"Expecto Patronum"

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Sirius se sentia tolo por ter fugido, também se sentiria tolo se tivesse escolhido ficar. Por que as coisas tinham que ser tão complicadas? Pelo menos havia conseguido impedir o Sonserino de cair.

Ele adentra o dormitório e descalça os sapatos, suspirando contente ao ter seus pés livres.

--Aí está você, chegou tarde, em! --James comenta, estando espichado em sua cama. --O que andou fazendo fora da comunal? Deu um jeito de conquistar o Sonserino de nossos sonhos?--Quem dera!

Sirius revira os olhos, suspirando ao ver que Remus realmente dormia em plenas cinco horas da tarde. O lupino não estava nada bem. Deveria ter o impedido de entregar aquele maldito caderninho, assim estaria em perfeita consciência.

--Eu cheguei atrasado na aula de aritmética, fiquei avoado a aula inteira, e ainda por cima, gritei com a professora. Por isso ganhei detenção, feliz?

James arqueia as sobrancelhas.

--O que aconteceu para chegar atrasado e fazer tudo isso?

--Enquanto eu subia as escadas que se mexem, Snape estava logo em minha frente lendo o caderninho de Remus, faltava pouco para ele cair na escuridão, então eu acabei o segurando e puxando para trás, impedindo-o de cair. Então, enquanto eu andava para a aula, acabei indo devagar demais e cheguei com 10 minutos de aula. Depois eu não conseguir parar de pensar nele e gritei com a professora.

--Caramba meu, ele estava tão focado no caderninho assim para quase cair?

Sirius meneia a cabeça.

--Claro, você por acaso conhece o nosso melhor amigo? Tudo que ele escreve é perfeito demais para não prender. Eu até avisei Snape que as palavras dele são como chicletes.

James olha para a cama de Remus, onde o licantropo roncava feito um trator. É, era verdade que suas palavras prendiam feito chiclete em seu cabelo bagunçado.

--Olha, a única coisa que eu quero é fazer as lições e depois me jogar na cama.--Sirius diz.-- Claramente, eu não entendo os professores e suas detenções pesadas, meus braços tão doendo e só foram umas duas horas.

James ri fraquinho, deixando que Sirius fosse até sua cama. Ele se senta aí e suspira. Vontade era o que faltava para fazer suas lições, mas infelizmente era obrigado a fazê-las para não levar xingão e ser dar mal, então o que poderia fazer além de deixá-las prontas? Nada, porque, se não fizesse, ele se ferrava, Merlin sabia o quanto ele odiava se ferrar.

Ele começa a colocá-las em dia, mal prestando atenção nos pergaminhos em suas mãos já que seus pensamentos estavam perfeitamente voltados ao momento nas escadas que se moviam.


Me pergunto se um dia você olhará para meu rosto e verá alguém o qual você pode considerar um amigo ou talvez algo a mais. Infelizmente eu sou uma parte ruim de sua vida, portanto, não me resta nada além de chorar, chorar pelo completo idiota que eu fui um dia.

Severus fecha o caderninho e começa a pensar sobre a última poesia que lera. Era a última presente no caderninho, ele finalmente havia chegado na última depois de tanto ler e quase cair da escada. Se perguntava se ganharia um trauma de altura se tivesse caído, claramente teria tido um ataque do coração e nem teria tempo para ganhar algum medo, porque depois estaria em um caixão somente com Régulos e Lily chorando ao seu lado, já que os marotos nem seriam permitidos estarem aí presentes.

Ele se põe a pensar em tudo que havia lido, na forma que Lupin parecia tão sincero com suas palavras. De fato, o maroto parecia estar bem apaixonado, ou era um bom fingidor. Mas isso havia ficado claro que Lupin não era e nunca poderia ser.

Terra Molhada-Snames, Snack, SnupinOnde histórias criam vida. Descubra agora