Beijo.

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Sem saber quanto tempo tinha passado ali, Louis ouviu seu celular tocar e com certa lerdeza pegou o aparelho, drogado demais para saber quem estava o ligando ele atendeu o aparelho de olhos fechados e soltando o ar levemente pela boca.

— Cara eu tô te ligando faz uma hora. — Louis ouviu a voz de Tom do outro lado da linha e suspirou levemente.

— Oi Thomas. — o mais velho disse com a voz arrastada.

— Louis? Tá tudo bem? — Tom perguntou estranhando a voz do melhor amigo.

— Tá tudo ótimo... Eu só tô muito feliz. — Louis riu baixo negando com a cabeça.

— Beleza, você está onde e com quem? — o mais novo perguntou sério, conhecia Louis o suficiente pra saber que ele não estava bem. — melhor, me manda sua localização.

— Mas por que? Eu tô curtindo minha vibe sozinho. — o de olhos azuis explicou.

— Por favor Louis. — Tom suspirou. — eu vou aí te encontrar.

— Tá bom, mas não conta pra Leigh. — ele disse e desligou mandando a localização para Tom.

Louis estava chapado o suficiente pra sentir seu corpo todo mole e não ver o tempo passar. Tanto que ele nem notou quando Tom chegou se agarrando no próprio moletom por conta do frio, o de olhos castanhos viu o melhor amigo sentado em baixo de uma árvore se perguntando o que Louis fazia naquela parte da cidade aquela hora. Quando ele chegou perto do mais velho, viu o celular do mesmo no chão ao lado dele junto ao maço de cigarros quase vazio, um isqueiro e... um pacote com um resto de pó branco e alguns comprimidos? Tom arregalou os olhos com aquilo abaixou ao lado de Louis.

— Que porra você tá fazendo aqui a essa hora? — Thomas perguntou preocupado olhando para os lados. — Você tá congelando Louis! Vamos pra minha casa, não vou deixar sua mãe ou seu pai te verem assim.

— Eu não tô com frio, e também não quero ver os dois. — o mais velho disse. — mas Tom... eu não consigo levantar...

— Porra Tomlinson. — o de olhos castanhos ficou ainda mais preocupado.

Pegou as coisas de Louis colocando no bolso e logo puxando o mesmo para que ficasse em pé. Tom não era fraco e Louis não era gordo, mas o mais velho não conseguia nem sustentar seu próprio peso. Devagar o mais novo conseguiu levar Louis até a entrada do parque onde tinha estacionado seu carro, enquanto chegavam podiam ver alguns homens suspeitos parados do outro lado da rua os observando. Thomas tentou agilizar o passo sabendo que aquela área de Doncaster não era a mais segura.

— Porra Lou, que merda você veio fazer aqui... — o mais novo murmurava enquanto colocava o cinto no melhor amigo.

— Eu moro aqui. — Louis disse baixo quando Tom fechou a porta para poder ir para o outro lado do carro.

Tom entrou no carro e o caminho até sua foi silencioso, ele checava Louis de segundo em segundo para garantir que o mesmo se mantivesse acordado. Quando estavam quase perto da casa do de olhos castanhos, ele viu que o melhor amigo começava a suar frio enquanto estava encostado na janela e piscava devagar.

— Louis, se você não ficar acordado eu juro que chamo a Leigh... — tentou ficando mais preocupado ainda.

— Eu tô acordado... Não vou dormir. — tentou tirar a jaqueta falhando miseravelmente.

Eles chegaram a casa de Tom e o mesmo estacionou o carro, ajudou Louis a sair agradecendo mentalmente por seus pais estarem viajando e os empregados já terem ido pra casa. Subiu as escadas com certa dificuldade e levou Louis para seu próprio quarto, fez o mesmo entrar na suíte e abriu a tampa da privada posicionando Louis em frente a mesma. Tom respirou fundo e ainda segurando o melhor amigo com um braço, abriu a boca do mesmo fechando os olhos e colocou dois dedos na garganta no mesmo, o que logo o fez vomitar.

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