Os vampiros

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Taylor Collins

Passar esses dias com a Lisa estava me fazendo reviver. Voltei a ter aquele sentimento de alegria e vontade de ser uma pessoa melhor, e com isso entendi o porquê as coisas não tinham se acertado antes, e eu não poderia estar mais feliz, mas ainda havia uma parte que me prendia. Eu podia tentar ser quem eu quisesse para ela, mas não posso mudar meu verdadeiro eu.

Sou um lobo e tenho responsabilidades com isso e não posso fugir. Quanto mais eu me envolvo com ela, mais perigo ela pode estar correndo. Um dia eu teria que contar o que eu sou, o que minha família é. E eu não posso querer obriga-lá a nos aceitar, e esse é o meu medo. Ela não nos aceitar. Ela não me aceitar. Meus pensamentos são interrompidos por uma notificação no meu telefone.

Lisa
Taylor, está ocupado agora? Preciso falar com você o quanto antes. Assim que puder, me encontre aqui no hotel, por favor.

Meu coração começa a bater rapidamente. Algo grave deve ter acontecido, e eu não vou saber se ficar aqui criando teorias. Pego a chave do carro e saio correndo em direção a ele. Pode ser qualquer coisa, por um momento penso que ela pode querer falar sobre nós. Nos conhecemos faz apenas alguns dias, mas eu tenho um Imprinting por ela, é como se ela estivesse ao meu lado a vida toda.

Logo essa ideia de ser algo bom passa. Ela pode querer avisar que está indo embora, ela sempre deixou claro que não fica fixa em um lugar. Chego no hotel mais rápido do que foi das últimas vezes que estive aqui. Lisa já encontrou minha entrada liberada na recepção, assim foi menos tempo perdido. Subi as escadarias o mais rápido que eu consegui. A porta do seu quarto estava uma parte aberta, dando visão para dentro do quarto. Meu coração se alivia quando a vejo sentada na cama.

- O que houve?

- Eu preciso te perguntar algumas coisas, Taylor. Desculpe te chamar às pressas aqui. - fecho a porta e me sento na beirada da cama.

- Sabe que não precisa pedir desculpa. O que aconteceu? - ela me olha e suspira.

- Você tem alguma coisa para me contar? - meu sangue gela. Ela havia descoberto tudo? Alguém tinha contado? - Pelo jeito tem. - ela complementa e eu percebo que fiquei muito tempo em silêncio.

- Eu não tenho nada pra te dizer, mas por que está me perguntando isso? - ela desviou seu olhar e pega uma carta e me entrega.

- Quando eu cheguei, essa carta estava em cima do criado-mudo, por um momento pensei até que era sua, mas não. - abro a carta e começo lendo e isso confirma minhas desconfianças de mais cedo. Realmente tinha alguém nos observando antes, mas quem? - Você realmente está escondendo algo de mim? - suspiro e olho para ela.

- Eu não posso negar o que está aqui, mas eu prometo que te falarei na hora certa. - ela dá uma risada irônica.

- Você está mentindo sobre algo pra mim esse tempo todo. - ela não estava dizendo isso pra mim, e sim pra ela mesma. - Vai embora, por favor.

- Não, eu posso te explicar, mas não agora. - ela se levanta e vai em direção a porta do quarto e a abre. - Lisa, assim como você esconde as coisas sobre a sua família, eu também preciso esconder algumas sobre a minha.

- Eu sei que é egoísta da minha parte te cobrar algo assim, mas eu não posso confiar em você. Então, por favor. - ela faz sinal para que eu vá embora.

- Eu preciso te dizer uma coisa antes de ir. - seu olhar foca em mim e eu suspiro. - Eu realmente gosto muito de você, e eu nunca faria nada que fosse te prejudicar. As coisas não são tão simples como parece, eu só preciso de tempo até saber se você está em perigo ou não. Tem muita coisa envolvida e não é só os meus sentimentos.

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