Traficante Também Ama

Capítulo 1

25 Horas em um avião é muita coisa o que praticamente séria um dia de viagem, pela sorte o voou estava tranquilo com algumas turbulências que me faziam trancar o cu de medo e agarrar a poltrona.

Estava ancioso para voltar ao Brasil queria ver o meu irmão novamente, meu melhor amigo e...quem sabe no calor do momento eu ficaria feliz em ver o meu pai também foram 19 anos longi de todos, vídeo-chamada não era a mesma coisa. Coloquei meus HeadFones pegando no sono acordando algumas vezes para comer, ir ao banheiro ou por uma ou outra turbulência maldita

[...]

Retirei meus fones quando vi as pessoas se ajeitarem nas poltronas um tanto quanto anciosos e desajeitados colocando os sintos de segurança aqueles que haviam tirado e a voz do piloto soar pelos alto falantes

-Dear passengers, we are arriving at our destination, fasten your seatbelts and get ready to land - (Caros passageiros, estamos chegando ao nosso destino, apertem os cintos e preparem-se para pousar)

Me arrumei na poltrona me vendo pela tela do celular, minha cara inchada de tanto dormir mais um tanto cansada pela viagem longa arrumo meus fios pretos desajeitados na minha cabeça sentindo um leve arranco, o avião havia pousado, esperei um pouco as pessoas saírem, ansiosos e desperados para reencontrar a família, amigos ou ate mesmo por apenas quererem respirar um ar de verdade que não seja aquele la dentro.

Passei pelo corredor de desembarque esperando a passarela passar com minhas duas malas. Caminhei ate a escada rolante na esperança de ver o meu irmão e seu namorado me esperando com um cartaz enorme de boas vindas sentimos sua falta, apenas ilusão não tinha ninguém apenas uma mensagem de "Desculpe maninho não pude ir te buscar as coisas apertaram aqui, pegue um taxi qualquer que to colocando aqui na entrada do morro pra te esperar" fofo: irônia

-Bom qual séria o destino do senhor -O senhor de mais idade sorriu gentilmente assim que entrei no veículo

-Alemão por favor -Retribui o sorriso gentil que foi se desfazendo do rosto do senhor de mais idade a minha frente

-Alemão...morro do Alemão? -Assenti o vendo dar partida no carro um tanto quanto cauteloso sobre o assunto -Desculpe ser entrometido senhor mais o que um rapaz como senhor que parece ser muito bem sucedido está indo fazer em uma...favela

-Tenho parentes por la -Fui seco, curto e grosso, nunca gostei muito de pegar taxis ou ubers ambos sempre começam a especular sobre a sua vida e não param mais de tagarelar embora sejam um ótimo ouvinte para os bêbados e oprimidos

As janela foram abertas e eu aproveitei o vento e a brisa gostosa do Rio, havia me esquecido como aquela cidade era linda e as pessoas livres, passamos de frente a praia aonde o calçadão e os barzinhos com telhado de folha de coqueiro secas o cobria estavam lotados de pessoas que vestiam poucas roupas, na areia havistavam algumas mulheres tomando sol e outras jogando vôlei, na água famílias brincando com seus filhos ou algumas pessoas pegando onda, suspirei fundo aproveitando mais o cheiro gostoso de areia molhada e comidas que eu sentia muita falta.

Entramos na BR agora não demoraria muito ate estarmos na entrada no morro.

Assim que o taxi foi se aproximando da entrada meu coração foi acelerando e pela feição do taxista o dele também mais não pelo mesmo motivo que eu, de longe avistei dois rapazes armados em frente a entrada, nos fazendo parar bufei ao ver que meu irmão ainda não estava lá

-E ai coroa perdido por aqui? -Um muleque que parecia ter seus 16 anos foi para o lado do motorista que segurou firme no volante seu medo era algo que não dava para não perceber -Bora tio solta a voz!

-Ele...e-ele -Começou a gaguejar, senti que a qualquer momento ele poderia ter um infarto e o responsável seria eu

-Vim de mudança pra cá -Vi um rapaz de pele brozeada se aproximar do carro me encarando -Da pra sair da frente?