A própria cobra. ( Ink X Fresh)

Capítulo 2

§ Narradora §

Fresh está em meio a um campo fechado por árvores, tem dentes-de-leões por toda parte que vão indo com o vento que sopra levemente.

Ouvindo alguém se aproxima está pessoa se senta ao seu lado.

- Ink, é você? - pergunta enquanto apoia seus braços atrás do corpo.

- Claro que sou, não tem ninguém além de mim neste lugar. - fala calmante.

- É estranho ninguém vir para está parte da floresta ou da cidade. -

- É por conta dos rumores... -

- Que rumores? - fala se virando para onde a voz tinha vindo.

- Tem rumores sobre viver um ser meio cobra que petrifica aqueles que olham em seus olhos, mas esse bicho já morreu faz muito tempo. - se deita na grama.

- Tipo a Medusa? Mas esse bixo estava vivo!? Me fala mais!! - diz se empolgando.

- Bom, a muito tempo atrás uma jovem tinha sido amaldiçoada por ser bela demais na visão de um deus, ele se irava todos os dias ao ver que ela tinha uma beleza quase que imortal, mesmo sendo uma pessoa falsa e terrível com todos que se relacionava. -

- ... -

- Mas a gota d'água foi ver que essa dama tinha engravidado de um deus do Olimpo! -

- Do Olimpo!? Então o bebê é um semi-deus! - diz empolgando.

- Sim, mas ao ver aquilo ele a transforma em uma cobra! Da maneira mais dolorosa possível, fazendo ela "perder" o feto, assim a tornando um ser quase que imortal com a capacidade de matar todos que a olharem nós olhos. - fecha seus olhos.

- Igualzinho a Medusa, ele não teve muita criatividade nisso. - fala debochando.

Ele ri um pouco - É, mas ela se escondeu no templo dele e todos que entravam lá nunca voltaram para contar a história, a maioria virou pedra, os outros só morreram mesmo. -

- ... Mas o que aconteceu com ela? - diz sem notar o rosto que fazia.

- Bom.... Um semi-deus querendo ganhar importância e fama em meio a tantos outros foi ao encontro dela e a matou em um único corte que ia do peito a barriga, retirando seu coração como prova de sua morte, já aposto o "herói" sair do templo a maldição é parcialmente retirada dela. -

- Parcialmente? - Fala com curiosidade.

- Poucas coisas ficaram em seu corpo como o veneno, algumas escamas e os olhos de cobra. -

- Uou! Como você sabe tanto sobre esse mito? Tem em livros? - diz com animação

- ... Tem ... Eu acho, sempre ouvi isso na boca do povo então deve ter. -

- Hum... Sabe o nome do semi-deus? - vira para cima

- Não. -

- E nome da moça? - pergunta se aproximando dele.

- ... Rosé, falam que do sangue dela veio a Rosa e o arco-íris. -

- Tem alguma rosa por perto? - diz concertando sua postura.

Olhando para os lados Ink encontra um pé de rosas-brancas por perto.

- Um minuto. - Se levanta e caminhando para um pouco longe pega aquela flor tão delicada.
- Aqui. - volta para seu lado.

- Obrigada! - pega a flor com cuidado.