-- Então aceitas?- perguntou-me um homem de grande porte com um sorriso malicioso.
-- Não. É pouco.- respondi friamente.
-- Errr, nem sabes o que perdes. Ninguém aqui vai te oferecer uma quantidade tão alta. Burra.- disse aborrecido batendo com o punho na banca.
-- Olha aí Steven, eu não estou para te aturar hoje. Já me basta o trabalho noturno.- repreendeu Paul.
-- Vai te foder. Eu estou a acordar com esta gaja, a conversa não é contigo. De mais a mais eu não preciso de ouvir as tuas lamentações.
Paul revirou os olhos e foi atender um grupo indivíduos.
-- Qual é a resposta final então?- perguntou arqueando uma sobrancelha.
-- É não. Tenho muito a cumprir.
Por ali ficou a conversa tinha muito a fazer então não quis perder mais tempo. Fui até Paul e pedi-lhe a chave para os quartos, que era a área reservada para as residentes e para quem quisesse uma prostituta. O café era um local amplo com uma mobília simples um pouco velha, mas frequentado por muitas pessoas.
-- Então cabritinha, tudo pronto para hoje à noite?
-- Não Ashley.
-- Aserio, tens de ser mais ativa senão ninguém te vai quer. Há concorrência e cada vez tu vales menos. - avisou a rapariga.
Ashley é alta e é a mais pedida de todas as que se dedicavam e viviam ali. Também é a mais velha tem 20 anos e o seu melhor recorde foi pegar 10 numa só noite. Quanto a beleza também se destaca, tem os olhos castanhos com alguns raios verdes o cabelo loiro escuro e é morena. Pessoalmente não tenho inveja dela, nem sei o que é isso.
-- Eu também nunca quis ninguém, nem nada com isto.- suspirei deixando-me cair num sofá.
De repente a cara dela fechou-se e eu logo entendi.
-- Esquece, aaa eu eu...
-- Enfim sabes o que eu penso desse teu argumento. O que é que o Steven queria?
-- Acordo.
-- Entendi... aceitaste?
Neguei com a cabeça.
-- Ok. Vai vestir, agora, algo mais sexy que senão o Paul ainda te manda embora. Essa camisola já passou de moda e eu ainda não tinha nascido. Como é que queres atrair clientes assim?
Concordei revirando os olhos.
Fui até ao meu quarto que ficava entre o da Ashley e o da Brenda. Escolhi uma roupa, vesti-me e fiquei sentada na beira da cama, em transe olhando para o chão. Os últimos momentos tinham sido normais, o que não era normal.
-- Cabrita, o Josh precisa de ajuda no café e nem penses que eu vou. Vai lá.- disse a Lilah emporrando-me do quarto para fora.
-- Lilah a Brenda anda à tua procura.- informou a Ashley.
-- Eu já vou.
-- Cabrita, depois de ires ao Josh anda aqui que eu preciso que vás me comprar umas coisas.- pediu a Ashley.
-- Ela vai sair, se fores avisa.- pediu a Lilah.
-- Quem vai sair?- perguntou a Brenda aproximando-se de nós.
-- Ela.- apontou a Ashley.
-- Que bom, eu esqueci-me de comprar umas coisas para o Paul. Antes de ires eu digo o que era.
-- Mas eu...- tentei explicar mas elas continuavam.
-- Brenda és mesmo cabeça no ar.- referiu a Lilah.
-- Não tive culpa estava a falar com o Dillon.- desculpou-se a Brenda.
-- Enfim... quando acabares o trabalho com o Josh avisa.- pediu a Ashley pondo um fim na conversa.
Eu nem tentei explicar que não tinha intenções de sair hoje, dei-me ao silêncio.
-- Demoraste!- referiu Josh.- Pega naquela bandeja e leva os pedidos para as mesas. Depois preciso que trates dos lixos e da arrecadação.- enumerou sem tirar os olhos do computador
Acenti com a cabeça e dirigi-me a uma mesa com a bandeja carrega de bebidas, orientando-me por um papel rasurado.
=Quebra tempo=
Depois do Josh dispensar me fui até às "nossa sala reservada" e vi a Ashley sentada num sofá a mexer no telemóvel.
-- Ashley, eu...
-- Ainda bem que acabaste, toma. As primeiras coisas da lista são da Lilah, depois as minhas e depois as da Brenda. Precisamos disto daqui a 2 horas. E vê se te despachas!
-- Eu...- repeti olhando para a lista.
--Tu o quê?Hã?
-- Pouco tempo... não dá.
-- Olha cabrita tu, tens de estar aqui às 19:30 no máximo. Desenrasca-te, mas não chegues atrasada.- levantou-se e sussurrou-me ao ouvido.- 19:30 e nem mais 1 segundo senão...
Senti ela a apertar o meu pulso de força e por isso fiz uma pequena cara de dor.
Acenti e fui ao meu quarto para pegar numa carteira. Pôs lá a lista que a Ashley deu e o dinheiro que o Paul me deu. Vesti um casaco de ganga com um rasgo de lado, calcei umas botas de couro pretas e saí pela porta das traseiras
Para não arranjar problemas ia vendo as horas. Acelerei o passo, caminhei 5 quarteirões. Durante o percurso via as casas térreas com algumas telhas danificadas, ao trocar de quarteirões apareciam prédios e casas mais requintadas. Via pessoas a passear com os filhos ou com os animais enquanto outras, sentadas nas esplanadas dos cafés riam-se, contavam histórias das suas vidas e comiam algo.
Chegando ao 6° quarteirão virei à direta e adentrei numa lojinha.Cumprimentei esboçando (tentando) um sorriso.
-- Boa tarde, menina.- mostrei a lista, ao vendedor de loja e apontei-lhe para os itens que necessitava.- Humm...um momento já lhe trago.
=15 minutos depois=
-- Ora, aqui está, é 30.
-- Obrigada.- agradeci enquanto o idoso guardava o dinheiro, acenei e saí da pequena loja apressadamente.
"Ainda tens de ir a 3 sítios, merda já são 18:15h."- pensei
=Quebra tempo=
Já tinha tudo o que a Lilah e a Ashley queriam só faltava uma coisa que a Brenda se tinha esquecido. Fui até ao correio para levantar uma encomenda. Felizmente não era nada frágil. Saí do posto dos correios e olhei para um relógio que estava ponderado na porta da loja do lado.
" São só 19:00 tu consegues, se fores rápida, chegar a horas. Agora só tens de ir por... ali e caminhar 6 quarteirões."- pensei.
Fui caminhando pela rua fora, quase sem nenhum campo de visão. Até que alguém me para puxando-me pelo ombro.
Continua...
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Olá
Demorei um tempão a escrever este cap mds. Mesmo assim acho que não tá muito bom.
Desculpem se houver alguma parte confusa. Enfim acho que vou demorar a atualizar mas vou tentar ser breve.Já agora em que cidade é que acham que a história se passa?
Espero que gostem deixem like, comentem é até mais kkkk.
17/06/2021
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Novela Juvenil1° capítulo-17 /07/2021 Uma jovem, ia começar uma nova fase da sua vida, mesmo não tendo nenhuma esperança de que a sua vida tivesse alguma mudança. Quase todos os que lembravam da sua existência odiavam-a, cada vez mais. Agora tinha de aguentar a s...