The Beast

Capítulo 4

Alguns avisos antes do capítulo:
• Me perdoem pelo sumiço (aconteceram algumas coisas)
• As postagens não tem mais dia definido

23.06.2021

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SAM

— Espere. — Peço agarrando a mão dele — Sabe me dizer em qual parte da floresta Twinys estou?

A floresta Twinys fica ao norte da Obscura (local em que os praticantes da magia obscura vivem) e a leste da Kyr (portal para o mundo dos humanos).

Uma risada debochada sai de seus labios enquanto seus olhos mudam para vermelho bordo.

— Você não sabe em qual lugar está? — Sua afeição muda rapidamente para enfurecida ao mesmo tempo que suas mãos agarram suavemente meu rosto — Que cheiro é esse?

As danadas varrem minha face e meu corpo em busca de algum corte ou hematoma e fazem carinho automaticamente quando presumem que está tudo bem.

Balanço a cabeça negando a sua primeira pergunta surpresa por ele conseguir sentir o meu cheiro.

É ele Sam, aquele que sempre procuramos e perdemos a fé que um dia encontraríamos... Porém você sabe que o que está acontecendo pode matá-lo!

Recuo meus passos ao entender o que a minha loba afirmou. Isso não pode estar acontecendo...

— Você está no coração da Obscura, siga o caminho dos ventos e chegará em  Twinys — Seus olhos suplicam por algo enquanto ele sente pela última vez o meu cheiro ao ir embora.

Fecho os olhos e espero a rajada de vento me envolver, sinto o frio passar por todos os meus poros molhados e começo a segui-lo mesmo querendo voltar para os braços daquele que é a minha metade.

(***)

Não sei por quanto tempo fiquei vagando até chegar na ponte que liga as duas florestas, nem o momento em que as bolas de fogo começaram a me atingir.

— Você está maluca? — A voz grossa do homem misterioso me tira do transe que estava bem na hora que ele seria atingido.

Desfaço a bola com um movimento e o jogo para longe.

— Fique aí! — Suplico internamente para que ele me entenda e obedeça.

Transformo metade do corpo para conseguir encontrar o idiota extremamente corajoso que tentou me matar e após alguns segundos sinto seu cheiro emanar do galho de uma alta árvore.

Recito o canto que as bruxas utilizavam para diminuir os meus poderes e logo consigo.

— Quem é você? — Sua voz trêmula indaga ao constatar que estou quase chegando no pé da árvore em que ele está.

— Quem sou eu? Apenas uma garota, e você meu querido? Quem é você e quem te mandou?

— Você nunca vai descobrir!

Sinto algo me atingir e logo perco a consciência novamente ao mesmo tempo que aquele homem uiva de dor e raiva.

Merda

(***)

— Vamos lá gatinha, por favor não desista. Você pode não saber, e se sabe está escondendo por um bom motivo, que eu te procurei por muito tempo e nunca irei te deixar. — Escuto como se estivesse muito longe e ao mesmo tempo muito perto da voz