Capítulo Três

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Uma semana se passou e Dean nem mesmo olhou na direção de Cas na escola. Foi horrível e Cas sentia-se preso. Ele queria tanto contar a Charlie, mas nunca trairia a confiança de Dean.

Ela o incomodou no início, mas depois do olhar penetrante que ele deu a ela, ela deixou passar.

Dean parecia estar mantendo sua cabeça baixa, e agora que a temporada de futebol havia acabado, ele não estava no meio de sua equipe de atletas e líderes de torcida. Ele parecia estar sentado sozinho, trabalhando nos trabalhos da escola ou enviando mensagens de texto. Muitas mensagens de texto.

Cas poderia ter se chutado por não conseguir o número de Dean. Ele poderia pelo menos garantir a Dean que ele manteria seu segredo, que ele poderia confiar nele. Era tão frustrante não ser capaz de processar a maior coisa que já aconteceu a ele com ninguém. Isso assombrava seus sonhos, fazendo-o suar durante o sono, duro como uma rocha quando acordava. Às vezes, o sonho ia mais longe, e Cas teria permissão para penetrar em Dean, fodê-lo contra a janela para o mundo inteiro ver. Esses foram os piores sonhos dos quais acordar.

— Você vai assistir a filmes horríveis de terror esta noite ou não? — Charlie interrompeu seus pensamentos. Cas sacudiu-se para fora de seu devaneio e encolheu os ombros. — Sim, estou dentro.

— Bom!

Cas estava feliz por alguém estar feliz, Charlie estava radiante nos últimos dois dias desde que ela literalmente esbarrou em Dorothy virando uma esquina no caminho para a aula. Elas colidiram e passaram vários minutos rindo e se ajudando a pegar os pertences uma da outra. Charlie teve coragem de perguntar a Dorothy se ela queria sair algum dia, e Dorothy disse que sim. Mas é claro que Charlie precisava de um reforço, então Cas tinha que estar lá também. Ele não se importou, era tão bom ver sua amiga tão feliz.

Seus olhos traidores deslizaram de volta para a árvore sob a qual Dean estava sentado. Dean desviou o olhar e Cas percebeu que ele estava olhando em sua direção. Ele esperou que Dean encontrasse seus olhos, mas como ele nunca o fez, Cas suspirou e desistiu. Dean não gostava dele assim. Talvez ele gostasse de chupar pau, mas não gostava de Cas especificamente. Isso era possível. Ele tinha lido que muitos homens preferiam encontros sexuais anônimos porque as emoções eram muito confusas. E ele fez o possível para não levar para o lado pessoal.

Mas ainda doeu.

Foi mais tarde naquela noite, na metade original de Prom Night que Cas decidiu que precisava seguir em frente. Não adiantava ficar preso a algum atleta intocável que tinha um boquete incrível. Sem julgamento, apenas hora de seguir em frente. Foi bom tomar a decisão. Como se ele tivesse alguma aparência de controle de sua vida.

Ele se virou para contar isso a Charlie, mas deu de cara com a visão das duas garotas se agarrando, já meio pesadas, e decidiu fazer uma saída silenciosa. Charlie chamou sua atenção enquanto ele se levantava, e enquanto Dorothy estava chupando seu pescoço, ele fez um sinal de positivo com o polegar. Ela sorriu feliz e retribuiu o gesto.

Cas calçou os sapatos e saiu.

Ele se sentia bastante sozinho. Ainda eram cerca de 20h da sexta-feira, e a maioria dos idosos que tinha feito 18 anos já estava indo a clubes e coisas do gênero. Ele poderia ir a um clube, ele estava querendo. Ele parou em sua garagem com uma nova missão.

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— Você é muito gostoso,— um homem alto e loiro gritou acima do alto bombeamento do baixo. Cas sorriu e agitou seus cílios. O homem parecia apenas um pouco mais velho, muito bem vestido, principalmente sentado no bar e olhando os homens que passavam.

— Obrigado, — Cas gritou de volta.

— Você quer me encontrar no banheiro? — O estranho puxou Cas um pouco mais perto para não gritar tão alto. O estômago de Cas embrulhou. Esta era uma oportunidade perfeita para fazer algo para seguir em frente com a confusão de Dean.

🎱 𝐀 𝐋𝐈𝐓𝐓𝐋𝐄 𝐀𝐅𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐂𝐇𝐎𝐎𝐋 𝐒𝐏𝐄𝐂𝐈𝐀𝐋 ─ 𖥻destielOnde histórias criam vida. Descubra agora