Coincidência || Niki ENHYPEN FF

31.

Tento abrir os olhos, mas eles estão tão pesados que mal consigo abrir eles. Meu corpo estava cansado. Não sei por quanto tempo fiquei desmaiada, mas parecia uma eternidade. O cheiro de gasolina misturado com metal enferrujado encheu meu nariz, como se eu estivesse em um armazém.

Consegui abrir meus olhos, apesar de eles quererem fechar novamente. Olhei em volta para ver que estava em uma pequena sala. Minhas mãos e pés estavam amarrados. À minha frente estava Sunoo, ele ainda estava inconsciente.

O que aconteceu?

"Sunoo!" Eu gritei. Eu realmente não conseguia me mover e gritar era a única coisa que eu podia fazer.

Seus olhos começaram a se abrir até que finalmente ele estava consciente novamente. Ele olhou ao redor e quando ele me olhou, havia pânico em seus olhos.

"Jennifer!" Ele chamou.

Nós dois começamos a nos desviar do corpo para que pudéssemos chegar mais perto. De repente, a porta desta sala se abriu revelando uma figura alta e esguia.

Mark.

O pânico explodiu em mim. Meu coração começou a bater mais rápido e eu podia sentir o suor acumular nas minhas mãos.

"Você finalmente acordou." Sua voz fria e arrepiante ecoou na sala.

Ele tinha um sorriso terrivelmente estranho no rosto enquanto falava. Mark podia sentir o medo do Sunoo e eu o fazia sorrir ainda mais.

Mark entrou fechando completamente a porta atrás de si. Ele se agachou na minha frente segurando meu rosto com as mãos.

Eu vacilei e tentei me afastar, mas o aperto de Mark me manteve no lugar.

"Senti sua falta", sua voz profunda encheu meu ouvido, criando arrepios na minha pele.

Mark se inclinou em meu pescoço, eu o senti inalar, me fazendo estremecer novamente. Quando ele se afastou, ele se endireitou e olhou para o meu corpo abalado. Essa visão o fez rir.

"Você tem sido uma garota má fugindo com garotos maus. Você não acha que merece ser atingido?" Mark enfiou a mão no bolso e pegou um canivete.

Meus olhos se arregalam e eu começo a me mover para trás até minhas costas alcançarem a parede. Mark me seguiu apontando a faca para meu rosto. Ele descansou a faca sob meu queixo e começou a arrastar a lâmina ao longo de minha clavícula.

"E-eu não tive escolha" cada palavra saiu trêmula.

"Mmm, sério?"

De repente, senti uma dor aguda sob minha mandíbula. Soltei um grito antes de colocar minha mão para sentir a dor. Minhas mãos começaram a ficar manchadas de sangue e notei que a faca na mão de Mark pingava sangue.

"Você me viu e ainda saiu com ele."

Mark começou a me cortar com a faca novamente, desta vez na minha bochecha. Outro grito encheu a sala.

Havia sangue fluindo de ambos os cortes. Algumas gotas conseguiram cair e se acumular no chão.

Notei movimento atrás de Mark e vi Sunoo se aproximar cada vez mais de Mark.

Antes que eu percebesse o que ele estava fazendo, Sunoo avançou com firmeza na direção de Mark. Isso fez com que Mark caísse e largasse a faca.

Sunoo rapidamente agarrou a faca e começou a cortar a corda do pulso. Mas a corda era grossa demais para cortar. Mark se levantou e deu um soco direto no rosto de Sunoo. Isso foi seguido por outro soco no rosto e um chute no estômago.

"JayB! Venha tirar esse cara!" Mark gritou.

JayB?

Sunoo estava desmaiado neste momento. Quando JayB entrou, ele carregava Sunoo como se ele fosse um saco de batatas. Quando os dois saíram da sala, Mark olhou para mim.

"Agora, onde eu estava?" Ele me agarrou pelo pescoço batendo minha cabeça contra a parede. Ele segurou a faca na minha cara novamente.

"Você nunca mais vai me deixar. Eu nem quero que você saia da minha vista, entendeu?"

Eu balancei minha cabeça. Mark estava segurando meu pescoço com tanta força que eu achei difícil respirar.

Mark não pareceu satisfeito com minha resposta.

Ele fez outro corte ao longo da minha bochecha, me fazendo gritar ainda mais.

"Sim! Sim!"

"Bom"

Mark se afastou de mim me fazendo desabar no chão. A dor em meu rosto era insuportável.

"BamBam, vá levar ela para outro lugar." Mark saiu da sala me deixando sozinha antes que BamBam entrasse.

BamBam olhou para o meu estado antes de se curvar para me pegar. Ele me carregou para fora da sala, foi quando percebi que estava no armazém. BamBam me carregou para outra sala que ficava longe da área do armazém principal. E no quarto havia uma cama onde BamBam me deitou.

Abracei meus joelhos e desviei o rosto de BamBam. Mas eu podia sentir sua presença se aproximando de mim.

BamBam colocou a mão no meu ombro me fazendo estremecer.

"Ei" sua voz estava calma, mas não estava me deixando calma. Em vez disso, isso despertou medo em mim.

Eu não o encarei nem respondi. Eu acho que ele percebeu isso desde que eu o ouvi soltar um suspiro pesado.

A porta abriu e fechou e a presença de BamBam desapareceu.

Eu olhei em volta e ele havia realmente sumido. Deitei na cama dura como pedra e, mesmo com toda a picada das feridas abertas e as cordas cavando em minha pele, consegui chorar até dormir.

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