Capítulo Tercero

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-Capítulo Tercero-
~El Diablo~

Sakura abriu seus olhos lentamente sentindo suas mãos presas junto de seus pés. Sonolenta ela esperou minutos, antes de toda a sua ficha cair.
A mesma, dentro daquele carro, percebeu que tudo aquilo não era um sonho, e sim, a verdade do que estava acontecendo. Sakura estava sendo sequestrada.

As pessoas do banco da frente se mantinham em silêncio, Sakura pôde olhar o rosto daquele homem moreno de lado, ele parecia ser bonito, o pouco que lembrava indicava que ele era, de fato, bonito. E o seu charme era a mancha vermelha em seu rosto, ou seriam cicatrizes? Ela decidiu não pensar muito nisso.

Ela olhou rapidamente para a janela, vendo que o caminho era cheio de árvores, e o sol continuava a brilhar no céu, só que agora um pouco mais baixo, talvez indicando que era tarde. Ela não sabia por quanto tempo dormira, mas de algo ela sabia, o local que iam levá-la, não era perto da civilização.

- Onde estou? - Sakura perguntou relutante, sentindo sua boca seca e sua voz arranhando sua garganta.

A pessoa do banco da direita, olhou para trás e sorriu. Sakura surpreendeu-se com a garota linda em sua frente.

- Hum.. vejo que acordou. - Disse Lari, logo virando-se para frente. - Você irá para um lugar aí, apenas obedeça, e não fale demais. El Diablo não tem muita paciência.

Quando Sakura ouviu aquele nome, seu corpo tremeu-se de medo. Sakura já havia ouvido sobre El Diablo, um homem impiedoso, e dono de uma das maiores máfias mexicanas. Diziam que ele tinha um charme e tanto, pena que em suas mãos haviam muito sangue derramado. Relatos contam que o mesmo reergueu a máfia que os Uchihas tinha, a máfia dos Uchihas, antes, era à melhor máfia do México. Além de não terem piedade, nem com bebês, a máfia era composta por vários membros da família, dentre eles os que tinha mais poder: Madara, Fugaku, e Itachi. Fugaku era o que comandava, e Madara o que cuidada da matança, da cobrança, e assim por diante, mas isso não quer dizer que cada um que havia lá já não havia matado. Itachi era o aprendiz de seu pai (Fugaku). As mulheres que haviam na máfia, cuidavam mais do porte de armas, exceto uma, Mikoto Uchiha. Ela era a melhor com armas, e mais habilidosa Uchiha, não é atoa que era esposa de Fugaku. Ela cuidava da parte de enterrar os corpos, ou, quando necessitava, entrar em combate corpo à corpo e em tiroteios.

Mas um dia, a glória dos Uchihas acabou. Com o nascimento de Sasuke, muitos queriam matar o filho de Fugaku, e nisso gerou uma grande rebelião, que, após cinco anos, causou a morte de todos, exceto de uma pessoa, Sasuke.

Claro que isso eram boatos, a verdade por trás de tudo ninguém sabe ao certo.

- O que eu fiz? Se for dinheiro eu pago sem problemas. - Sakura estava desesperada, oferecerá algo que nem mesmo ela possuía.

- O assunto não é com você, é com seu namoradinho. - Disse Kiba.

- Silêncio Kiba! - Lari ordenou. - Seu namorado deve uma grana para El Diablo, porém ele sumiu do mapa à alguns dias, ou meses, sei lá, e para atingir Naruto, El Diablo teve a ideia de sequestrar alguém importante para Naruto. Mas saiba que por mais que você seja uma prisioneira, e uma peça chave para atrair Naruto, isso não muda o fato de você poder ser morta.

- Naruto não faria nada disso, estão errados, me soltem! - Ela tentou acreditar nisso, mas sabia que não poderia confiar totalmente naquele loiro.

- Se você não conhece seu próprio namorado isso já não é problema nosso, ponha-se em seu lugar. - Disse Kiba.

Sakura calou-se.
O quão escrotos eram aquelas pessoas?, ela pensou.

Sakura sempre fora uma menina meiga, e que nunca soube responder ninguém, nunca ousou ser atirada ao ponto de retrucar qualquer coisa que seja, e ali, ela se via no pensamento de:
Se eu retrucar, talvez eu morra, e isso é algo que não desejo.

E nesse pensamento, ela lembrou de seus pais, os melhores pais do mundo, porém, ela era orgulhosa para admitir que de fato ela amava seus pais mais que tudo, mais que Naruto.

Uma lágrima solitária caiu de seu rosto.

Onde ela fora parar?

Por conta de dívidas de Naruto, a pessoa que ela confiava cegamente, ela estava nessa situação, entre a vida e a morte. Era como se ela estivesse sufocada, querendo sair e encontrar Naruto e não se meter em seus assuntos. Talvez ela fosse uma péssima namorada, mas eles sempre deixaram claro na relação de que Sakura não se mete nos assuntos de Naruto, e vice versa. Eles viveram com isso.. ela sabia que Naruto não gostava realmente dela, e sim de Hinata, e que só estava com ela para tentar chamar a atenção da pérolada, então, qual a chance de Naruto ir salvar ela? Talvez ele vá pois ela é uma das melhores amigas dele, desde a infância, mas Sakura já não sabia o que pensar, não tinha o que pensar em um momento como aquele.

Dios mío (Meu Deus), será esse meu fim?, ela pensou em desespero.  

- Chegamos. - Anunciou Lari assim que o carro parou de andar.

Sakura não deu-se nem ao favor de olhar pela janela. Ela sabia onde estava, ou ao menos suspeitava, por mais que não soubesse como e onde era o local. Eles estavam na máfia mexicana, dessa vez, no local onde eles levam os presos, e onde eles cometem vários assassinatos. Ela já deveria suspeitar que iam para lá, um local afastado da cidade, afinal, quem seria idiota de levar uma garota amarrada para um apartamento, por exemplo?

Kiba abriu a porta do carro do banco de trás, e assim puxou Sakura pela perna, trazendo-a para perto da porta. Quando sentada no banco, Lari ajudou a mesma à sair.

- Vou desamarrar seus pés. Não há sinal aqui, ou qualquer coisa do tipo, não pense em correr ou eu não poderei fazer nada se Kiba lhe der um tiro. - A voz de Lari era suave como as nuvens, mas fria como o vento.

Sakura concordou, de qualquer maneira, fugiria para onde? Apenas um idiota teria a ideia de fugir com uma pessoa armada na sua frente.

Quando Lari desamarrou Sakura, a mesma respirou aliviada já que a corda apertava demais o seu tornozelo, e sua pele de branca, passou para avermelhada.

- Gracias. (Obrigada.) - Sakura agradeceu.

- Vamos logo. - Kiba gritou do portão do local impaciente.

Era um lugar estranho, deserto e acabado, Sakura não sabia dizer se era um prédio, ou o que, mas como ela mesma disse: Quem vê a capa, não vê o conteúdo. Talvez por fora pode-se ser uma merda, mais por dentro, talvez, somente talvez, poderia ser bonito.

E assim, com Lari segurando seu braço, elas caminharam até a porta enferrujada.

- Já sabe, se tentar algo morre. E como eu disse mais cedo, El Diablo não tem paciência, então olhe bem o que fala. - Seu tom de voz era sério.

Sakura concordou levemente com a cabeça.

- Você não poderá ver o caminho, colocarei uma venda em seus olhos. - Kiba disse.

- Ok. - Sakura não sentia mais medo, talvez sentisse mas não queria admitir.

Quando já posto a venda, eles começaram guiar à mesma por todo o local, enquanto Sakura queria tirar aquele pedaço de pano de seus olhos, ela odiava não ver nada.

El Diablo - SasuSaku Onde histórias criam vida. Descubra agora