Capitulo 4

28 5 7
                                    

Agatha narrando...

Hoje era o dia que eu começava na boca e também os treinamentos com a Morena.

Tomei um banho bem demorado, não sei quanto tempo eu ficaria lá então caprichei, lavei o cabelo e sequei, vesti uma calça e um cropped de manga curta, coloquei um tênis branco da nike no pé e fiz a maquiagem mais leve possível.

Passei perfume, coloquei um cordão e um elástico no pulso e sai de casa pegando o dinheiro, o meu celular e a arma colocando na cintura.

Subi pra boca que era pertinho de apé mesmo, nem sei dirigir e nem tenho carro, então o que me resta é usar as perninhas que Deus me deu.

Avistei o Homicida na frente de boca e acenei com a cabeça pra quem tava ali, ele abriu caminho e eu segui ele até a sala do mesmo.

- Pontual, muito bem - falou brincando

- Tô aqui pra trabalhar, não posso vacilar - ele assentiu.

- Se vacilar vai pra sete palmos abaixo da terra, é tu que escolhe - assenti rindo.

- pode ficar tranquilo - ele deu de ombros - por onde eu começo?

- eu quero que tu revise tudo isso aqui - colocou várias planilhas na minha frente e eu assenti - vê se a conta bate, senta aí na minha cadeira, vou arrumar um canto pra tu depois - fiz um beleza com a mão e ele saiu.

Comecei a revisar toda aquela papelada e de longe já dava pra ver a falha, todo mês entrava em média 2 milhões só em droga, a mais ou menos 6 meses tá entrando apenas 1 milhão e meio, como ele não percebeu?

Pedi pra alguém chamar o Homicida e falei que era urgente, ele chegou rápido com a cara fechada, perguntando o que era.

- Tu tá sendo roubado - ele fechou mais a cara.

- Tu tem certeza do que tu tá falando? - assenti.

- Ou tu tá sendo roubado ou a entrega de droga não tá sendo o suficiente, é isso? - ele negou.

- Todo estoque acaba, todo estoque é vendido muito rápido - com toda certeza não é isso.

- Olha - mostrei a ele - tá vendo que aqui na planilha de uns 6 meses atrás mais ou menos entrava em média uns dois milhões por meses? - ele assentiu - só em droga.

- Tá, e onde tá errado? - mostrei a outra folha a ele.

- Você não diminui a compra de droga pq o dinheiro ainda tá saindo pra isso na mesma quantidade, as vezes até dobrada, então pra onde tá indo os outros 1 milhão e meio que falta? - ele me olhou com o olhão.

- Isso tudo porra? - assenti.

- Tu tá perdendo a uns seis meses um milhão e meio da venda de droga, não sei como tu ainda não quebrou - falei sério.

- Eu vou matar esses filhos da puta - levantou pegando a .40 dele e destravando.

- Acho que não deveria. - ele me olhou sério - pprt mesmo cara, a pessoa que tu nem sabe quem é tá crescendo nas tuas custas, tu tem que descobrir quem é no sapatinho, testar cada um que tem o controle disso - ele negou.

- Tá achando que aqui é escola pra ter teste? - bufou - eu tô sendo roubado porra, não dá pra esperar.

- Claro que dá, se você sair assim, ou falando com todo mundo sobre isso a pessoa vai ter a chance de mentir, de fugir ou de roubar muito mais - ele sentou na cadeira.

- E o que tu faria? - ele me perguntou.

- Eu trabalho com a mente, eu observaria as pessoas que tem contato, são muitas? - ele negou - melhor ainda, passaria uma semana observando como a pessoa reage perto de mim ou sobre o assunto.

- Tu jogaria a isca pra ver quem pegava? - assenti. - o que?

- Depois colocaria cada um pra fazer algo sem o outro saber, um corre com dinheiro, cada um com uma quantia diferente, dois com dinheiro de verdade e outro com dinheiro falso, o que sumisse eu saberia quem foi, e aí sim eu colocaria ele pra sentar no colo do tio lu.

- Gostei da ideia, já que foi tu que descobriu, tu vai me ajudar - assenti - boca fechada - sorri de lado.

- Daqui não sai nada - pisquei - agora vai lá manter tudo como era que eu vou continuar o meu trabalho.

- Daqui a pouco a Morena tá aí pra te levar pra treinar - assenti - inteligente, gostei - sorri.

- A melhor que você vai ter ein - coloquei a caneta na boca.

- emociona não po, você não faz meu tipo - eu ri.

- Acho que o emocionado aqui é você - falei - me refiro a trabalho - pisquei e ele fechou a cara.

- Vai se fuder - eu ri - otaria.

- Você não faz meu tipo, chefinho. - ele riu.

- Eu faço o tipo de todas - neguei.

- O meu não. - coloquei racionais no celular pra tocar. 

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Aug 24 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Artigo 121. (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora