The Daughter of Negan

Capítulo 06

Negan

As horas passam e tudo ainda está na mesma,Gaby continua desacordada, parece que dorme tranquilamente. Carson examina a mesma mais não tem nem se quer uma mudança em sua expressão, ele parece em dúvida.

-E aí? Descobriu algo? Pergunto impaciente para o mesmo que apenas me lança um olhar de dúvida.

-Bom,não tem nada novo. Ela tá normal,sua respiração está ótima, seus batimentos cardíacos estão em perfeita sintonia. Diz ele erguendo uma ponta da camiseta da mesma. -Não há mordidas e nem sinais de arranhões.

-E porque ela desmaiou do nada? Pergunto ainda o olhando sério.

-É o que temos que descobrir,acho melhor ela passar essa noite aqui na enfermaria,vou ficar de olho nela pra ver se tem alguma piora ou alguma melhora. Diz ele por fim. -Ela já teve isso antes?

-Ao meu ver não, Gaby costumava passar mais tempo com a mãe, então eu acho que não. Na verdade não sei o que dizer a ele, eu não passei muito tempo com ela e muito menos com a Lucille, todas as oportunidades que eu tive eu estava... Volto a prestar atenção ao agora, remoer o passado e pensar nas coisa que eu poderia ter mudado apenas me deixam mais puto.- Bom eu preciso ir cuidar de umas merdas bem grandes ,vou deixar um salvador a sua disposição, pra qualquer coisa que necessita para minha filha. Digo saindo e passando a ordem a Regina que apenas acena com a cabeça e fica parada na porta.

Caminho frustrado em direção ao meu quarto e resolvo beber alguma coisa,eu estava nervoso por Gaby ainda não ter acordado,eu não queria olhar ou falar com ninguém,exeto Carson e até mesmo minha filha,se ela acorda. Perder ela seria a última coisa ao qual eu queria,prometi a minha esposa que cuidaria dela,mais do que a minha própria vida.
Fico horas e horas no quarto,olho pela janela e percebo que o dia mais uma vez se encerrava e eu não recebera mais nenhuma notícia,o lugar parecia que havia ficado vazio,igual a quando o tomei. Sou tirado de meus pensamentos quando, quando ouço leves batidas na porta do meu quarto,não queria receber ninguém então me mantenho quieto para que quem é que seja do outro lado da porta se tocar e ir embora. Parece não funcionar.

-Vai embora,eu não quero receber ninguem. Digo dando um gole da minha tequila que se encontrava ao meu lado.
As batidas não param,quem quer que seja está me deixando muito irritado,levanto  da cama e caminho até a porta em questão de segundos eu abro já brigando com quem seja.

- Mais que merda,já não falei que eu não quero ver ninguém. O que você quer? Digo/grito ainda de olhos fechado e me viro de costas.

-Desculpe ó grande líder,então eu voltarei quando quiser me ver. Diz uma voz de deboche.

Arregalo meus olhos,não pode ser,essa voz,viro-me rapidamente para trás e vejo uma pequena figura bem na minha frente.

-GABY!!! Corro em sua direção dando um abraço forte,pra ver se aquilo não é uma miragem por conta de beber demais. -Quando? Você está bem?

-Calma pai,eu estou bem. Acordei faz cerca de 01 hora. Diz a mesma olhando pra cima em minha direção. -Carson disse pra mim esperar um pouco lá, pra ele poder fazer mais uns exames em mim,mais como pode ver estou bem. Termina por fim com um sorriso nos lábios.
Ela estava bem porém em um passo em falso ela cambaleia para o lado,seguro em seu braço e a sento em minha cama.

-Eu tô bem pai,não se preocupe. Fala Gaby se sentando na cama. -Deve ser porque eu não como nada tem algumas horas. Ela ri colocando a mão na barriga. -Tem alguma pra comer aqui?

-Bom agora neste exato momento não, mais eu peço pra Frankie preparar algo para você, quer? Digo me ajoelhado a sua frente.

-A Frankie? Fala fazendo uma cara desagradável. - Posso comer espaguete enlatado? Diz por fim.

-Ok, tudo bem! DWIGHT! Grito e o mesmo aparece em minha porta. -Peça pra Regina pegar dois espaguetes enlatados e trazer aqui pra mim,rápido!

Dwight acena com a cabeça e desaparece em questão de segundos. Me levanto e organizo a pequena mesa que estava naquele cômodo,Gaby me acompanha com os olhos mais não fala um A.

-Quer ajuda? Pergunta ela depois de alguns minutinhos.

-Ajuda? Bom deixar eu ver. Coloco a mão em meu rosto e olho para a mesa e olho pra ela. - Não,eu já acabei. Seu super pai não precisa de ajuda. Falo por fim rindo,e arrancando risos dela.

Faço um gesto com a mão para ela se aproximar e se sentar, a mesma faz. Batidas logo ecoam pelo quarto,me viro e abro a porta,era Regina com o nosso jantar. Volto para junto dela e logo em seguida se deliciamos com aquele enlatado.

Terminamos,me levanto e recolho as coisas Gaby me ajuda levando as latas vazias ao lixo ali próximo, olho para perto da porta e vejo sua mochila em cima da poltrona vazia.

-Aqui,toma. Acho que é seu. Entrego sua mochila a ela.

-Minha mochila? O que ela faz aqui? Ela pega e a abre logo em seguida. -São as plantas,mais como? Você quem pegou elas?

Olho para trás ela realmente não se lembrava da noite passada? Eu aviso. Melhor não.

-São as certas? Pergunto enquanto ela vasculha a mochila.

-São! O tom surpresa em sua fala,me fez a olhar. -Até que você sabe bem pai.

-Bom, Gaby fique aqui rapidinho eu preciso tirar uma dúvida. É coisa rápida eu já volto. Digo indo para a direção da porta do quarto.

-Tudo bem. Fala por fim.

Ando rapidamente até a enfermaria aonde se encontrava Carson,procuro por ele e vejo que está sentando vendo algo em um de seus livros.

-Descobriu algo? Pergunto olhando para ele que pula da cadeira e se ajoelha rapidamente.

-Sim,eu descobri. Ele fala levantando e pegando seu caderno de anotações.

-A Gabrielly tem... Bom não é uma doença,ela tem uma reação a certa quantidade de adrenalina. Diz ele folheando seu caderno. -Ela não é grave,apenas não pode se exaltar muito, algo que a deixe eufórica resumindo excesso de adrenalina. Seu cérebro acaba apagando por alguns segundos,causando o desmaio,igual ao de ontem a noite.

-Mais ela não se lembra de nada,ela nem lembra que foi ela quem pegou as plantas. Falo a ele. -Isso faz parte?

-Bom eu não posso afirmar, mais creio que seja,deve não haver sequelas, mais eu ficarei de olho e pesquisarei mais afundo. Com licença. Fala Carson voltando a seus livros.

Saio da enfermaria,e caminho novamente ao meu quarto. Estava tenso,será que isso não afetaria ela mais pra frente? Abro a porta do quarto adentrando o lugar.

-Viu foi rápido não foi?

Vejo que ela adormeceu ali mesmo, eu não me importo arranco suas botas,a arrumo direito na cama e jogo as cobertas em cima da mesma. Caminho até o outro lado da cama me sentando no sofá a frente,fico a observando igual a quando era mais nova.

-Será que você irá esquecer  quem você é? Esquecer esse lugar,sua mãe. Digo respirando fundo. -De mim.