Capítulo 01 - Carol Morgado

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Me chamo Carolina Morgado, tenho 21 anos e faço faculdade de Direito

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Me chamo Carolina Morgado, tenho 21 anos e faço faculdade de Direito. Sempre levei minha vida de maneira leve e descompromissada. Não namoro e não quero tão cedo. Se você está se perguntando se eu tenho medo de relacionamento, não é isso. Na verdade, não é que eu tenho medo de relacionamento mas medo do que ele pode fazer conosco e não quero me relacionar com uma pessoa qualquer para quebrar a cara mais para frente. E eu só sou assim, graças ao meu pai biológico.

Quando eu tinha 3 anos de idade, meu pai biológico, simplesmente resolveu que queria aproveitar a vida e largou eu e minha mãe. Quem eu tenho como pai e que realmente foi o meu pai, é o Sr. Rodrigo. Quando eu tinha 5 anos, minha mãe, Dona Letícia, mudou de emprego e o conheceu. Minha mãe se casou com ele e desde então, eu o chamo de pai. Ele sempre fez de tudo por mim e sempre me tratou como sua filha. Nunca fez diferença entre eu e a minha irmã, a Yara, que tem 14 anos.

A minha ligação com o meu pai é muito forte. Desde a primeira vez que eu o vi no trabalho da minha mãe, fiquei encantada por ele. Ele sempre me chamou de Raio de Sol por ser loira e ele dizia que sempre que eu chegava perto dele, tudo se iluminava. Eu tinha muito orgulho de o ter como meu pai e fazia questão de deixar isso muito claro para ele. Uma vez eu o chamei para conversar e vi o quão bom era o coração do meu pai.

— Pai? Posso falar com o Senhor?

— Oi, Raio de Sol. Claro que pode.

— O Senhor se arrepende de ser meu pai?

— Que história é essa, Carol? De onde você tirou isso?

— O Senhor não tinha obrigação de me criar como filha e mesmo assim o Senhor o fez. Não acha que eu sou um peso para o Senhor?

— Sabe o motivo de eu ter te criado como filha?

— Não.

— Porque desde a primeira vez que você foi na minha mesa de trabalho, meu coração ficou aquecido de uma forma que nunca havia ficado e o meu modo protetor aflorou na hora. Quando comecei a namorar com a sua mãe e tinha um pouquinho de você a cada dia, quis ser o seu pai e te dar tudo o que o babaca do seu pai biológico não te deu. – Eu já estava chorando horrores. – Você é o meu Raio de Sol, meu amor. Você me salvou quando eu não sabia que precisava ser salvo e se tornou minha filha naquele momento. Nada e nem ninguém vai mudar isso.

— Eu te amo, pai. Obrigada por tudo

— Nunca pense que você é um fardo. Você, a Yara e a sua mãe foram as melhores coisas que já me aconteceram. Eu te amo, minha pequena.

— Desculpa por essa conversa. Nunca duvidei do seu amor por mim mas eu queria saber se você não se sentiu obrigado.

— Você pode conversar o que quiser comigo. Eu sempre estarei aqui.

Depois dessa conversa, vi que não precisava do meu pai biológico para nada. Já pensei diversas vezes procurar por ele para perguntar o porquê dele ter feito o que fez anos atrás. Eu não quero contato, não é isso mas quero entender o motivo. Não é possível que depois de três anos com a sua filha, você decide que quer ir viver a vida. Ele não pensou em nenhum momento na minha mãe e muito menos em mim. Quando eu toco nesse assunto com a minha mãe, ela fala que nem se recorda direito do Nathan, meu pai biológico, pois é passado e passado é para deixar onde ele está e isso me dá um orgulho danado dela.

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