Cap. 4 - A partida de uma amiga

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A ideia de encontrar alguém tão parecida com sua amiga e ainda por cima viverem debaixo do mesmo teto todos esses anos, havia perturbado Priscila a noite toda, se não fosse pelo cansaço do dia, ela não conseguiria ter pego no sono logo depois de voltar ao quarto; aquela hora, todas já dormiam.

Os representantes que vinham buscar os órfãos só chegaram no dia seguinte, como a diretora havia imaginado. Muitos dos adolescentes acordaram cedo, por ansiedade do que estava por vir e também por medo de perder os minutos restantes ao lado de seus amigos.

O café da manhã foi servido normalmente, como em todas as manhãs, nem parecia que até a noite, aquele enorme abrigo para jovens estaria vazio e em silêncio.

Priscila passou o tempo todo em que estava com seus amigos olhando para Lucy e comparando com Renê, se não fosse pelo cabelo, elas eram idênticas; Lucy vivia de cabelos soltos, eram vermelhos como sangue e seu cumprimento era meio palmo abaixo dos ombros, uma franja fina lateral ficava ao lado de seu rosto, mas não o tapava, por outro lado, Renê tinha um coque no alto de sua cabeça um pouco torto, ela também tinha uma franja, poucos centímetros mais longa que a de Lucy, até nisso havia semelhança.

De tanto zonzar, a loira acabou concluindo que não tinha outra opção para ter um momento a sós com sua amiga que não fosse justamente tirá-la de perto dos outros e perguntar em particular, afinal, não tinham muito tempo para discutir tal assunto.

— Lucy, posso falar com você a sós? — Sussurrou baixo perto da orelha de sua amiga, com uma mão tapando seus lábios de vista caso alguém que soubesse ler seu mover.

Por um momento, ela olhou-a confusa, mas o olhar sério de sua amiga mostrou a urgência daquele momento privado.

— Vamos nos retirar por um momento pra conversar, já, já voltamos, está bem?

Clara, sempre foi mais observadora quando se tratava de Priscila, sabia que algo estava acontecendo, mas ela contaria na hora certa, precisaria guardar sua curiosidade até lá.

— A gente vai pegar as malas, pegamos a de vocês também nesse caso — disse Clara dando mais tempo para conversarem do que precisariam.

Os meninos, Couta e Darien, acompanharam Clara até o dormitório para pegar suas coisas, deixando as duas meninas restantes a sós.

— Sobre o que você queria falar? Parece ser importante — Apreensiva, perguntou.

— Queria evitar a aflição dos outros, então... — Uma pausa enorme se sucedeu, procurou palavras mentalmente e minuciosamente antes de falar, mas não as encontrou.

— Fala logo! — A preocupação transparece em seu rosto.

— Eu não vou para o mesmo orfanato que vocês, acho que ficarei de fora dos The World — falou com o olhar baixo e um triste sorriso no canto de sua boca.

The World ( 1ª Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora