo a música foi interrompida por Madie ligando.

Ele não tirou os olhos da pista, apenas ligou o fone de ouvido no carro e atendeu a chamada.

– Oi, você ainda vem?

– Sim, estou no caminho agora, vou o mais rápido que posso.

– Não precisa ter pressa, não vou sair daqui. – Ela disse e ele sorriu. – Escuta, eu tava pensando que... – Do outro lado, a garota mordeu os lábios ao pensar nas palavras que sairiam de sua boca e se eram adequadas para falar aquele momento.

– Estava pensando em que?

– Tem alguém na sua casa?

– Não que eu saiba, no que você pensou? – Minho perguntou e o seu coração bateu descompassado.

– Teria problema se passássemos a noite juntos? Não tenho nada de interessante para fazer aqui e acho que seria legal já que você tem a casa inteira só para você.

– N-não teria problema nenhum, então depois do filme vamos para a minha casa... – Ele repetiu nervoso. – Parece uma boa.

– Vou levar uma muda de roupa na mochila, tudo bem?

– Claro! – Ele quase grita e coça a garganta repetindo a palavra mais calmamente. – Claro.

– Certo, tenha cuidado na estrada.

O que aconteceria quando os dois estivessem sozinhos? Com vários cômodos da casa vazios, com todo aquele espaço apenas para os dois ficarem a sós? A cabeça de Minho dava giros de 360° graus ao pensar nas coisas que poderiam acontecer, junto de Madie ele não conseguia se manter em sã consciência, era como se estivesse enfeitiçado por ela todas as vezes que a garota abria a boca ou apenas olhava para ele.