Jisung
Enquanto caminhava com aquele menino, pensava em fugir, mas depois dele tirar o casaco e me entregar, desisti dessa idéia. Ele não parecia alguém que me faria mal, então apenas segui meu caminho com ele.
Saio do quarto assim que ele me diz para ir tomar banho
Observo o banheiro e começo a me despir, ficando completamente nu.
Ligo o chuveiro e suspiro ao sentir a água quente em contato com minha pele. Enquanto lavo meu corpo, começo a pensar nas coisas que aconteceram há horas atrás.
Sinto lágrimas brotarem ao lembrar das pessoas que vi morrer naquela escola.
Choro ao lembrar-me de minha paixão da escola e atual ficante JinJin. A essa hora você já deve estar morto.
Finalizo meu banho e seco minhas lagrimas e meu corpo com uma toalha.
Após me vestir com a roupa que provavelmente Jongho tinha colocado em cima do vaso saio do banheiro e volto ao quarto, noto um homem parado perto da porta e me escondo.
E agora?
Aproximo-me devagar e sem fazer barulho chuto suas partes intimas, o vendo se ajoelhar e grunhir de dor.
-Filho da puta.
Seu grunhido era de raiva e de dor.
Vou para perto de Jongho e vejo-a ajudar ele a se levantar, fico confuso e pergunto:
-Vocês se conhecem?
Ele revira os olhos com o homem ainda apoiado nele.
-Ele concordou em nos ajudar e nos deixar dormir aqui, amanhã de manhã vamos embora.
Fico receoso e pego minha mochila.
-Vai tomar banho?
-Vou sim.
-Posso ficar com você no banheiro?
Ele nega e pega as roupas que o homem o entregou e sai do quarto.
Fico em silencio e agarrado na mochila, enquanto encarava o chão, estava envergonhado de mais para olhar para o homem a minha frente.
-Vem, vou esquentar algo para você comer, deve estar com fome.
O homem sai mancando do quarto e desce as escadas com dificuldade. Pego uma faca que Jongho tinha colocado em minha mochila mais cedo e escondo nas costas.
Desço as escadas atrás dele e o encontro na cozinha. Sento na cadeira e coloco meus cotovelos na mesa, me inclinando para frente, aliviando a leve pressão que a faca fazia.
-Tem alergia a carne de Javali?
-Até onde sei não.
Encaro as costas do homem a minha frente, enquanto o vejo cozinhar algo.
-Há quanto tempo estão juntos?
Não respondo, apenas observo os seus movimentos.
-Sabe, você parece meu filho quanto ficava com medo.
-Eu não sou seu filho e nem tô com medo.
Mentira, eu tô me borrando, mas ele não precisa saber disso.
Ele suspira e se vira para mim, me encarando.
-Tem razão, foi uma comparação besta. Até porque você é bem mais velho que ele.
Ele abaixa o olhar, demonstrando tristeza. Logo me arrependo da grosseria, mas qual é gente, to com um homem loiro que nem conheço e que a qualquer momento pode tentar me matar e provavelmente vai conseguir.
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Zumbi: Um Novo Mundo
General FictionJongho Nunca acreditei em Deus algum, mas sentado nessa árvore com 15 zumbis abaixo de mim, me peguei rezando e implorei para que ele me ajudasse. O suor frio escorre por meu maxilar e desce para minha clavícula, em um movimento rápido, passo a mão...