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A primeira a se arrumar foi Jeongyeon, ela vestiu uma jardineira preta e uma camisa branca por baixo. Era simples, mas a deixava confortável e mesmo assim ela não tinha muitas roupas à sua escolha.

Quando Nayeon chegou na sala, Jeongyeon a observou e depois olhou para si mesma comparando mentalmente a diferença entre suas roupas. A maior vestia uma blusa de alcinhas azul marinho, um blaser escuro e uma calça preta.

— Acho melhor eu vestir uma roupa mais adequada. — Jeongyeon afirmou se levantando do sofá.

— Você está ótima assim. — Nayeon se aproximou e beijou a testa dela. — Está linda.

Jeongyeon assentiu e logo elas pegaram um táxi à caminho da casa dos Lim's. A coreana ficou impressionada com o tamanho da propriedade, teve certeza de que apenas o jardim era maior que a sua casa, pelo menos umas três vezes.

Elas foram recebidas pela própria Jina, que as aguardava no topo da escadaria. Ela vestia-se como sempre muito bem, e naquela noite não seria diferente. Mesmo de longe era possível notar o jeito que ela olhava para Jeongyeon, um olhar julgador, cheio de desprezo.

Mas a de cabelo rosa era virtuosa demais para perceber isso.

— Boa noite! — Ela as saudou, observando a mais jovem de cima à baixo. — Vamos entrar, todos estão esperando.

— Todos? — Nayeon perguntou. Ela colocou a palma nas costas de Jeongyeon e a guiou ao seu lado. 

— Sim, querida. Seu pai, Ji-Ah, Jae-in, a mãe dele e o doutor Song. — Respondeu simples e seguiu para dentro deixando a filha perplexa.

Nayeon já começava sentir aos poucos, a sua frequência cardíaca aumentar. Estava ficando difícil para respirar e até mesmo estava sentindo um leve tremor nas pontas dos dedos. Ela fechou os olhos se concentrando na respiração, tentando se controlar.

— Nayeonnie, você está bem? — Ouviu a voz de Jeongyeon ao seu lado e abriu os olhos encarando-a.

— Estou. — Sorriu para ela, respirando profundamente. — Vamos. — Continuou sorrindo guiando a mais nova sempre ao seu lado. Sem tirar a palma de suas costas.

— Pensei que não viria. — Ji-Ah afirmou olhando para a irmã, em seguida, voltou-se para a coreana mais nova. — Olá Jeongyeon, é um prazer recebê-la em nossa casa. Por favor, fique à vontade.

— Obrigada. 

— Oi Nayeon. — Jae-in à cumprimentou seguindo em sua direção, mas fôra cortado por Jina. 

— Filha, este é o meu amigo, o doutor Song. — Ela puxou Nayeon pelo braço, para que a acompanhasse até o psiquiatra. Este, era um homem de aparência sagaz, possuía todos os fios em tons branco acinzentado, a barba um pouco crescida, mas bem aparada. Os olhos como de uma águia analisava a morena em todos os aspectos. — Dae-jung, esta é minha filha a quem lhe falei.

— Olá, como vai? — Song ergueu a mão, sendo aceita por Nayeon, que a segurou de imediato.

Embora aquilo estivesse a irritando, Nayeon queria mostrar o quanto estava bem e que não precisava dos serviços daquele homem. Faria de tudo para não cair na armadilha de sua mãe.

— Estou bem e o senhor?

— Excelente. — Song continuou apertando a mão dela, olhando-a tão profundamente que Nayeon engoliu em seco. — Venha me ver em meu consultório, gostaria de conversar com você.

Quando Nayeon abriu a boca para responder, antes que pudesse articular qualquer palavra, Jina introduziu-se com pressa em sua frente.

— Vamos, o jantar já será servido — Afirmou sorridente. 

A Garota do Cabelo Rosa • 2yeonOnde histórias criam vida. Descubra agora