Book of sex ‧ Sooshu

2. I found a gold mine

Por quê a sociedade trata a virgindade feminina com tanta devoção? Quer dizer, há todo aquele papo de ter de ser especial, repleto de amor e purpurina, quando na verdade você só chega e... dá. Mesmo meus pais, que não são nada conservadores ainda tinham uma pulga atrás da orelha em conversar sobre sexo comigo, e apenas comigo, já que papai diversas vezes deu camisinha para Kyungsoo, meu irmão, dizendo que ele deveria se cuidar. E eu porra?

Poucas foram as vezes que o assunto "dar a piriquita" rodeou nossas conversas em família, e em todas as vezes quem trouxe o assunto a tona fui eu mesma. Uma ótima tentativa de conversa para se ter nos jantares em família, recomendo total.

Em uma dessa vezes eu realmente achei que meu pai fosse infartar; era uma quarta, e toda quarta jantavamos espaguete com almôndegas, e tudo estaria normal se mais cedo naquele mesmo dia na escola eu não tivesse tido aula de educação sexual. Mas, aí você me pergunta: "e porque as coisas não estavam normais Soojin?", e eu sou obrigada a te responder que: aquelas bolas de carne no meu prato me faziam ligeiramente me lembrar dos testículos do pinto de borracha que a senhora Colins usava mais cedo. Bem, não realmente usava... ah! Vocês entenderam!

Voltando ao assunto, enquanto eu fincava as almôndegas com garfo eu simplesmente não pude controlar minha língua e simplesmente soltei: "hoje tivemos aula de educação sexual", meus pais não tiveram uma reação exagerada, mas ligeiramente pude ver meu pai remexer desconfortável, enquanto Kyungsoo fazia uma cara de garoto depravado. As vezes meu irmão me enojava, mas fazer o quê, não é como se eu pudesse joga-lo no lixo.

- Isso é importante! - Mamãe assentiu compreensiva depois de beber seu suco.

- Verdade, é bom saber que estão tratando sobre o assunto. - Papai respondeu sério parecendo realmente agradecido e eu sorri.

- E o que você achou da aula, Jin? - Kyungsoo perguntou me sacaneando e meu pai se remexeu desconfortável.

- Foi educativo.- Eu respondi dando de ombros e meu pai aceitou a resposta. - Bastante interessante.

Na minha época não tinha isso nas escolas. - Meu irmão deu uma pausa parecendo se lembrar da época da escola. - Na real esse nem era uma assunto que os mais velhos tocavam.

- Que péssimo! Agora eles levam pintos e tudo. - Eu lembro que soltei tão despretensiosa que fui perceber o que havia falado quando meu pai engasgou com o macarrão e começou a tossir entalado.

- Amor, você está bem? - Minha mãe perguntou preocupada e meu pai abanou a mão para confirmar.

- Sério? E como eles eram? - Kyungsoo perguntou se referindo aos objetos da aula, e eu sabia que ele estava fazendo aquilo para alfinetar ao nosso pai, por isso entrei no jogo.

- Eu não sei, eram vários. - Papai arregalou os olhos em choque. - Tinha um grande que eu pensei: "como isso entra?", teve outro grosso que eu acho que minha mão não conseguia nem circu-

- Chega! - Papai gritou depois que mamãe deu um tapa em suas costas é o fez desengasgar. - Vamos parar de falar de sex- dessas coisas e vamos comer em silêncio!

E eu nem contrariei só voltei a comer enquanto lembrava das camisinhas distribuídas no final do dia e imaginando se eu iria usa-las logo. E bem, hoje, 4 anos depois continuo da mesma forma: imaginando se as usarei logo.

Na real, nem eu sei o motivo de ainda ser virgem. Não é por falta de vontade, nem de oportunidade; eu não fantasio com a noite perfeita e nem tenho neuras com meu corpo o com o sexo em si. Então qual o motivo? Acho que passei tanto tempo da minha vida sem me importar com sexo que eu acabei ficando anestesiada nessa parte, até claro, meus dias atuais.