Prólogo

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10 anos atrás...

O que levaria uma criança de 10 anos matar seus pais e não mostrar arrependimentos?

Será que tudo que você acha é? será que você não deixou passar nada?

O que levaria um assassino, por mais que criança, matar os próprios pais?

A histórias tem várias versões, mas, só uma é a verdadeira, quem leva consigo a verdade?

Agatha Moreira, foi condenada a 12 anos de reclusão social em uma prisão para menores de idade no estado de Alagoas

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Agatha Moreira, foi condenada a 12 anos de reclusão social em uma prisão para menores de idade no estado de Alagoas.

Ela, enquanto criança foi diagnosticada as olhos dos juízes e psicólogos com traços psicopatas, afinal que criança mataria seus pais esfaqueados e não demonstraria arrependimento?

O que ninguém sabe até hoje é o motivo que levaria alguém a cometer tal crueldade, Agatha nunca revelou.

Quando completou 18 anos e se tornou legalmente maior de idade foi transferida para o Instituto Penal Santo Expedito, no estado do rio de Janeiro, onde por bom comportamento foi reduzido dois anos de sua pena.

Como nem tudo é só sofrimento, Agatha teve uma amiga na cadeia que sairia apenas 12 anos depois que ela, o laço que se foi criado entre elas fez com que sua amiga lhe desse um nome e um destino, dinheiro e uma ótima estadia até que ela conseguisse se virar sozinha.

- Morro da Coréia, bangú - Lia falou baixo - Vulgo Homicida, dono do complexo, ele vai te ajudar se você falar que veio pela "víbora", ele vai saber o que fazer- eu assenti.

- Eu saio daqui a dois dias, e eu não tenho noção de pra onde eu vou - desabafei.

- Não se preocupa com isso, a duas quadras daqui, segue a direita,vai ter um carro te esperando, um audi branco, o motorista vai te levar pra onde você quiser, tem um cartão black com ele, gaste quanto você precisar, o dinheiro não é nosso - deu de ombros.

- O que eu faria sem você? - abracei ela- vou sentir saudades.

- Nem vai dar tempo - falou com convicção- logo logo eu tô na pista, só fala pro Homicida onde que eu tô - assenti e fiz um toque com ela.

Dois dias já se passaram e chegou o dia da minha liberdade cantar, me despedi de quem eu simpatizava e já marcamos um churrasco pra daqui uns anos, resolvi toda a burocracia e fui guiada pra fora do presídio.

Segui meu caminho e fiz oque a Lia pediu, passo a passo, eu só encontraria o Homicida quando eu me mudasse todinha, Lia pediu por isso.

Cortei o cabelo e me cobri de tatto, meu cabelo batia bem abaixo da minha bunda, cortei acima do ombro, nada do passado eu quero comigo.

Levei um banho de loja com direito a motorista me levando pra onde eu quisesse, curti uma praia e fiz tudo que esses 10 anos me privaram.

Eu não levava comigo nem um pingo de culpa ou arrependimento, eu levava comigo o sabores vingança e tudo de ruim ou bom que ela proporciona, muita coisa aconteceu comigo depois que o inferno acabou, eu tive paz durante bastante tempo na reclusão, conheci pessoas fodas e também pessoas que eu tive que fazer sumir do mundo.

Aqui começa a minha história depois de tudo que eu já passei, uma nova Agatha, vulgo Naja.
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Unidos pelo crime, um propósito: se conhecerem, só eles podem ditar o futuro de tudo isso.

Artigo 121. (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora