capítulo 9

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    Havia se passado mais de cinco horas que Dilan deixou a morena em seu quarto sozinha, ele não queria, porém como anfitrião teria que fazer companhia para os convidados que estavam em sua casa.

     Ayla não viu problema algum ele fazer sua tarefa como o anfitrião do baile, ao contrário, ela precisava de um momento sozinha para refletir e também conversar com sua mãe como ela sempre fazia nos dias de Luto e assim ela fez. Porém já ela já havia terminado de fazer as duas coisas a mais de duas horas, ela tentou dormir, mas em nenhum momento conseguiu pregar o olho e descansar. 

      Enquanto observava a decoração e as cores do quarto, ela viu no alto da lareira um quadro de uma pintura feita de forma admirável e desenhada com magnífica perfeição. Uma linda mulher de cabelos loiros e longos e com os mais belos olhos, eles brilhavam como as estrelas e eram negros como a escuridão de uma bela noite, na verdade os olhos eram estranhamente parecidos com os de Dilan. 

      — Ela é muito linda, não é? – Ayla se arrepiou ao ver uma moça ao seu lado

    — Quem é você? Como entrou? 

    — Meu nome é Myredite – a moça deu um pequeno sorriso para Ayla, apesar de não saber quem ela era, a morena não deixou de se admirar com a beleza esplêndida da outra ao seu lado, os cabelos eram platinados e brilhavam como prata, os olhos da moça eram tão brancos que chegavam a parecer pérolas preciosas, a pele negra tão magnífica dava aspecto de macia e o corpo estrutural dava ar de mulher, porém o rosto angelical deixava a moça com a beleza de uma menina – Eu sou uma Fada 

      — Eu vi uma de vocês a um tempo atrás – Ayla lembrou de Violet – No entanto, ela era diferente de você, não sei se são o mesmo tipo de fadas 

    — Como era essa Fada? – Myredite perguntou olhando fixamente para Ayla 

    — Os cabelos eram ruivos como o fogo e olhos tinham a cor verde água, mas o que mais me chamou atenção foi a tatuagem de rosa no pescoço

    — Ela é uma fada boa, a rosa no pescoço diferencia as fadas do fogo e da morte 

    — Você é uma fada da morte? – Ayla sentiu seu coração acelerar ao lembra do que Violet falou sobre esse tipo de fada – O que faz aqui? 

    — Infelizmente sim – a morena percebeu o olhar triste da moça – Estou aqui para te alertar, elas virão atrás de você e eu não sou capaz de fazer nada a não ser te avisar 

    — E por que está fazendo isso? – Ayla olhou nos olhos platinados de Myredite

    — Por que as fadas da morte nem sempre foram ruins – a moça falou e sumiu em uma fumaça escura e preta 

     No entanto, Ayla olhou para cima de uma estante que havia perto e percebeu que Myredite havia deixado uma pequena mecha dos seus cabelos platinados e um pequeno bilhete: 

     " não exite em me chamar se precisar, somente uma fada da Morte pode matar outra. Tudo que precisa é pegar essa mecha de cabelo e gritar o meu nome. Ass: Myredite "

      Ayla não sabia se podia confiar na fada e por esse motivo decidiu que não daria ouvidos para o que a moca havia lhe falado e nem muito menos usaria a mecha de cabelo, podia ser uma armadilha para pegá-la. Então decidiu jogar fora tanto o bilhete quando a mecha de cabelo, porém Dilan entrou no quarto e encarou as mãos de Ayla que seguravam a pequena mecha.

    — O que irá fazer com isso? – a morena estranhou a rispidez do rapaz – Não pretende jogar fora, não é? 

    — Por que ficou bravo? Você sabe mais do que eu sabe que não devemos confiar nesse tipo de fada 

    — Ainda existem fadas da morte que desejam o bem, elas nem sempre foram o que são hoje – Ayla viu o olhar triste de Dilan – Minha mãe era uma Híbrida, ninguém sabe disso, somente eu e Mary 

    — Desculpe eu não queria... – porém Ayla foi surpreendida com os braços de Dilan abraçando o seu pequeno corpo 

    — Tá tudo bem, baixinha – Dilan sussurrou ainda desfrutando do abraço – Você não poderia imaginar que um vampiro tivesse uma mãe que além de vampira é também fada da morte 

       Ayla não respondeu nada e Dilan também não prosseguiu a falar, ao contrário, eles ficaram por um bom tempo abraçados e desfrutando do carinho um do outro, até Ayla lembrar de pintura que ela havia visto antes da fada aparecer.

      — A mulher da pintura é sua mãe? – Dilan assentiu com a cabeça e se afastou do abraço – Por que ela não tem o cabelo Platinado? 

    — O cabelo é genética da minha vó, ela tinha cabelos loiros também – Dilan deu um pequeno sorriso – Foi esses cabelos e os olhos negros que salvaram a minha mãe de ser descoberta como Híbrida

    — A senhorita Mantory era muito bonita 

    — Assim como você – Ayla se arrepiou ao sentir o sussurro do Dilan em seu ouvido – Você é a mulher mais bonita que eu já tive o prazer de conhecer 

     A respiração de Ayla foi ficando descontrolada ao sentir os pequenos selinhos que ele dava na Buchecha e na proximidade do ouvido dela.

    — Eu te amo, docinho — falando isso Ayla sentiu os lábios dele tomando os dela com paixão e amor, as línguas dançavam na mesma sintonia e a calma se tornava em alvoroço, era com se Dilan fosse o fogo e ela a gasolina, juntos queimavam e separados não tinham efeito — Te amo tanto, você é a minha perdição 

    — Já falei para não me chamar de docinho — Dilan deu uma gargalhada gostosa e Ayla gostou de escutar cada momento dela – porém, dessa vez eu te perdôo e Eu também te amo, muito 

     Os dois selaram os lábios mais uma vez e provaram o amor que ambos corações tinham para oferecer, somente pararam quando Mary entrou no quarto com um enorme sorriso e cantando uma música indecifrável.

     A mais velha só percebeu o que havia feito quando olhou para a pele pálida de Ayla se tornando vermelha de tanta vergonha. 

    — Não se preocupe menina, sou velha demais para não saber que vocês estavam se beijando. Isso não é um problema tão vergonhoso, continuem que a Mary está saindo agora mesmo 

      Dilan deu uma gargalhada e começou a zombar da vermelhidão que surgiu nas bochechas de sua amada e Ayla fez questão de retribuir a risada gostosa que o moreno estava dando.

    — A sua vez vai chegar, senhor Dilan Mantory – ela falou gargalhando

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