7 - Desapareça

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Draco observou uma lágrima solitária escorregar pela bochecha de Harry. Ele se virou, sentindo como se estivesse se intrometendo em algo privado, e caminhou até a janela da sala comunal da Grifinória para olhar para o céu sem nuvens.

Esta foi a última parada em seu tour pela escola, o último obstáculo na viagem de Harry pelos caminhos da memória. Eles tinham ido a todos os lugares; a biblioteca, velhas salas de aula, a enfermaria, o Salão Principal - em todos os lugares, exceto nos dormitórios da Sonserina. Harry recusou categoricamente e Draco não iria discutir. A parte mais difícil foi quando Harry desabou completamente no Salão Principal e começou a soluçar. Draco sabia que seria difícil; foi o último lugar que Ethan machucou Harry, e Harry devia estar se lembrando do desejo de morte que escapou de seus lábios naquele mesmo quarto.

Draco se virou e Harry sorriu em meio às lágrimas, enxugando os olhos na manga.

"Tudo bem", disse Harry. "Estou pronto para ir."

Draco sorriu com a mudança na voz de Harry; ele soava como se o que quer que o estivesse mantendo cativo no último ano e meio tivesse finalmente sido afugentado para sempre. "Você quer visitar Dumbledore e Julian antes de partirmos?"

"Não", disse Harry, brevemente.

"Eles sabem que você está aqui."

"Eu só quero ir para casa."

Draco acenou com a cabeça. "Ok, vamos para casa então."

Os dois caminharam lentamente de volta pela escola, refazendo seus passos de volta para os degraus da frente da escola.

Draco reativou a chave de portal com sua varinha e Harry deu uma última olhada ao redor antes de serem transportados de volta para a velha igreja.

"Aqui está." Draco estendeu a bolsa de veludo vazia para Harry pegar, depositando o chaveiro em seu bolso.

Harry hesitou. "Tem certeza? Você comprou."

"Para você."

"Sim, mas ..." Harry parou de falar sem jeito.

"Ainda é seu. Vá em frente."

Harry pegou a bolsa macia da mão de Draco e alisou o veludo sob seus dedos. "Obrigado."

"Bem, é seu aniversário," Draco lembrou. Ele se virou e desceu pelo corredor coberto de hera em direção à saída.

"Você se importaria se nós apenas ficássemos aqui um pouco?" Harry gritou de repente.

Draco se virou. "Se você quiser."

Harry acenou com a cabeça e sentou-se nos degraus da plataforma elevada na frente da igreja, seus dedos ainda brincando com a bolsa de veludo.

Draco saltou habilmente em um dos poucos bancos intactos e sentou-se atrás dele, seus pés plantados firmemente no banco de madeira. Harry suspirou e recostou-se. Ele olhou para cima através do vitral de cores vivas, o sol brilhando e lançando um arco-íris de padrões no chão ao seu redor.

Draco distraidamente pegou uma das unhas, vendo que Harry parecia contente em apenas sentar em silêncio.

O ar na igreja estava abafado e quente. Pequenos grãos de poeira flutuavam através dos raios de sol que fluíam das janelas de vidro rachado. Estava completamente silencioso lá dentro, como se alguém tivesse jogado um cobertor sobre o resto do mundo para abafar o som. Nenhum traço do canto de um pássaro ou mesmo do vento nas árvores podia ser ouvido lá dentro.

Era a própria definição de paz e tranquilidade.

"Draco?"

O loiro ergueu os olhos quando a voz de Harry rompeu a quietude.

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