Capítulo 5

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Argo II

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Argo II

***

A primeira coisa a espreitar pelos olhos de Apolo, como por toda a eternidade vivida até este momento, foi a luz.

Seus domínios, entretanto, estão ridícularmente fracos, embora ele não seja mortal. Ele era uma criatura da luz e apenas isto, e este estado é tão singelamente próximo ao seu estado anterior ao primeiro mortal que foi, ao mesmo tempo, perturadoramente bom e simplóriamente estranho.

Ele olha para baixo e se assusta. O próprio Apolo -ou quem quer que ele seja agora - está usando um manto dourado como a luz do sol, e por baixo roupas quase idênticas as que ele presenciou na Era Medieval. Contudo, estas tem padrões de sois dourados nas custuras e são tão brancas quanto as imaculadas túnicas da grécia. As calças e botas são as únicas coisas que fojem do padrão, sendo de algum matérial que ele nunca viu em sua longa vida.  Foi de uma cor azul escuro e Apolo se sentiu feliz, pois isto o lembrou dos olhos de Percy e Tales.

Temeroso, Apolo rapidamente olhou em volta, procurando por quaisquer contorno de Percy.

Ele olha ao lado, rapidamente vendo dois leitos simples, o que faz sentido, dado que estão em uma barraca.

Percy se levanta do cobertor, esfregando os olhos adoravelmente e Apolo nunca se sentiu mais feliz.

Então algo se agita sob a outra cama, e Apolo imediatamente puxa Percy para trás dele, pois mesmo que saiba que ele pode se defender bem, não sabe até onde a imortalidade que Erebus o deu se estende, e Apolo irremediavelmente não quer pensar nisso.

O que se levanta dos cobertores brancos não foi um monstro, ou mesmo qualquer coisa que se pareceu com isto.

Foi Tales.

O cérebro de Apolo não processa completamente o que ele faz ou mesmo a totalidade do que faz ou está prestes a fazer. Ele o beija com tudo o que tem.

Tales faz um som surpreso, mas devolve o beijo e Apolo se agarra aqueles fios de ébano e olha para seus olhos dourados após se separarem.

Atrás deles há um som dolorido, como um grito e um gemido de angústia.

O imortal e o primeiro mortal se viram imediatamente. Foi como se alguém levasse uma punhalada.

O que encontraram foi implácavelmente pior.

Percy, com seus olhos do mar estrelado cheios de dor e traição. Apolo desejou desesperadamente que isto fosse um pesadelo terrível e ele estivesse prestes a acordar.

Seu oceano estava tremendo, como se estivesse tentando conter uma besta mítica. Seu cabelo estava ficando branco novamente. Ele se encolhia ao que pareciam ondas de sofrimento e agonia silenciosos.

O monstro.

Ele ouviu o som estrangulado que Tales fez, o mesmo de quando a coroa de ossos que ele carregou, - que o transformou em pó, mas foi ineitavelmente colocada em sua cabeça. O verdadeiro Príncipe da Morte.  - foi posta sobre seus cabelos de ébano.

Tales correu para Percy, enquanto Apolo, como um covarde, ficou congelado no lugar.

Então tudo voltou ao seu lugar.

Percy precisa dele.

(E ele precisa de Percy)

Ele correu junto.

Tales se inclinava para frente, sob o agora parado Percy, embora seus cabelos ainda estivessem brancos.

''Não faça isso.'' murmurou calmamente enquanto penteou os cabelos de gelo sob os dedos. ''Eu te adoro, Percy Jackson. Adoro tudo sobre você e isso se trasformou em amor com o passar dos anos. Me permita amá-lo, e juro que farei tudo o que pudere tornarei o impossivel possível se me amar de volta.'' 

''Mas... Eu não tenho ideia de quem você é...'' murmurou o Príncipe do mar.

''Lembra do Theo? Aquele foi um dos poucos momentos que pude assumir forma física sem os deuses me encontrarem.'' Ele sorriu tristemente, e Apolo não queria que tal expressão presidisse mais em face tão bela. Ele sabe que se os deuses encontrassem Percy, com Tales ou não, os matariam ambos, e a ideia de que seres como eles não podem parar de agir precipitadamente ou perderem a chance de serem crúeis e injustos acendeu uma dor surda em Apolo.

Percy pareceu arregalar os olhos.

Ele olhou para Tales com total admiração, mas parecia-se relutante em fazer algo.
Enfim ele olhou para Apolo, procurando. Esperando.

Apolo deu um sorriso que esperou ser reconfortante.

Percy, sem mais nem menos, inclinou-se e deu um pequeno beijo tímido nos lábios de Tales.

O Príncipe da Morte agoramente parecia-se como se tivesse acabado de ganhar o mundo, entretanto, Apolo se sentiu sentimental em apenas ser um observador á cena.

Isto é: até que sentiu lábios macios nos seus.

Ele olhou para cima, sem saber quando tinha baixado a cabeça.

O olhar de Percy timidamente o cumprimentou.

Em uma energia súbita, os dois sentiram as mãos de Tales em suas cinturas, e ambos foram puxados para algo mais feroz e ardente.

Então houve um grito feminino vindo da entrada da barraca.

Assustados, se viraram em supeto, olhos arregalados quando processaram o que seus olhos viam: pele azul, olhos de gato, cauda e orelhas felinas azuis em uma figura humana.

A mulher gato-azul acenou com a mão, timidamente, enquanto sorria, as bochechas coradas.

''Oi?''

***

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Vou procurar atualizar mais regularmente, entretanto considere isso como algo para quem gosta de Apolercy ou Percy/Oc.

Ciao🤗

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⏰ Última atualização: Jul 14, 2021 ⏰

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