De um lado onde tudo é baseado em; Jaqueta de couro, corpo dominado por tatuagens, ironia em dose dupla, um sorriso sarcástico e uma fome incontrolável por mulheres. Algo sério com elas? Nada disso, apenas estar entre suas pernas é o seu alvo.
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Lewis narrando No meu final de semana me programo para estudar um pouco na biblioteca, estou com algumas matérias pendentes desde do dia em que.... Bem, justamente no dia em que fui idiota por causa de um rostinho lindo, um corpo gostoso e olhos penetrantes dele. No dia em que me permiti me entregar e ser dominada, e aquele maldito beijo que sinto até agora em meus lábios, o calor deles, o gosto de seus lábios, suas mãos grandes e fortes sobre minha pele que queimava mesmo estando frio, um beijo que não sai da minha cabeça tola. Maldito beijo que domina minha mente.
-Oi mãe.- Atendo meu celular juntando as coisas para colocar na bolsa e partir.
-Oi filha.- Noto uma diferença em sua voz, certeza que pode sim ter ocorrido algo ruim. Me sento na cama parando de fazer tudo a minha volta.
-O que aconteceu? Sua voz está triste.- Sei exatamente quando algo está conturbando minha mãe, toda sua alegria e jeito animado some. É como se tivesse sido tomado por algo triste e sombrio.
-Eu prometi ao seu pai que não contaria nada, mas parece que não vou cumprir...- O silêncio é nítido e só ouço sua respiração profunda antes de voltar a falar.
-Agora escondem coisas de mim? Mas ok, isso não é o foco agora. Me fala o que está acontecendo, por favor.- Começo caminhar por todos os cantos do meu quarto ansiosa e nervosa pelo o que me espera.
-Seu pai foi demitido da empresa.- Não pode ser!
-Ah meu Deus mãe, quando isso? Vocês estão bem?.- Uma angústia e preocupação toma conta de mim. Me sento novamente na cama fechando os olhos e soltando toda a respiração presa em meu peito. A qual me faltava, a qual me sufocava por segundos de surpresa.
-Estamos sim, temos dinheiro guardado... Mas pode ser que acabe antes dele arrumar outro trabalho. Estamos preocupado com a finança do seu quarto e o dinheiro que mandamos.- Novamente ela pausa e ouço um choro através do telefone. Como isso me machuca, ver ela assim e estar tão distante, incapaz de poder consolar.
-Não se preocupem com isso, vou dando o meu jeito aqui. Guardem esse dinheiro com vocês, tudo bem? Eu vou ficar bem, mas agora eu preciso ir. Eu te amo, manda um beijo para o pai.- Nos despedimos e desligo. •••
Novamente não consigo uma vaga de emprego, assim que desliguei o telefone, resolvi sair para procurar qualquer um que possa pagar o meu quarto e as minhas despesas diárias. Aqui é muito mais difícil arrumar um emprego do que imaginei.
Sento na calçada colocando minha bolsa ao lado e pressiono a cabeça contra meus joelhos. Tento respirar da melhor forma para que eu possa me recuperar de todas essas coisas ruins que veem acontecendo.
-O que está fazendo aí?.- Lee se senta ao meu lado com um café na mão. Seu cabelo com mechas coloridas chamam atenção junto com o seu estilo peculiar. Conto toda a situação a ela, tudo nos mínimos detalhes e mostrando toda minha angústia em não conseguir nada. Eu não posso simplesmente desistir e correr que nem uma covarde, eu vim parar em um lugar totalmente diferente, pessoas diferentes, costumes diferentes e pessoas que jamais deveria ter conhecido.
-Bem, sinto muito por você.- Dá tapinhas leves que passam um ar "Tudo vai ficar bem, garota". Me agarro naqueles tapinhas de Lee. Esperança.- Acho que posso te arranjar algo, não garanto que consiga. Mas seria uma boa tentativa, o que me diz garota brasileira?.- Movimenta suas sobrancelhas alegre à espera de um "Sim" e um sorriso meu.
Lee me passa o endereço do local, é um pouco distante do campus, ficaria bem difícil para mim em vir. Mas não me abalo e pego um táxi.
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