capítulo 3_ Baile de máscaras

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O cair da noite se aproximava, é com ele a agitação tomava conta de meu corpo, enquanto amarrava meu vestido com a ajuda de minhas irmãs, via meu reflexo sobre o espelho o vestido dourado acentuava as curvas em meu corpo, o decote entre meus seios faziam parecer que iriam saltar para fora a qualquer momento, meu cabelo de cachos dourados como os de mamãe pendiam radiantes sobre meus ombros, e talvez apenas dessa vez ter deixado que minhas irmãs fizessem minha maquiagem tenha válido a pena, meus olhos verdes brilhavam radiantes ao me ver, eu estava linda, linda de morrer como disseram minhas irmãs;

_ Meninas?! Estão prontas?_ me viro pra mamãe e um sorriso brota em seu rosto_ Estão deslumbrantes queridas_ fala com ternura_ Com certeza as mais deslumbrantes
_ A senhora também está de perder o fôlego _ falo observando o corpo marcado pelo vestido azul com um decote um tanto comportado para os quais minhas mãe gostava usar, mas de fato mamãe era linda,seus cachos dorados presos em um penteado delicado, lábios pintados em um vermelho tentador e uma leve maquiagem sobre os olhos verdes destacavam ainda mais sua beleza, ela estava magnífica_ Papai surtaria ao ver a senhora vestida assim
_ Não fale bobagens...se papai ainda estivesse vivo ele bateria as botas nesse momento apenas de olhar para a mamãe _ fala Mellane, todas sorrimos, a morte de nosso pai durante o último inverno trouxe muita dor para nosso lar, as dividas se acumularam é perdemos grande parte do nosso dinheiro apenas pagando o que devíamos, mas mesmo com tudo isso eram memórias alegres aquelas que sempre estariam em nossos pensamentos
_ Venham, vamos indo_ diz mamãe limpando uma mancha invisível na manga de seu vestido _não esqueçam suas máscaras _ gesticulo em concordância pegando a pequena máscara dourada em cima da estante
_ Vamos_ falo pulando alguns sapatos que estavam pelo chão é indo em direção a porta, sendo seguida por Mellane e Pietra logo atrás

_ Mãe? Realmente é necessário uma charrete?_ pergunto, vendo a charrete magnífica e com certeza cara que nós esperava na porta de casa, nossa situação financeira não estava a nível de alugar um meio de transporte
_ Ora querida, é uma festa no palácio, com toda certeza é necessária uma charrete,a não ser que prefira ir andando com esses belos pares de instrumentos de tortura nós pés _fala se referindo aos sapatos que usava_ Agora entrem, não queremos nós atrasar;

[...]

Antes de chegamos ao castelo, somos recebidas por uma fachada de muros aterrorizantes em seus tons acisentados sem grades ou estacas apenas longos metros de tijolos em direção ao céu " Não se precisa de segurança quando se é o próprio perigo" penso comigo
Um grande portão de ferro se extendía sobre nossas cabeças quando atravessamos para o interior da propriedade, o balançar da charrete se tornou suave derrepente, chamando minha atenção ainda mais para o lado de fora, luzes estavam entrelaçadas sobre as árvores, e lanternas delicadas sobre o gramado bem cuidado, rosas vermelhas como o sangue podiam ser vistas durante todo o trajeto até a entrada do palácio, o ar se tornará leve e delicioso uma mistura perfeita de vinho e rosas a beleza daquele local não condizia com a brutalidade aterrorizante vista do lado de fora daqueles muros
_ As máscaras meninas_fala mamãe assim que o cocheiro para, a porta se abre é somos recebidas por alguns serviçais mascarados e vestidos igualmente em tons de preto e vermelho vinho, somos guiadas a grande entrada onde já era fácil ouvir o som de música, risadas e o tilintar de taças  aperto os olhos assim que as portas se abrem a quantidade de luz era absurda mas magnífica ao mesmo tempo, respiro profundamente pelo nariz sentindo o cheiro de vinho e suor se misturarem em um aroma único;
_ Então aqui estamos nós_ fala Pietra
_ Aqui estamos _ responde Mellane com os olhos saltitantes em alegria

[...]

Solto uma risada quando Mellane dispensa educadamente o terceiro jovem rapaz pois não aguenta mais dançar, a mesma me lança o tipo de olhar " Deixe você comigo" e eu apenas seguro a risada

_ Irei buscar algo para beber, aceita algo?_ pergunto para minha mãe que estava distraída com a dança de Pietra
_ Não querida, Obrigada_ disse sorrindo_ Aproveite é tente encontrar um par para dançar_ um sorriso maroto brota em seus lábios
_ Ninguém se faz tão digno de minha companhia_ digo brincando enquanto me afasto

Ando alguns metros até encontrar a mesa do bufê entre a multidão, meus olhos saboream cada prato disposto sobre a mesa e penso algumas vezes antes de me servir de algo, acabo me servindo de um liguido âmbar do qual todos bebiam
_ Não beberia isso se você você_uma voz grave diz atrás de mim tão próximo que sinto o alito quente em meu pescoço_ Acho que não te ensinaram que não se deve beber qualquer coisa em uma festa como essa_ uma imensidão escura, quase como o céu em sua noite mais tenebrosa me recebe de forma convidativa
_E o senhor é? _ pergunto analisando o jovem alto com uma máscara de corvo a minha frente
_ Seu salvador eu diria_ sua mão agarra a minha retirando a taça que segurava, aquela imensidão escuro me fita atentamente se transformando em olhos dourados tão cintilantes quando a moeda de ouro mais pura que já vi, sinto um choque percorrer meu corpo se tornando borboletas em meu estômago, minha boca seca instantáneamente
_E pelo visto não ensinaram ao senhor como se tratar uma dama_ digo desviando nossos olhares enquanto puxo minha mão da sua, sentindo a ausência imediata de seu toque, uma risada rouca eacapa de seus lábios e volto a encara-lo
_ Está certa... Perdão senhorita, posso convidá-la para uma dança?_ sua postura era quase angelical apesar de seus olhos me lembrarem o próprio inferno
_ Eu deveria aceitar?_ pergunto sentindo minhas bochechas queimarem diante a proposta
_ Tem ração... Deveria?_ a entonação de desafio em sua voz deixava claro que agora estávamos jogando, ou melhor eu acabará de entrar em seu jogo, sua mão se estende e com uma breve reverência seu corpo se inclina, seus olhos vêem de encontro aos meus e me sinto hipnotizada, atraída, fascinada, agarro sua mão com um sorriso travesso nos lábios, o sorriso de vitorioso em seus lábios fazem cócegas em meu estômago, sou guiada contra a multidão em direção ao salão sentindo olhares recairem sobre nós

_Uma dança_ digo agora frente a frente ao jovem com máscara de corvo
_Uma dança é tudo oque preciso_ afirma desta vez sorrindo o suficiente para que possa ver suas presas

"claro como se os olhos não fossem sinal o suficiente, um vampiro" penso

Seu olhar me despia, deixando-me exposta...quase como uma presa, sabia que ele estava ciente disto, talvez todos ali estivesse;

Cantinho da autora

Como dizem, quem é vivo sempre aparece...
Bom pessoal eu fiquei umas semanas, sem postar pq estava resolvendo problemas familiares;
Mas cá estou eu trazendo capítulo novinho
Lembrando:
Esse capítulo assim como os outros está sujeito a erros de gramática é ortografia :)

P.s
Deixem estrelinha pra amiga aq, pfv 🥺

A ESCOLHIDA             Lua de sangue Onde histórias criam vida. Descubra agora