Eu não me lembrava de quase nada, mas sei que acordei no dia seguinte morrendo de dor de cabeça. A dor era tão aguda que eu ouvia apenas zumbidos, eu escutava um fino chiado, como se eu tivesse acabado de sofrer um acidente e não pudesse escutar mais nada.
-S/n... Ei... S/n. -Eu ouvia alguém falar e por mais que eu quisesse responder, eu não conseguia. -Cafezinho está quase na hora de ir se encontrar com o Diego. -Foi nesse momento que eu despertei do transe em que eu estava.
-Que horas são?. -Perguntei bem direta, não estava com cabeça para nada hoje.
-São exatamente onze horas. -Balancei a cabeça concordando e fui direto para o banheiro. Talvez um banho gelado ajudasse com a dor de cabeça.
Tirei a minha roupa com calma, eu ainda me sentia estranha, mas nada que eu já não tenha sentido antes. O problema disso tudo é que no fundo sei o quanto Five deve estar bravo comigo.
Five deve estar se corroendo para me dar um belo sermão e eu já estou me preparando para isso. Sei que sou a errada da história porque eu tinha prometido, mas ele sabe muito bem que isso não era garantia nenhuma.
Eu queria chorar, mas acho que isso foi tudo para ontem. Meu desejo era de me afogar dentro daquela banheira, essa ideia parecia muito tentadora e promissora.
A água fria parecia não fazer efeito em mim. Era como se a água nem estivesse caindo sobre o meu corpo, parecia que eu estava anestesiada. Isso não me assustava mais, nada me assustava pra falar a verdade.
Quando sai do banheiro fui direto pegar algo para vestir, ignorando completamente o Five, que estava sentado na cama pronto para começar a falar. Eu sabia que ele iria dizer um monte de coisa e sabia que eu não estava com cabeça para isso. Mas afinal, que casal não se desentende?
-O que você fez ontem foi muita falta de respeito. Você prometeu s/n, você disse que nunca mais se drogaria daquele jeito, prometeu que nunca mais iria beber daquele jeito. O que foi que aconteceu ontem?. -Ele perguntava exasperado e nervoso.
-Nada. -Eu tinha a plena consciência que eu estava me fechando de novo, mas não havia nada que eu pudesse fazer.
-Nada o que s/n?
-Não aconteceu nada. -Five passou a mão pelos cabelos e me olhou irritado.
-CARALHO S/N, VOCÊ NÃO PODE VOLTAR A SER O QUE ERA ANTES. -Os gritos do Five estavam me deixando nervosa, eu estava a um passo de explodir.
-Acho melhor você parar de gritar. Não sei se você sabe mas eu não sou surda e muito menos criança para estar levando bronca. Eu faço o que eu bem entender e não vai ser você que vai dar uma de cuzão comigo. Você não manda em mim, você não vai me dizer o que eu devo ou não fazer. Eu estou a um passo de explodir e dizer coisas que você não vai querer ouvir, então eu sugiro que cale a porra da boca e me deixe em paz.
-Você está sendo uma hipócrita. Você está se fechando de novo, vamos voltar para a estaca zero. Estou cansado de ter que cuidar de você, estou cansado de dar o meu melhor e você simplesmente ignorar isso. Tenho cuidado de você desde o dia em que nos conhecemos, tenho tentado ser um bom namorado, mas como sempre você nunca colabora.
-Não pedi para fazer nada disso por mim. Não pedi para ser um bom namorado, não pedi para me ajudar. Confesso que se você fosse um péssimo namorado ou um cara escroto, eu já teria te matado fácil, fácil. Sei que não gosta dessa vida tanto quanto eu, então por isso eu digo: vá embora antes que seja tarde, vá viver sua vida antes que tudo acabe para você e não tenha mais volta. O mundo é cruel Five e de alguma forma eu me vejo na obrigação de mudar isso. Não tenho mais nada para fazer na terra, nem queria estar aqui na verdade, mas estou aqui pelas pessoas que precisam de ajuda, pessoas que são abusada ou mortas e tudo isso para satisfazer alguém doente. Não quero que faça nada por mim, faça por você, não quero que tenha arrependimentos depois e venha me culpar dizendo que eu o impedi.
-Eu amo você e é por isso que faço tudo isso, seus sonhos são os meus.
-NÃO. -Dei um grito alto, mas Five não mecheu sequer um músculo. -QUERO QUE VIVA A SUA VIDA DO JEITO QUE SEMPRE QUIS, QUERO QUE SEJA FELIZ E SE PRA VOCÊ SER FELIZ EU TENHA QUE SUMIR DA SUA VIDA EU VOU SUMIR. -Eu sentia a minha garganta arder e meu coração bater rápido dentro do meu peito. Por alguns segundo eu me senti tonta e enjoada, fazendo então eu correr para a privada e vomitar.
-S/n você está bem?. -Five segurava os meus cabelos e eu tentava não vomitar de novo.
-Sim estou. Só estou um pouco enjoada, nada de mais.
(...)
Eu olhava para casa que estava a minha frente. Memórias ruins me atingiram com força, fazendo com que eu tenha receio de entrar dentro da maldita casa. Desde que sai dela e deixei tudo para trás -Incluindo o meu padrasto e a minha mãe mortos- ninguém nunca tinha vindo morar aqui.
A casa estava sofrida, ninguém cuidava dela e por isso estava quase caindo aos pedaços. Eu olhava a casa como se ela fosse me engolir, mas a verdade era que eu tinha medo do que eu sentiria quando entrasse dentro dela. Porque Diego tinha escolhido aquele lugar? Qual era o propósito disso?
Entrei pelos fundos assim como ele tinha dito para eu fazer. Fui para sala e lá estava ele, todo de preto e com suas facas em mãos. Ele sabia que eu tinha chegado, mas em nenhum momento ele se preocupou em olhar para mim. Maldito seja esse senhor faquinha.
(🥀)
Oie amores. Espero que vocês estejam bem. Muito obrigado por ainda lerem a minha história, fico muito feliz com isso.
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The Umbrella Academy 2 (+18)
FanfictionEssa história têm cenas de violência, sexo e drogas. Se não gosta desse tipo de coisa eu recomendo que não leia. Boa Leitura.