Estella:
Depois que Philipe foi embora e Érick foi dormir, fiquei na sala com meus pais, pois eles disssram que queriam conversar comigo. Nos sentamos no sofá e meu pai começou:
- Nos últimos anos nós - ele olhou para minha mãe e depois voltou a me olhar - não estivemos muito presente, em casa e em família e, principalmente, na sua vida.
- Me desculpa por isso, filha - diz minha mãe interrompendo meu pai.
- Mas - continuou meu pai. - você sabe que trabalhamos muito e também tem a doença do seu irmão...
- Sim, eu sei - falei assentindo.
- Saiba que sempre estaremos com você - minha mãe diz. - Mesmo que não pareça, estamos sempre nos preocupando com você e quero que você saiba que pode contar conosco. Vamos te ajudar no que precisar. Estamos aqui pra isso. - Ela pegou em minha mão. - Vamos te ouvir e te apoiar.
- Sim, - ressaltou meu pai - vamos te apoiar em tudo.
- Tem algo que queira nos falar? - perguntou minha mãe.
- Não - menti, pois estava receosa de lhes contar sobre o que estava acontecendo.
- Por que não estava indo pra escola?
- Eu já disse - Mas mesmo assim repeti a mesma resposta - Eu não estava me sentindo bem.
- Sim. Nós já sabemos, você já disse. Mas você não disse o que aconteceu para se sentir assim. - falou apertando mais minha mão. - Eu quero saber.
Eu pensei muito no que lhes dizer, estava hesitante em contar os reais motivos. Pois não queria deixá-los preocupados.
- Eu estava me sentindo sozinha. - Revelei um pouco triste pelo assunto. - Sei que era coisa da minha cabeça, mas pensei que ninguém se importava comigo.
- Claro, que nos importamos - falou meu pai.
- Eu sei...
- Devia ter nos falado antes - falou minha mãe me interrompendo.
- Eu sei - repeti.
Depois disso eu contei mais algumas coisas que aconteceram nos últimos dias e eles me ouviram, até me consolaram um pouco. Prometemos sempre nos ajudar e contar tudo um para o outro.
Terminamos a noite assistindo um filme e quando já estava tarde eu fui dormir. Claro, não querendo que aquele dia acabasse.
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DIÁRIO DE NÓS
DiversosEstella: - É claro que nos gostamos, somos amigos. Mas não temos nada além disso. - É claro! Mas você gosta dele. - Claro que não! - Uhum. - Não vale a pena te explicar isso. - Admite logo. Tá na cara! Foi então que pensei: "Ela está certa. Ac...