Hiding Place

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 Harry Potter

— Pansy Parkinson, eu juro que se você me puxar mais uma vez eu chamo a polícia por desacato à autoridade — decretei puxando meu braço para longe de seu aperto.

Mal havíamos saído da sala de aula e Pansy já me puxava animada para fora da cadeira em que eu antes estava sentado.

— Como se você tivesse algum tipo de autoridade aqui — debochou com um riso soprado saindo de seus lábios. — Até mesmo uma criança de quatro anos manda mais em você do que você nela.

— Hoje a senhora está muito abusada pro meu gosto, hein — bufei casado pela implicância.

— Tive um bom professor — piscou para mim. — Agora para de me enrolar, pega suas coisas e vamos descer para o refeitório. 

Grunhi indignado, começando meus murmurinhos dramáticos para ela mudar de ideia. Mesmo que eu já soubesse que seria impossível convencer Pans a fazer qualquer coisa que ela não queira.  

Me levantei a contragosto quando ela voltou a puxar meu braço.

— Eu só não vou chamar a polícia porque eu amo você — resmunguei chateado enquanto ela ria da cena dramática.

— Para de reclamar, vai ser legal.

"Essa menina ainda me paga"

Revirei os olhos deixando ela voltar a me guiar pelos corredores enquanto eu resmungava atrás dela.

— Eu não quero ir — disse manhoso. — É você quem quer e está me obrigando, sua manipuladora.

— Mesmo se eu não quisesse, você iria do mesmo jeito. Você está indo pelo Blaise, não? — concordei com a cabeça. — Então pronto e se eu ouvir mais um piu de você reclamando eu não falo mais com você.

— Você é a maior naja que eu conheço — comentei rindo.

— Naja é pouco meu amor, aqui é cascavel — respondeu no mesmo tom divertido.

Pansy me puxava pelo braço corredor por corredor, descendo as escadas animadamente, quase saltitando. O sorriso em seu rosto era quase brilhante, enquanto eu sentia minhas pernas tremerem a cada degrau que descíamos.

Assim que chegamos não foi difícil achar dentre tantas pessoas naquele lugar, a mesa com as três pessoas que procurávamos. Pansy não tardou em me soltar e ir correndo até lá como se já fossem amigos a muito tempo, ela era estranhamente muito sociável, diferentemente de mim que parecia ser o cachorrinho que ela levava para passear.

Dei alguns passos para perto, mas eu parei. Não conseguia me aproximar, era como se meu corpo involuntariamente não me deixasse seguir. Eu os encarava de longe ouvindo suas risadas em meus ouvidos, eu queria seguir, mas eu simplesmente não conseguia.

Meus olhos não conseguiam se desgrudar de Malfoy, era impossível ignorar sua presença naquela mesa. O seu sorriso e os seus olhos tão cinzas que pareciam me engolir pouco a pouco…

Aquilo era como uma droga. 

Quando você pensa que a superou, ela aparece bem na sua frente e a mais pura vontade bate à sua porta.

Mas não! Se a minha droga for Draco Malfoy, pode ter certeza que eu fui para a reabilitação e estou totalmente recuperado.

Ou pelo menos eu torcia para que sim.

— POTTYZINHO, ACORDA — Sai daquele estado de choque ao ouvir o som alto dá voz de Hermione tentando chamar minha atenção. — Deixa de ficar olhando e vem com a gente. 

Meu amor mora ao lado (DRARRY)Onde histórias criam vida. Descubra agora