A mordida

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     - Alina! - aquela voz era estranha para a princesa, pois a mesma não a reconhecia.
     Depois de amarrar seu cavalo em uma cerca, e, sentindo a brisa fresca  aproximou-se da temida floresta, arranhando superficialmente o sensível cotovelo, em arbustos ou troncos, enquanto molhava as botas no gramado úmido.
     Pode-se ter certeza que balbúrdia e curiosidade ocupava a mente da pequena Hale.

     - Aliinaaa... - repetia a voz baixa e misteriosa ali presente. Ela chamava a princesa cada vez mais perto do centro da floresta, onde há seres mágicos e sobrenaturais... pelo o que diziam as lendas. Nesta altura, a mesma não acreditava mais em tal conto, afinal, já tinha seus vinte e um anos.

     - Mas quem--?  - A garota, sem ter tempo de completar a própria frase, foi puxada para o meio das árvores tão rapidamente que sua visão ficara embaçada.
     Alina parecia perder os sentidos por alguns instantes. Tudo volta ao "normal" com a princesa sentindo um dor excruciante em seu pescoço..

...

     Os últimos raios de sol daquela tarde peculiar, refletiam no rosto da menina que acabara de acordar, rodeada de folhas e raízes. 

"Onde estou?"

     Perguntou a si mesma. A princesa não lembrava, totalmente, do ocorrido ou ao menos o porquê de estar ali. Ela levantou-se devagar, não só tirando gravetos emaranhados nos compridos cabelos mas também a terra de suas vestes. A cabeça da mesma doía, e seus ombros estavam tênues.
     Procurou pelo pôr do sol, achando assim, o Oeste. Logo seguiu de volta ao Palácio, ao Leste, muitos já devem estar esperando-a...

     Agradeceu a Siena por sempre fazê-la levar um cantil d'água consigo, sua garganta estava seca.
     Seu subconsciente já estava claro novamente. Foi então, que a princesa lembrou do ocorrido e da dor... que não sentia mais, fora que não deixara uma marca sequer..
    
    
    

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