capítulo- 5

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– O que você que com Máxsuel?

Ainda com seu celular em suas mãos, Olivia leva um susto ao ouvir a voz rouca e grave atrás de si, que a tira de seu devaneio tempestuoso.

– Máxsuel?

Ela pergunta a Zyan, que dá a volta por trás do sofá com um certo ardor nos olhos, um olhar que a deixa nervosa por estar em sua presença.... como se sentisse ódio ao se juntar a ela no mesmo lugar, agindo friamente.

– Sim, meu irmão... não se faça de sonsa!

– Eu não quero nada com ele.

– Mas ele quer com você, por qual outro motivo ele confiaria nossa casa de família a uma estranha? Com toda a certeza... ele quer.

Diz ele passando suas mãos pelo queixo pensativo. No mesmo instante ele a encara... se aproximando perto o suficiente de Olivia no sofá.

– Eu não o julgo, você é saborosa, também me faria de cavalheiro para tê-la.

Seus olhos e sua feição sugerem o que ele diz quando morde os lábios, em um gesto simples... ele passa um dedo sobre o ombro nu de Olivia, fazendo-a se levantar imediatamente pelo toque inapropriado.

– Eu não sou um objeto... Acho melhor você ficar longe de mim seu idiota!

Nervosa, Olivia sente um mal estar por onde Zyan a tocou após respondê-lo. Não é a mesma coisa quando Gloomy a toca... não é o mesmo arrepio, a mesma sensação de sentir borboletas em seu estômago. Pelo contrário... ela sente algo errado, como se sua intuição a mandasse ficar longe.

– Ha... me esqueço que não sou tão poderoso quanto "SENHOR GLOOMY. "
Talvez você goste de ser tratada mal, não se envergonhe, também posso fazer isso por você.

Depois de ouvi-lo. Obedecendo seu instinto Olivia sai pelo corredor sem dizer nada a Zyan, ela anda o mais rápido que pode... até que bate em alguém.

Seu peitoral enorme encosta em seu rosto no momento em que a segura firme pela cintura para que não caia, olhando em seus olhos assustados de cor de avelã, enquanto nota sua feição, Gloomy fica preocupado.

– Calma. O que aconteceu? Olivia, você está bem? Parece ter visto o lobo mau.

Gloomy sorri..., mas do contrário dele Olivia permanece com o rosto frio.

– ME SOLTA GLOOMY!

Ela grita com ele saindo de seu aperto o deixando sem entender nada, frustrado por sua reação repentina ao vê-la ir feito um vulcão em chamas, sua raiva era nítida e Gloomy sabia que algo aconteceu em sua ausência.

Seus capangas o olham de um jeito como se estivesse louco por deixar que Olivia o tratasse assim. Por outro lado, Gloomy não liga e apenas acena para que a deixem ir, para que não interfiram. Ele sabe que terá que procurá-la cedo ou tarde, só de imaginar aqueles lábios rosados seu corpo fica elétrico.

Gloomy volta para a sala assim que a vê partir, encontrando seu irmão no sofá brincando com o anel de esmeralda em seu dedo. Um anel que seu pai usava bastante quando era vivo, as sobras de um passado ainda doloroso para Zyan, um passado que não conseguiu superar nem esquecer.

– Zyan, o que você disse a ela... Pra sair correndo daquela maneira?

Seu irmão o olha desentendido, arqueando as sobrancelhas em sinal de incredulidade ao responder com cinismo voltando seu anel para o lugar.

– Eu? Eu não fiz nada, ela que me viu chegar e agiu estranho. Bom, sobre o armamento que pediu, está na sua outra casa aqui em Roma. Sugiro que você volte com os capangas para pegar ainda hoje.

Gloomy não gosta do que ouve, muito menos do tom em que Zyan fala, seu irmão sempre gostou de interferir nos "negócios" da família. Mas sempre foi Máxsuel que comandou todas as operações desde que seu pai era vivo.

– Você está me dizendo o que eu devo fazer? NA MINHA CASA? NO MEU COMANDO?

Zyan cerra os dentes se controlando diante do seu irmão...Ele sabe o quão cruel ele pode ser pela voz alta que branda pela sala, feito um trovão na noite fria de chuva.

Mas por sorte a dele, Gloomy está preocupado demais com Olivia para gastar seu tempo brigando com ele.

Máx estala os dedos e rapidamente seu capanga aparece, recantando a ordem que ele diz baixo somente para que os dois ouçam.

– Mandou seguirem-na?

– Sim Senhor Gloomy.

– Diga que eu mandei ficarem de prontidão, que não saiam nem um segundo de perto dela. Se acontecer alguma coisa... vocês pagaram por isso, e sou eu quem cobrarei pessoalmente.

Seu capanga engole em seco saindo em seguida para repassar a ordem dada.
Então Gloomy volta sua atenção para Zyan, que está com a expressão neutra.

– Você sabe. que primeiro temos que cuidar da comunidade da Calábria. Depois vemos as armas que ficaram na outra casa aqui em Roma.

Ajeitando sua gravata ele continua, com sua postura dominante de volta.

– Quanto a Olivia... não pense que eu sou tolo! Afinal, eu vi como a olhou.
Não queira brigar comigo irmão, eu sou pior ainda quando roubam o que é meu.

Dia seguinte...

Olivia abriu a padaria embaixo de sua casa como sempre, mas a sensação de ser vigiada a incomoda durante o dia todo... lhe dando calafrios por lembrar da mensagem anônima em seu celular.

– Olivia.

– Aí... que susto Adelaide!

Colocando a mão no peito, ela tenta se acalmar pelo susto que levou ao se sentar um pouco na cadeira.

– Você está assim o dia todo minha querida, tem certeza de que está bem? Posso fazer uma canja quentinha.

– Estou bem sim Adelaide, é apenas cansaço do dia.

– Tenho uma notícia pra você minha jovem, pode ser que não goste.

Olivia suspira já imaginando do que se trata. Desde que veio pra Roma, sua tia em Chicago anda pedindo dinheiro para se sustentar... ela diz que é sua obrigação já que cuidou dela e de seu irmão até a maior idade.

– Chegou esse envelope pra você. É de sua tia Giola.

– Obrigada Adelaide.

Ao abrir a carta, era exatamente o que Olivia previu. ela pediu uma quantia muito alta dessa vez, nem em dois meses trabalhando duro na padaria ela teria esse valor.

– Amanhã mando minhas economias.

Diz Olivia cabisbaixa ao fechar o papel o guardando no bolso, que por coincidência é no mesmo instante que seu celular vibra.

– Me encontre na ponte, agora.

Diz o número desconhecido que mandou a mensagem outra vez.
Olivia prende a respiração e só então reúne sua coragem, tirando seu avental para prosseguir com o que lhe pedem.

Depois de alguns minutos ela em fim chega à ponte. Notando que não há ninguém por lá, somente os barcos que passam pelo rio.

– Ah... você veio princesa.

Sussurra o homem que estava no porão daquela prisão, usando uma máscara em seu rosto para que ela não o veja.
Dando passos para trás depois de se virar, Olivia é encurralada em uma árvore esperando que o pior aconteça.

Entretanto, o homem soa sua gargalhada dizendo em seguida.

– Eu não vou te matar hoje.

– Então... o que você quer de mim?

Sério outra vez o encapuzado responde friamente ao se aproximar de Olivia, jogando seus cabelos para trás do ombro ainda encostada na árvore.

– Eu quero... que você seduza O Gloomy, que me traga informações sobre suas atividades e os seus colaboradores. Caso queira o inútil de seu irmão vivo meu anjo.


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