PARTE 7

9 1 0
                                    

Ela saiu da sua posição excitante e andou em direção às mulheres com uma determinação surpreendente. Quando as mulheres perceberam a presença da mulher estranha, pararam de conversar.

"Ora, não parem de conversar por minha causa". falou mordendo o lábio inferior. "Continuem, foi muito interessante o faladeiro de vocês. Quem é esse Kalumeno misterioso infiltrado em Greeant?".

As mulheres que estavam conversando, incessantemente, fecharam a cara como se tivessem falando algo errado, algo proibido de se falar naquele reino pecaminoso e cheio de surpresas. Elas ficaram tão sem graça, que um caroço enorme se formou na garganta da loura alta e ela quase teve um surto, mas em seguida ela engoliu o caroço e respondeu:

"Não sabemos, Senhorita".

"Não" Charlotte repreendeu encurtando a distância entre ela e a loura. "Vamos deixar as formalidades para trás. Me chamo Charlotte Dubois."

Não só a loura, mas todas levaram as mãos à boca, surpresas em conhecer a famosa Charlotte Dubois. Elas se afastaram depressa e se entreolharam.

Com tantas coisas a se pensar, fazer e analisar, Aremita, a morena baixinha, logo falou:

"Bom", abriu espaço entre as amigas, curvando-se para frente e sussurrando "eu estava caminhando quando ouvi os guardas do reino discutindo sobre faltar um Kalumeno em Kalum." tremendo, ela continuou "Disseram que Greeant não é mais tão seguro como antes".

Charlotte estava perdida. E se esse Kalumeno estivesse bem ali, no cassino? Como ela conseguiria escapar a tempo? A mente dela começou a se embaralhar e se sentiu enjoada. Então ela pensou em todos os motivos de um Kalumeno estar procurando por ela. O que faria uma pessoa de Calum procurá-la? Não qualquer pessoa, lembrou-se, e sim, um Kalumeno de sangue puro. Ela se viu girando naquele instante e as mulheres a cercaram, preocupadas que ela caísse no chão de tão pálida que estava.

"Você esta bem?". A loura perguntou, aproximando-se.

"Saiam da minha frente!" bradou. As mulheres pularam com o grito repentino e saíram da frente. Charlotte andou em direção a saída, meio tonta, necessitando de ar puro.

Chegando a saída do cassino, ela se chocou contra uma figura alta e sólida. Assustada demais para levantar a cabeça e ver quem era, ela desmaiou.

"Contrum pilark fol trurien". Charlotte ouviu um homem sussurrar, mas não abriu os olhos. Queria descobrir qual idioma era aquele.

"Sei que esta acordada".

Ela reconheceu a voz do homem. Era Blenk.

Ela abriu os olhos. Sua visão ainda embaçada se acostumando com a claridade vinda da janela. Blenk percebeu de imediato sua relutância com a luz do sol e fechou as cortinas para que Charlotte pudesse abrir os olhos.

"Como sabia que estava acordada?" Perguntou, curiosa, tentando sentar-se. Foi quando olhou em volta e percebeu que não conhecia o lugar onde estava. "Que lugar é esse, Blenk?".

"Ei", ele se virou com uma bandeja cheia de pãezinhos, maçã e ovos cozidos e entregou para ela "vá com calma, uma pergunta de cada vez". seu tom de voz era calmo, assim como suas palavras ditas sem pressa. Ele passou as costas da mão pelo o seu rosto e contornou seus lábios com o dedão, sentindo intensidade em sua face.

"Não estou com fome". Ela disse, olhando para a bandeja.

"Se quiser encarar o homem que invade os seus sonhos, terá que comer".

"Como?" Ela paralisou por um momento, prendendo a respiração. Ela levantou a cabeça e encarou os olhos castanho-claro daquele homem gentil e amoroso. Como alguém como ele, poderia amar alguém como ela? Era quase impossível de acreditar. Ele deu as costas para ela no momento que os seus olhos se cruzaram. Encarar uma pessoa que não sentia o mesmo por ele, doía demais.

"Você sempre fala o nome dele quando esta dormindo, Dubois." Responde. Seu tom é cansado e sério.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jun 29, 2021 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

DIRETRIZESOnde histórias criam vida. Descubra agora