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Olha só, eu sou uma pessoa muito gente boa. Aqui vai mais um capítulo pra deixar a noite de vocês mais legal, espero que gostem! ✨
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As manhãs de sábado costumavam ser mais movimentadas naquela casa. Era o dia da semana em que Jeongyeon se dava ao luxo de acordar tarde, depois que começou a trabalhar na sorveteria.

Sempre que levantava da cama, era ouvindo um som baixinho de música tocando. Era assim que Yun e Jeongyeon faziam as faxinas na casa. Seongjin gostava daquela animação, e sempre participava quando se sentia melhor, mas ainda mesmo na condição atual, ele sorria ouvindo a esposa e a filha cantando juntas enquanto limpavam a residência.

Embora aquele ato interrompesse o sono da Lim, ela não se incomodava com a música. Nunca reclamou.

Nayeon simplesmente levantava da cama, e após fazer suas higienes e o desjejum, pegava uma vassoura e se juntava ao esquadrão.

Mas não naquele dia, algo anormal lhe aguardava.

Era uma manhã silenciosa e um tanto fria, Jeongyeon ainda estava dormindo, Nayeon se pôs de pé, já que a casa se encontrava vazia. Foi estranho não ouvir as vozes alegres de ambas, e por um momento ela se sentiu em sua antiga casa.

Ela foi até a cozinha e preparou o café da manhã, e enquanto comia assistindo ao noticiário, Jeongyeon apareceu com os fios rosinhas bagunçados e o rosto levemente inchado pelo sono. 

— Bom dia. — Murmurou com uma voz baixa e rouca.

— Bom dia, dorminhoca. — Nayeon respondeu sorrindo. — Eu fiz panquecas.

Jeongyeon assentiu e seguiu para a cozinha, depois de se servir voltou para a sala e sentou no sofá, ao lado de Nayeon.

— Não estão tão boas quanto as suas, mas... — Jeongyeon ergueu uma palma, fazendo a outra se calar até que terminasse sua degustação.

— Eu achei uma delícia. — Ela respondeu. E estava sendo sincera, Nayeon se empenhou em fazê-las. Não sabia exatamente o por que, mas queria cativar a coreana. Decerto fosse pelo fato do seu pai estar hospitalizado... Ou não. Talvez, por que gostasse de ver aquele sorriso que fazia seus olhinhos cerrarem, e o coração dela bater mais forte. — O que faremos hoje?

— Como assim o que faremos hoje? — Perguntou surpresa, para ela era óbvio que deveriam fazer o mesmo de sempre. — Nós vamos limpar essa casa!

— Nayeon-ah. — Jeongyeon lamentou. — Hoje não. — Com a voz chorosa amolecendo e afundando o corpo no estofado.

— Hoje sim! — Afirmou pegando nas mãos dela fazendo-a levantar. — Você limpa os quartos e eu os outros cômodos.

— Não, você é hóspede, nem deveria trabalhar aqui. — Jeongyeon afirmou, já ficando mais animada. — Ah, ok então, você limpa os quartos porque só tem três. Deixa que eu limpo os outros cômodos.

A Lim concordou e seguiu primeiro limpando o próprio quarto, quase não tinha nada pra fazer, visto que ela era bastante organizada e limpa, Nayeon apenas tirou o pó em cima dos móveis. Depois foi para o quarto do casal, e como o primeiro, estava todo arrumado. Então olhou para a cama vazia e lembrou da primeira vez que falou com Sr. Yoo, apesar de estar moribundo, transmitia uma extensa vontade de viver.

Seu corpo estava padecendo, mas seus olhos estavam mais vivos do que nunca.

Nayeon passou uma vassoura no chão e também limpou alguns móveis. Por fim, seguiu para o último quarto. O de Jeongyeon. Ela entrou devagar, e viu que, com efeito, era o cômodo mais bagunçado da casa. 

A Garota do Cabelo Rosa • 2yeonOnde histórias criam vida. Descubra agora