Parte I

408 37 78
                                    

"Lembre-se de tudo que queríamos
Agora, todas as lembranças estão assombradas
Nós fomos feitos para dizer adeus
Mesmo com nossos rostos erguidos
Isso nunca teria funcionado do jeito certo
Nós nunca fomos feitos para fazer ou morrer
Olhando para você torna isso mais difícil
Mas eu sei que você encontrará outro
Que nem sempre a faça querer chorar
Começou com o beijo perfeito, então
Podíamos sentir o veneno se instalar"


   A primeira coisa sobre términos que todo mundo deveria saber, é que eles sempre serão uma droga

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

   A primeira coisa sobre términos que todo mundo deveria saber, é que eles sempre serão uma droga. Não existe forma fácil de fazer isso. Não dá para chegar em alguém com quem você está há um ano, convivendo todos os dias e sonhando um futuro juntos, e dizer simplesmente acabou. Ainda mais quando não se tem certeza de que esta é a coisa certa e, acima de tudo, quando se trata de Thomas Finnick, o cara mais incrível que tive o prazer de conhecer. 

 — Como você acha que é quando é pra ser, Eri?

  O treino de natação depois das aulas já tinha acabado e nós duas fomos as únicas que restou ali, boiando entre as raias. Eri estava voltando a treinar depois de uma lesão no braço e quis apostar que superaria meu tempo só para provar que estava bem de novo. Ficou furiosa quando cheguei antes, e agora encarava um ponto aleatório no teto brava demais para olhar pra mim.

  — Quando é pra ser o que, garota?

  É, ela realmente estava brava.

  — Você sabe... — voltei a ficar ereta e agitei a água com os braços, vendo que meus dedos estavam enrugando. — Quando duas pessoas são para ficarem juntas. E quando não são.

  Ela parou de boiar imediatamente e semicerrou os olhos.

  — Por que a pergunta? Você não está feliz com o Thomas? — seu tom era quase uma acusação.

  Suspirei, já esperando essa reação. Eri, assim como toda garota naquela escola, me tratava como se eu fosse uma acéfala ingrata que não sabia reconhecer a sorte que tinha de Thomas ter me escolhido.

  Eu sei, parece que estou exagerando, mas era verdade. Primeiramente, Thomas era lindo de morrer. Não como um cara capa de revista ou coisa parecida, mas com uma beleza natural cativante, vinda uma simetria imperfeita de detalhes que num primeiro olhar passa batido, mas que a cada ângulo diferente você vai se apegando ao ponto de dizer uau, tem algo extraordinário aqui!. Thomas tinha pintinhas embaixo dos olhos e uma bem grande no queixo. Cílios longos e curvos, olhos castanhos que sempre pareciam um tom mais escuro quando ele estava triste, um sorriso sincero que sempre te dava vontade de sorrir de volta... E uma altura favorável, perfeito para ser jogador de basquete como era.

  Segundamente, ele era popular. Não o tipo bobão que faz o que agrada todo mundo ou rebaixa as pessoas para se aparecer, mas do tipo alma livre, humor contagiante e gentileza que te faz gostar dele com um simples bom dia dado. Perdi as contas de quantas vezes o vi se importar com as pessoas ao ponto de esquecer de si mesmo, sempre disposto a ajudar, animar, mesmo quando ele mesmo estava com problemas. Não conhecia ninguém que o odiasse.

Already GoneOnde histórias criam vida. Descubra agora