Seu telefone tocou pela quarta vez. Dean suspirou, olhando para o nome de Cas na tela iluminada, sabendo que era uma discagem por engano já que ele estava nos contatos de emergência, mas atendeu de qualquer maneira.
O baixo estava alto ao fundo, muitas vozes e barulho. Mas desta vez Dean podia ouvir Cas falando.
— Obrigado, uma bebida é suficiente. Eu peguei um Uber, mas não quero ser expulso.
— Não se preocupe, amor, eu conheço o segurança. — A segunda voz era decididamente britânica e meio idiota.
— Isso é bom.
Houve uma pausa e Dean se perguntou se deveria desligar. Parecia um pouco intrusivo, mas por que não? Ele estava entediado de assistir TV e sentia falta de sua rotina noturna habitual. Ele supôs que poderia ter pedido para ir com Cas ao clube, mas não tinha certeza se queria apenas entrar na cena gay com os dois pés. Ele estava apenas descobrindo algumas coisas por si mesmo.
E ele ainda tinha a voz de merda e rouca de John Winchester em sua cabeça, chamando-o de viado, batendo com o punho em sua mandíbula. Ele não lutou, não se defendeu, sentindo que merecia. Bobby puxou papai de cima dele quando ele apareceu, Sammy estava chorando na varanda esperando por ele. Mas John não machucou Sammy e isso era tudo que importava.
Bobby ofereceu para Dean ir para casa com ele também, mas Dean disse que queria ir ver seu amigo. Sam garantiu a Bobby que estava tudo bem, porque Sam sabia. Sam sabia que queria estar perto de alguém que entenderia o que ele estava passando.
E Cas tinha sido tão bom para ele. Não que ele merecesse, depois de ignorá-lo na escola durante toda a semana após o encontro, mas ele estava apavorado. Tão assustado que o que aconteceu iria acontecer, e bem, nem mesmo importou no final, John ainda descobriu, e ainda bateu nele.
E ele ainda não tinha dito em voz alta que era gay! Ele sabia que não tinha nada do que se envergonhar, inferno, Cas não tinha vergonha de si mesmo ou de ninguém, mas Dean não estava lá ainda. Cas estava tão seguro de si, mas ao mesmo tempo tão paciente e confiante em Dean.
É por isso que os instintos protetores de Dean de repente aumentaram.
— Castiel, que tal você me encontrar no banheiro, amor?
Uma pontada de puro ciúme esfaqueou Dean, mas seu medo era mais forte. Este era amigo de Cas? Claramente ele era mais velho se estivesse comprando bebidas para Cas. Ele estava tentando deixar Cas fodido e tirar vantagem dele? Inferno, realmente não era da sua conta com quem Cas ficou.
Cas riu pelo alto-falante do telefone. — Sim, estou bem atrás de você.
Dean olhou para o telefone, seu coração batendo forte. Ele definitivamente não queria ouvir Cas fazendo sexo com outra pessoa. Ele desligou o telefone, largando-o no sofá ao lado de si e o encarou com desconfiança.
Alguém. Não era como se eles estivessem fazendo sexo. Cas disse que retribuiria o favor, mas Dean não tinha absolutamente nenhuma ideia de como pedir isso. E Cas não estava oferecendo recentemente. Isso foi antes de serem companheiros de quarto. O que poderia colocar em risco o lugar de Dean para morar, se algo desse errado.
Isso significava que Dean passava muito tempo no chuveiro se masturbando, pensando em envolver os lábios em torno do pênis de Cas, ou ainda pior, fantasiando sobre Cas beijá-lo. Ele tinha o pau de Cas em sua boca, mas ele nunca conseguiu beijá-lo. Talvez seja assim que foi? Ele não queria beijar Michael, então talvez fosse o mesmo para Cas.
Dean empurrou os pensamentos do lábio inferior macio de Cas para fora de sua mente. Ele acabaria tendo que tirar a roupa e bater uma rapidinha.
O telefone tocou novamente. O nome de Cas iluminou a tela e Dean gemeu. Ele realmente queria ouvir Cas foder algum idiota britânico contra a parede do banheiro em um clube decadente?
Quero dizer, ele meio que fez. Se Cas não estava dando para Dean, talvez ouvindo aquela voz rouca rosnando enquanto ele sentava-
Ele mexeu no telefone e atendeu.
O baixo era ensurdecedor e Dean afastou o telefone do ouvido. As pessoas estavam woohoo'ing e pareciam estar se divertindo. Aquilo era uma pista de dança, não um banheiro. Acho que Cas não-
O som do baixo estava começando a diminuir.
— Cassie, querida, onde você foi, eu estava esperando por você —, disse o idiota.
— Eu não sei, eu realmente precisava dançar, você pode sentir isso? — Cas parecia estranho, meio arrastado. Ele não podia estar bêbado com apenas uma bebida.
— Eu sei de algo que vai fazer você se sentir ainda melhor, venha comigo.
— Ok, — Cas disse, amigável.
O sangue de Dean gelou. Esse cara deve ter dado drogas a Cas ou algo assim. Ele precisava encontrá-lo. Agora.
Ele pulou do sofá e saiu de casa, ainda segurando o telefone no ouvido. Ele ligou Baby e guinchou para longe do meio-fio. The Shack? Ele não tinha ideia de onde ficava, mas não podia procurar enquanto ainda estava ao telefone. — Merda.
Ele desligou e rapidamente encontrou o clube em seu GPS. A 15 minutos de distância, não foi tão ruim. Ele poderia chegar lá em cinco.
O telefone tocou novamente, e claramente Cas estava de volta à pista de dança. Ele se afastou da ducha e estava seguro. Dean suspirou de alívio, mas continuou ao telefone enquanto corria pelas ruas.
O Shack ficava no distrito de warehouse, então o barulho não perturbava os moradores, que não estavam muito animados em ter um clube gay em sua pequena cidade.
Dean parou no meio-fio pelas cordas de veludo, quando um grande urso de um homem com uma camisa preta justa se sentou em um banquinho.
— Ei amigo, você não pode estacionar aqui, — o homem chamou, não parecendo muito preocupado com isso.
Dean se aproximou, tentando manter a calma. — Ei, cara, odeio incomodar você, mas estou procurando meu amigo, 18 anos, mais ou menos da minha altura, mas com cabelo preto e olhos muito azuis...
— Sim, eu o conheço, Castiel, o cara doce que veio com Balthazar.
— Sim, ele está me ligando do bolso há uma hora e tenho certeza que ele está bêbado ou escorregou em alguma coisa...
— Sim, querido, vá buscar seu amigo. Já é difícil o suficiente manter nossas portas abertas nesta cidade caipira, a última coisa de que precisamos é escândalo por fornecer bebidas a menores.
— Obrigado, — Dean acenou com a cabeça, passando pelas portas.
— Ei docinho! — O homem o chamou. Dean deu alguns passos para trás.
— Sim?
— Seu amigo estava com Balthazar, e ele é conhecido por lidar com boa noite Cinderela. Agora, nunca poderemos pegá-lo fazendo isso no clube, mas você deve saber disso, só para garantir.
Dean agradeceu com gratidão e caminhou até a porta.
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🎱 𝐀 𝐋𝐈𝐓𝐓𝐋𝐄 𝐀𝐅𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐂𝐇𝐎𝐎𝐋 𝐒𝐏𝐄𝐂𝐈𝐀𝐋 ─ 𖥻destiel
Fanfic- Questionar sua sexualidade é saudável, Dean, - Cas disse com cuidado. - É comum as pessoas acreditarem que é um assunto restrito, com apenas duas opções, mas não é tão simples. - Ele tinha lido muito sobre questões LGBTQ, tentando passar o tempo a...