Capitulo 12_ Acordo

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[...]

_ Ficaremos bem..._ diz mamãe com os olhos brilhando em uma tentativa falha de conter as lagrimas_ prometa-me que ira se cuidar

_Eu prometo mamãe_ minha voz falha e diferente de como havia planejado caio em prantos, abraçando seu corpo esquio, afundo a cabeça sobre seus ombros sentindo seu perfume doce de jasmim _ Eu te amo mamãe

_ Eu também te amo querida_seus braços me envolvem em um abraço caloroso, ouço quando um dos guardas tosse em uma tentativa de me apressar. Levanto o rosto com dificuldade limpando as lagrimas que ainda molhavam minha face_ Sentirei saudades_ afirma com delicadeza em sua voz

_ Eu também!_digo

_Senhorita, temos de ir!_ o guarda moreno de uns 20 anos com a barba por fazer diz educadamente, viro-me para ele afirmando com um aceno enquanto suplico mentalmente por alguns poucos segundos a mais

_Nos veremos logo, prometo!_ digo por fim me soltando de seu abraço, deposito um beijo em sua bochecha, e viro-me rumo a carruagem, caminho com passos rápidos, cada passo me fazendo parecer mais longe da realidade, paro na frente da carruagem respirando profundamente o aroma tão familiar, o cheiro de terra e sempre-verdes preenchendo minhas narinas, fecho os olhos aproveitando a sensação enquanto uma brisa leve sopra, memorias de mim e minhas irmãs correndo pelo gramado agora aparado invadem minha visão, o sorriso de mamãe sempre que papai voltada de uma viagem, os refrescos que tomávamos na varanda durante os dias quentes de verão... viro-me novamente para trás tentando gravar cada detalhe daquele lugar, as grandes paredes brancas manchadas pelo tempo, a porta de madeira branca e o jardim logo a frente com tulipas nascentes, a cerca quebrada que cerca a pequena área, o balanço de madeira casto balançando com o auxilio da brisa, tudo tão cheio de memorias e sofrimento;vejo mamãe ainda encostada sobre o batente da porta, uma lagrima solitária escorria por seu rosto, aceno para ela sorrindo e a vejo retribuir o gesto com um olhar cansado, sou tomada pela nostalgia e sinto lagrimas se formarem novamente "Não é um adeus" lembro-me, apreso a subir na carruagem e logo o galopar suave guia-me pela estrada de terra adiante.

[...]

Uma recepção calorosa me esperava em frente ao palácio, 6 criados estavam perfeitamente posicionados a minha espera, 3 deles eu reconhecia, Jack que descobri ser o criado pessoal de Christopher e os gêmeos do quais descobrir se chamarem Alex e Rex;

Desço da carruagem enquanto Jack em uma ordem silenciosa pede para Alex e Rex descarregarem a bagagem _ Majestade, seja bem vinda!_ cumprimenta Jack sorrindo gentilmente;

_Por favor, apenas Allice ou Lice se preferir_ digo sentindo o rubor tomar minha face

_ Como preferir senhorita Allice, deixe-me apresenta-lá a suas damas de companhia_ com um gesto as três mulheres de olhos curiosos caminham em minha direção se alinhando logo a minha frente_ Esta é Cloe, será ela quem irá cuidar de vossa majestade_ olho para ele advertindo mentalmente seu comentário_ perdoe-me, Srta. Allice_ rubor preenche sua face

_Tudo bem, não se preocupe_ um sorriso gentil é tudo oque consigo lhe oferecer, então viro-me para Cloe e pego em sua mão, seu olhar de surpresa me faz ser breve_Olá Cloe, pode me chamar de Lice_ lhe ofereço um sorriso caloroso e a mesma retribui, mostrando covinhas perfeitamente alinhadas

_Será uma honra servi-la Lice_ Cloe era jovem, sua pele morena e reluzente brilhava, suas bochechas salientes estavam rosadas e seus olhos levemente puxados em um tom de âmbar brilhavam, seus cachos negros pendiam sobre os ombros enquanto seu corpo magro e esquio mostrava empolgação.

A ESCOLHIDA             Lua de sangue Onde histórias criam vida. Descubra agora