Book of sex ‧ Sooshu

7. Lion

Eu deveria pensar melhor nas minhas atitudes antes de realiza-las. Esse era meu ensinamento do dia!

Eu admito que talvez eu tenha subestimado Yeh Shuhua. Por mais que eu estivesse lendo "seu livro" e estivesse ciente da loucura que ela era no sexo e seus afins, eu não havia visto sua insanidade ainda. Claro que eu havia provado de seu lado sexual, mas tinha sido uma porcentagem muito pequena para comprovar a fera que diziam que ela era na cama.

Ah! Pobre Seo Soojin.

No exato momento em que entramos no carro minha namorada pareceu se transformar. Eu juro que seus olhos ficaram diferentes! Sério, era um olhar que eu nunca havia visto antes. Me deixe exemplificar: sabe nos canais de vida selvagem, onde sempre mostram a cena brutal da caçada que as leoas executam? Pois é, e sabe quando focam no olhar da leoa e ela está focada e completamente no modo carnívora? Exatamente, esse era o olhar de Yeh Shuhua.

Parecia que ela havia deixado a Yeh engraçada, divertida e bobinha no campus e dirigindo o carro estava outra Shuhua, uma mulher quente e perigosa. Não vou negar, eu estava amando. E se meu professor de Psicologia visse a cena, com certeza diria que ela tinha o Transtorno de Personalidade Múltipla.

Mas ai entra outra observação; euzinha não era a fodona do sexo, eu nem havia usado um vibrador antes, e ali estava eu, com um vibrador em público. Sério, onde eu estava com a cabeça? Auto controle e eu na mesma frase não encaixa! Eu mal consigo me impedir de comer uma caixa de chocolate, quem dirá fingir demência durante um orgasmo. No entanto, aqui estou eu sentada na mesa do restaurante com minha namorada ninfomaníaca louca!

— O que vai querer, amor? - Ela me pergunta enquanto lê o cardápio, o que me faz pegar o outro menu e começar a ler também. O cardápio era extenso, e eu não conseguia me decidir antes de ler todos os pratos ali, e eu como estudante de Psicologia conseguia ler bastante rápido, afinal o curso exigia que lêssemos bastante, e de fato eu o faria, se... ah, se Yeh Shuhua não ligasse o maldito vibrador. Eu a olhei com os olhos arregalados enquanto ficava totalmente sem ação.— O que foi?

— O que foi?! - Eu a remendei com incredulidade, e ela deu um sorriso tão, mas tão, filha da puta que eu não soube se minha vontade foi de fechar a boca dela com um soco ou com minha boceta.

— Não faço idéia do que está dizendo! - Shuhua piscou os olhos com calma e deboche, e eu apenas respirei fundo e tentei me concentrar no menu e não na minha calcinha.— O garçom está vindo. - Ela disse ainda sorrindo e voltou a folhear o cardápio na maior calma, enquanto eu dava meu melhor para não me exaltar.

— Boa tarde senhoritas. Estão prontas para fazerem seus pedidos? - O rapaz perguntou todo educado, e Shuhua retribuiu sua educação com um sorriso de orelha a orelha.

— Sim, iremos pedir agora. Eu gostaria de um Nakji Bokkeum, e uma garrafa de agua com gás, por favor. - Shuhua fechou o cardápio quando acabou seu pedido.— E você, amor? Qual será seu pedido? - No momento que abri minha boca para responder senti a vibração na minha calcinha aumentar, e não um aumento singelo e sim um aumento que me fez agarrar a cadeira com força. Então?

— Ahn... um Bulgogi. - Dei uma pausa respirando fundo enquanto torcia para que o garçom não notasse nada estranho.— E, um Soju. Ah, por favor!

— Tudo bem, já já trago para vocês! - Ele deu um sorriso e já estava de saída quando se virou para nós novamente.— A senhorita gostaria de uma água? Está muito vermelha!

— Ah! - Eu fiquei tão sem graça com sua preocupação que me senti até um pouco mal.— Eu estou bem, obrigada.

— Não por isso! - Se curvou e então retirou, foi nesse momento que minha cabeça pendeu pra baixo e eu pude singelamente sentir meu prazer.