III - Disciplina

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Notas iniciais:

Esse capítulo contém cenas de uma sessão de BDSM, se não se sente confortável, não leia.

Narrado por Itachi. Boa leitura!

...

Assim que meus pés atravessaram a entrada no clube, senti a ansiedade tomar conta do meu corpo. A luz em tons quentes naquele momento parecia emanar uma áurea ainda mais luxuriosa e assim que eu fitei os olhos dele, refletindo a iluminação e me olhando de forma selvagem enquanto me esperava, sentado sobre um dos sofás escuros, vestido elegantemente com um terno do mesmo tom, eu sentia que ele acabaria comigo. E eu queria tanto isso que não sabia mensurar.

Sem tirar meus olhos dele fui direto ao quarto 230, o último do corredor, com o nome Uchiha S na porta. Entrei no cômodo, observando o local enquanto tentava acalmar meus batimentos cardíacos acelerados.

O quarto não era diferente de outros que já havia visto, ele era bastante espaçoso, as paredes eram de um tom escarlate bem vívido, o chão, de um preto lustroso. No centro do cômodo, havia uma enorme cama forrada com um lençol negro e nada mais, nas paredes das laterais haviam diversos apetrechos, como barras de ferros voltadas para os mais variados fins.

No lado esquerdo era possível observar um divã também preto, feito de couro. Do lado direito, um armário do mesmo tom. Era um quarto bonito, a combinação das cores exalava sensualidade e luxúria. Ouvi o som da tranca atrás de mim e dos passos pesados se aproximando, a adrenalina começou a tomar conta do meu corpo e eu respirei fundo para manter a calma.

— Sabe, Itachi... — Ele começou. — O que eu mais aprecio sobre o BDSM é a disciplina. Ela é de extrema importância, não concorda? Principalmente para a sua profissão e, no entanto, você não se importa com isso. — Me viro para ele, encarando seu rosto inexpressivo. — Você é indisciplinado, desobediente e desrespeitoso, mas isso não é um problema. — Um sorriso ladino surge em seus lábios quando ele sussurra a próxima parte com sua voz rouca, já bem perto de mim. E eu entro no jogo. — Eu faço questão de doutriná-lo.

— Acha que consegue?

— Você verá no final da noite. — A promessa oculta do que ele faria me fez criar inúmeras expectativas. — Tire a roupa. — Ele disse baixo, a voz totalmente autoritária. — E deite-se no meio da cama. — Eu ergui uma sobrancelha sem me mover. — Não queira me desafiar agora, professor. Ou sua punição não será nada agradável. — Ele falou e eu obedeci, achando melhor não arriscar, me dirigindo até o local enquanto minhas mãos se ocupavam em retirar as vestes.

Olhei para ele, virando minha cabeça para trás ao passo que a camisa deslizava pelos meus ombros. Ele se divertiu com a minha provocação, mas esta era só uma prévia do que eu faria aquela noite. Meu objetivo era deixá-lo totalmente ensandecido.

Meus dedos desabotoaram minha calça com calma, tirando-a de forma lenta junto com a roupa íntima. Vi seus olhos descendo até minha bunda e contive um suspiro ao notar o desejo estampado nas íris. Eu sabia que não deveria me comportar daquela forma e que ele me puniria por isso, mas não pude evitar.

— Qual é sua palavra de segurança? — Ele diz após se aproximar de mim. Eu ainda estava de costas para ele, mas logo me virei e deitei no meio da cama, como ele ordenou, totalmente nu, exposto aos seus olhos famintos.

— Vermelho.

— Ótimo. — Murmurou, ainda encarando meu corpo com desejo. — Enquanto ela não for utilizada, você não tem permissão para gemer nem gozar. Quando eu permitir que você fale, você irá se referir a mim como senhor, entendeu?

— Sim, senhor. — Eu disse baixo, um sorriso nos lábios, e o vi se distanciar, indo em direção ao armário. Permaneci parado durante alguns minutos, me corroendo com a expectativa do que ele faria. Não conversamos sobre nossos fetiches, embora ele soubesse os meus e eu não tinha ideia do que ele iria fazer comigo.

Doutrina - ShiItaOnde histórias criam vida. Descubra agora