Capítulo 2

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           Naquele dia Ayla voltou para casa e como sempre deu tudo que tinha para seu Pai, aquilo já era tão constante que a menina já havia se acostumado a nunca ter nada que lhe agradece ou que ela desejasse, porém era melhor viver sem nada do que sem sua paz. 

       Como sempre fez ela somente ignorou a presença do senhor Blary e subiu para seu quarto, ela passava horas ali dentro só esperando o momento em que seu pai saísse para beber como ele sempre fazia desde que a senhora Blary morreu. 

     As horas passavam e nada dele sair de casa, então Ayla decidiu revirar algumas velhas caixas que havia em seu quarto na visão dela eram somente caixas com coisas velhas e imprestáveis, mas ali existia uma ligação ou melhor uma carta que ligava o destino de Ayla e o seu verdadeiro amor. 

      A primeira caixa não havia nada interessante além de roupas e sapatos velhos e desgastadas, mas a segunda estava cheia de coisas interessantes que um dia pertenceram a Fabulosa Senhora Blary, roupas lindas e finas, algumas jóias e outros pertences, a menina se perguntava de onde a mãe tinha tirado todas essas coisas caras. Porém o que mais chamou sua atenção foi um carta dourada que parecia ser feita de ouro, ela não queria mexer nas intimidades da falecida mãe, mas alguma coisa dentro dela gritava para ler.

                  Carta de 2002

     Querida Katharine,

     Já faz um tempo que não lhe vejo e acredito que ainda esteja com o humano que conseguiu roubar você de meus braços, porém quero lhe avisar que o pior está por vir e precisamos dar um jeito nessa criança que você chama de sua. 

     Hoje pela manhã o grande Sábio preveu algo que me deixou atordoado, ele dizia que uma menina humana domaria o mais poderoso dos vampiros, só que isso poderia resultar em uma revolta para o sobrenatural, ele disse que ela seria filha de um do nossos e logo me veio a mente a sua pequenina menina. 

       Precisamos de você aqui conosco, então dê um jeito de voltar para casa e ajudar a sua espécie

                                    Ass: Théo." 

       Ayla sentiu seu coração palpitar de forma fervorosa, como isso seria possível quem era esse homem e por que ele demostrava preocupação com a espécie dele, a menina não estava compreendo nada do que havia visto na carta e não conseguia acreditar que havia vampiros e outros sobrenaturais, andando com a humanidade. 

       Ela sem querer deixou uma pequena caixa cair no chão e nela havia um pequeno colar com um pingente cor de sangue, na jóia estava escrito algo que Ayla não soube decifrar, porém de todas as coisas que achou ela somente ficaria com a carta e o colar.

     A morena escutou os passos do Pai saindo de casa e logo tratou de guardar as coisas e correr para comer algo antes que ele voltasse, mas ao chegar na cozinha ela sentiu que estava sendo observada por alguém ou alguma coisa, seu corpo estava tendo calafrios e seu coração apertou, ao olhar na janela se assustou ao ver na escuridão olhos dourados que brilhavam ainda mais com a luz da lua. 

       Um lobo.... – sussurou 

      Por mais que fosse considerado impossível a sobrevivência de sobrenaturais, depois de ler aquela carta ela não duvidava de mais nada.  Ficou encarando os olhos do lobo e sentiu uma onda de ódio vindo olhos dele,  era como se ele estivesse imaginando mil formas de mata-lá. 

      Ayla se assustou ao escutar o som de seu celular tocando e ficou mais apavorada ao ver que o número era desconhecido, mas já que tocou ela atenderia. 

        — Para de encara-lo – a morena sentiu seu corpo tremer feito gelatina ao ouvir aquela voz grossa e rígida... Ela sabia muito bem de quem era – Quando mais encara, mais ele se sentirá incomodado

     — Está me vigiando? – ela sussurrou com medo do lobo que estava no meio da mata lhe observando – Foi só o primeiro dia de trabalho e já tenho a honra de receber uma ligação do patrão

    — Recado está dado – Ayla sentiu a impaciência dele do outro lado do celular – Agora basta ter sorte, talvez ele vá embora ou talvez esteja só averiguando a forma de te matar 

    — Obrigado, ajudou muito idiota – a menina sentiu as pernas tremendo de medo 

    — De nada, essa é a minha especialidade – Ayla quis quebrar o celular de raiva, pois ela tinha certeza que ele estava com um sorriso sínico no rosto – Enfim, boa sorte e se for o seu dia de morrer, que pena eu sinto muito

    — Não ouse desligar depois de ter me deixado com mais medo do que eu já estava

  — Boa noite, menina. Espero que não morra de forma dolorida, prometo que lhe mandarei flores das mais baratas para não fugir do costume de pobres

    — Vou te quebrar a cara se eu sobreviver 

     Ayla sentiu seu coração gelar ao ouvir o barulho de ligação encerrada, mas se confortou ao olhar na janela e não ver mais aqueles olhos assustadores lhe observando com ódio.  A morena correu com toda a rapidez que tinha para o quarto e se trancou, ela lamentava não ter comido nada e se infelizmente fosse sua hora de morrer, morreria com fome, triste por estar com fome e talvez com uma pitada de raiva daquele miserável do seu chefe. 

     Tomara que caia da escada e quebre um dente, onde já se viu ligar para deixar a pessoa com mais medo do já tava. Você me paga seu idiota – Ayla falou baixinho. 

Somente depois que se deitou Ayla percebeu algo que não havia se dado conta antes, como DiLan sabia do Lobo?







Espero que estejam gostando.
Beijos: Marzinha88

     

     

     

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