Doze.

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Um mês.

— Louis? — Mia entrou no quarto depois de bater por duas vezes sem obter respostas, vendo Louis deitado encolhido na cama enquanto suava e tremia. — Louis, por que não me chamou?

— Eu pareço o que? Uma criança que precisa de uma babá vinte e quatro horas por dia? — Tomlinson disse irritado se sentindo ficar enjoado e suando mais ainda. — merda eu vou vomitar.

— Esse é o meu trabalho Louis, cuidar de você enquanto você está aqui. — a enfermeira disse vendo o cantor correndo para o banheiro e vomitando todo café da manhã. — você precisa me chamar quando não estiver se sentindo bem.

— Vai ter que ficar comigo vinte e quatro horas então. — ele limpou a boca com água e se esgueirou novamente para o quarto, se sentindo pior ainda. — Mia eu tenho certeza que algum desses viciados daqui traz alguma coisa escondida, eu só preciso de uma carreira, eu não aguento mais isso... Me ajuda vai, eu tenho dinheiro pra você nunca mais precisar trabalhar.

— Louis você já tentou me chantagear umas quatrocentas vezes, funcionou alguma vez? — a mulher perguntou e ele negou com a cabeça a olhando. — por que acha que vai funcionar agora?

— Porque eu sinto que eu tô morrendo e você precisa me ajudar, não é pra isso que você está aqui? Acabou de dizer isso. — Louis disse irritado.

— E eu vou, mas não do jeito que você quer. É pra se livrar disso que você está aqui e eu já vi isso várias vezes, então vai por mim, você não vai morrer. — Mia disse dando tapinhas nas costas dele. — se sente melhor?

— Não, já te disse que sinto que vou morrer. — Tomlinson disse sentindo seu estômago doer. — eu quero a minha casa, não aguento mais essa merda.

— Você consegue, é só mais um dia ruim no caminho pros dias bons. Lembre que você já está a dois meses limpo, isso é bastante tempo pra quem usa substâncias desde a adolescência. — a cacheada disse calma enquanto esfregava as costas dele.

— Um mês desse eu estava inconsciente sem sentir nada, era mais fácil. — ele desabafou não sabendo distinguir se o que escorria de seu rosto era suor ou lágrimas. — não sei se vou aguentar isso por mais tempo.

— Você vai. — ela disse convicta. — pode apostar que vai e vai se agradecer por isso depois.


**

Dois meses.

— Louis que bom te ver aqui, se sente melhor? — o psicólogo perguntou calmo assim que Louis se sentou.

— Um pouco melhor que ontem, pior que amanhã. — o cantor respondeu suspirando e apoiando a cabeça entre as mãos. — nada é fácil aqui dentro, todos os dias eu sinto vontade de largar isso aqui e correr pro traficante mais próximo pra poder cheirar toda a cocaína que eu conseguir.

— E o que te prende aqui? — Robert perguntou mesmo que já tivessem conversado sobre isso algumas vezes.

— Você sabe, o Harry e minha família. — Tomlinson disse passando as mãos trêmulas pelos cabelos.

— Eu diria que a única coisa que te prende aqui é você mesmo. — o homem disse e Louis o olhou franzindo o cenho. — se você mesmo não quisesse melhorar, você não estaria mais aqui. Como você mesmo disse, já teria abandonado tudo isso e estaria cheirando o máximo de cocaína que conseguisse. Então você é o principal motivo de você ainda estar aqui e estar limpo, se de os créditos uma vez.

Louis apertou os lábios em uma linha reta, por um lado o psicólogo tinha razão, ele queria melhorar e mesmo que já tivesse pensado milhões de vezes em desistir, ele ainda estava ali, então merecia todos os créditos por isso.

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⏰ Última atualização: Jan 23 ⏰

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