Stuck To My Brother

You Stood By Me

Noah

- Quem é?

- Só a Sabina me ligando – Digo recusando a ligação

Eu e Josh estávamos andando na rua tomando sorvete. O dele era de creme e o meu de menta, ele disse que o meu combina com a cor dos meus olhos que são lindos, não consigo esquecer disso até agora

Não me arrependo de não ter ido à escola hoje, eu precisava desse tempo, nós precisávamos desse tempo. Ainda mais depois que o Josh lembrou o que aconteceu no passado

- Acha que devíamos ir pra escola?

- Claro que não, tô amando esse tempo com você – Falo sorrindo para ele

Ele retribui sorrindo bobo e quando foi tomar um pouco do seu sorvete acaba sujando o canto da sua boca

- Espera, tá sujo aqui – Levo minha mão até seu rosto limpando com a ponta do dedo

- Valeu – Continua sorrindo bobo

- Você é muito fofo

- O que? Eu não sou fofo, eu sou o bátima

- An?

- Deixa pra lá

Ele ri baixinho e continuamos andando sem destino algum. As vezes ficamos em silêncio como está acontecendo agora, mas é porque pra nós isso é muito diferente.

Eu sempre via o Josh como meu irmão e amigo, uma pessoa que estava lá quando eu precisava e eu amava muito, mas só como irmão. Agora nós estamos apaixonados um pelo outro e namorando, o quão doido é isso?

- Aonde quer ir agora? – Pergunta pra mim terminando seu sorvete

- Hmm, eu tenho uma ideia mas não sei se você vai gostar

- O que é?

- Vem comigo

Começo a correr e meu irmão... namorado me acompanha. Chegamos a uma rua pouco movimentada e paramos de frente pro lugar onde eu costumava entrar de penetra as vezes

- Uma boate? – Ele pergunta observando o lugar

- Uma boate gay – Respondo

- Noah, eu nunca fui num lugar desses – Disse assustado

- Relaxa

Seguro sua mão e nos levo até a porta dos fundos, porque não temos idade pra entrar pela porta da frente, é assim que eu fazia quando vinha aqui

Assim que entramos nos deparamos com o lugar bastante movimentado, a música alta e vários homens dançando sem camisa em cima de palanques. Eles recebiam dinheiro pra isso, e eu até pensei em trabalhar assim, quem nunca né?

- Fecha a boca

Digo pra ele ao meu lado que observava os caras dançando. Também tinhas muitos casais se pegando e alguns solteiros que vinham só pra aproveitar mesmo

- E esse gatinho, é seu namorado? – O barman pergunta sorrindo assim que nos sentamos na bancada

- É sim – Respondo segurando a mão dele

- Noah! – Me repreende sussurrando

- Aqui ninguém conhece a gente

- É, até que faz sentido

- E podemos fazer isso...

Aproximo do meu namorado e o beijo, a música alta deixava o clima melhor nos fazendo intensificar o contato. Naquele momento nos sentimos livres, pelo menos eu me senti, não estamos dentro de casa em nossos quartos e sim em lugar onde podemos ser nós mesmos