riunioni e successi | reencontros e acertos

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10 anos após Luca ingressar pra Gênova junto de Giulia, o Vilarejo em Riviera - Portorosso, depois de longos anos trocando cartas, e ligações, expressando os sentimentos através das letras, Luca estava diferente, fascinado por astronomia vivia com a cabeça nas nuvens, e em Alberto também.

- Giulia, já está tudo arrumado, avisou a sua mãe?
- Sim Luca, ela está ciente de que sairemos logo cedo, as 4h.
- Eu não vejo a hora de chegar logo e encontrar Alberto, será que ele ainda está como as fotografias?
- Ah, talvez, deve ter crescido mais que a gente isso é certo. Giulia arrumava seus livros, e deixava algumas anotações, já se aproximava das 23h, ia deixando tudo arrumado e me deitando, eu não parava de pensar em Alberto, meu peito dói de saudades..
Amanhecia, e o alarme tocava, já era 4h, Giulia me apressava e em seguida ia escovando os dentes, tomávamos café de dona Maressa, que estava pronta pra nós levarmos a estação.
Giulia estava lendo um livro sobre buracos negros, e eu, desenhando, conversamos
durante o percurso de 2 horas de viagem, ansiedade estava a mil, ao chegar na estação de Riviera, observava o quanto tudo tinha mudado, está mais sofisticado, existia agora um píer enorme e bonito, ao parar o trem Giulia descia na minha frente me ajudando com as malas, conseguia ver meus pais já a minha espera, o pai de giulia, e ele, que me fazia sentir tudo que a de grandioso, Alberto.

- LUCA!!!!!!!!! Corria em direção a ele, e o abraçava forte, como se eu não quisesse mais soltar.
- AAAAAA estão todos aqui, estou de volta finalmente, ouvia meu pai e minha mãe vibrarem, Giulia abraçada com seu pai, e íamos todos para o vilarejo que hoje já era diferente, as criaturas marinhas como eu, conviviam com os humanos legítimos, soube que a alguns anos já estavam abrindo a essa possibilidade, quem quisesse continuar morando no mar estaria tudo bem, mas existia casas e comércios para quem quisesse vir morar aqui no vilarejo, meus pais optaram por vir pra cá, pra se comunicar sempre comigo, e estarem sempre sabendo notícias sobre mim.
- Entregava as malas para o meu pai, enquanto todos entravam para beber e festejar a vinda minha e de Giulia, puxava Alberto para o canto e íamos para o nosso cantinho, que Alberto me prometeu sempre cultiva e não deixar abandonar, a torre abandonada.
- Até que não é nada mal sua organização.. e antes que eu pudesse admirar e terminar Alberto dizia.
- Diz que você vem ficar de vez, eu não aguento mais viver longe de você Luca, eu sinto tanto a sua falta, por favor diz que é pra ficar.
- Alberto.. Eu não sei, por enquanto sim, mas eu penso em fazer faculdade, e aqui não tem.
- Luca, você prometeu, você prometeu que assim que terminasse a escola, voltaria pra vivermos juntos, fizermos um acordo certo?
- Eu sei disso e em nenhum momento eu disse que não tínhamos mais esse acordo, eu estou aqui né? Mas se eu for fazer faculdade é óbvio que você está incluindo nisso, tanto é que vou te levar comigo pra cidade..
- Cidade, eu tenho cara de quem vive na cidade? Não sou estudado que nem você, você tem que arranjar alguém como você, que tenhas as mesmas ideias e sonhos.
- Alberto não fale assim comigo, eu não quero outra pessoa, eu já disse! O acordo em que fizemos lembra? De não se entregarmos pra ninguém, e esperar um pro outro. Eu não quebrei certo. E você?
- Luca! Não! Não quebrei, eu jamais ia fazer isso com você, mesmo estando carente, com saudades, nunca.
- Hum, então por que essa ideia agora, de ficar falando que eu tenho que encontrar alguém parecido comigo.
- Por que é a verdade, eu quero ficar junto com você, como podemos ficar, e você parece que dá mais importância a qualquer outra coisa do que o que sentimentos um pelo outro, que a anos eu guardo aqui dentro desde que te conheci.
- Eu mudei tá, mas os sentimentos e desejos que tenho com você não, continuam os mesmos, eu quero ficar com você.
- Ok, então pare de dizer e prove, na prática.
- Ai, mal voltamos e já estamos brigando
- Brigando não, estou sendo sincero.
- Se você quiser ficar com outra pessoa fique, tô nem aí
- Já tive vontade, passou!
- É, já teve vontade e eu duvido que você não tenha feito nada, vivia escrevendo aquelas coisas pra mim obscenas e eu APOSTO, que você deve ter feito com a primeira garota que abanou o rabo pra você né?
- Luca, olha as merdas que você fala.
Em seguida descia com toda raiva e caminhava de volta o vilarejo.
- Luca volta aqui, tá tarde pra você voltar sozinho.. Dizia Alberto correndo atrás de mim.

- Me poupe, eu sei me virar, sou da cidade esqueceu?

Algumas horas se passava e eu voltava a familiarizar com todos da minha família, Mas Alberto também era da minha família, era difícil desviar os olhares dele, meus pais o tratavam como outro filho, depois de que fomos pra Gênova, o pai de Giulia o adotou, e Alberto ajudou meus pais com a vinda pro vilarejo.

A noite chegava e eu ia até o píer com Giulia, que agora estava namorando com Ciccio, todo aquele ódio na infância, acredita que virou amor?

- Me perdoa, escutava a voz de Alberto atrás de mim com Doce de mertilo, o qual ele sabia que era o meu favorito. Sorria corando e ficando sem graça.
- Me perdoa também, eu mal cheguei e você veio com aquele assunto que conversamos a anos e você sabe que sempre da briga.
- Eu sei, eu só não quero te ver partir de novo.
- E você não vai, nunca! Alisava a mão de Alberto enquanto olhava os olhos verdes e brilhantes dele sobre mim. Ao ver ele admirar os céus ouço ele dizer.
- Quando eu estava com saudades de você, que atrasavam as cartas, eu olhava as anchovas por que eu sabia que você também estaria olhando.
- Não são anchovas seu bobo, são estrelas. Dizia sorrindo e alisando o seu rosto.
- Eu sei que não são, mas foi assim que você se apaixonou por elas, e por mim né.
- Sim, foi, o trazia pra perto de mim, beijando suavemente e sentindo seus lábios, as mãos de Alberto grudavam nas minhas cinturas, o colando perto dele, sentindo o calor do seu corpo, mas o clima era interrompido por nada mais e nada menos do que ele, o rei do horror, Ercole Visconti.
- Hora hora se não é o casal aberração, literalmente do vilarejo se agarrando e píer pública.
- De longe já sentia o sangue de Alberto esquentar mas o segurava e o controlava, observava seu rosto e dizia.
- Não caia nas provocações Alberto, deixe este otario pra lá.
- Não vai defender a tua mulherzinha não Alberto? Dizia Ercole rindo, e em seguida incontrolável Alberto partia pra cima dele, disferindo um soco que o derrubava.

LUCAOnde histórias criam vida. Descubra agora