Capítulo 32 - Reconciliação

6.8K 716 301
                                    

Kara Zor-El | Point Of View


— Eu entendo sua mágoa, concordo que seus argumentos são legítimos. Mas minha filha, entenda uma coisa, as pessoas erram! – Concordei com as palavras dela. — Digo isso pensando em Lena, não a conheço pessoalmente. Mas a forma como seus olhos brilham ao falar dela e somando a preocupação da sua irmã, julgo que ela é uma mulher muito especial. – Fiquei curiosa para saber o que Lana havia dito.

Já era noite e eu estava com a minha mãe no quarto que costumava ser meu, ela apareceu quando eu estava deitada. Ela pediu que eu contasse absolutamente tudo a ela, então eu fiz, não omiti nenhuma palavra se quer.

— Chegando em casa converse com ela, ouça o que ela tem para dizer e a perdoe. Ela é a sua esposa, e sua ômega. – As feições da minha mãe eram calmas, enquanto conversávamos ela fazia um cafuné em meus cabelos. — Essa é a primeira crise de muitas que ainda virão, eu e seu pai passamos por muitas delas. Então me ouça quando eu digo: tudo isso vai passar e vocês vão continuar se amando, terão um casamento sólido. – Olhei nos olhos da minha mãe e vi convicção neles. — Basta vocês juntas passarem pelos obstáculos, e serão muitos, mas nenhum deles será impossível de ultrapassar.

— Obrigada pelos conselhos, mãe. Eu realmente estava perdida sobre o que fazer, eu a amo muito! Mas saber que ela omitiu de mim algo tão importante, eu fiquei decepcionada. – Eu não esperava isso de
Lena de todo esse tempo. Se você tem que culpar e ficar decepcionada com alguém, fique com Lana. Ela sim errou, errou feio! Sem contar nos meninos, eles sabiam o que estava acontecendo e não falaram com você. A responsabilidade de Lana e Lyra que são ômegas sem seus respectivos alfas, estão na responsabilidade de vocês. Resguardar Lana não cabia só a você, eles também tinham o dever de fazer isso. – E eles não fizeram.

— Eu me sinto perdida, sinto que o peso do mundo está nas minhas costas. – Suspirei sentindo saudade de Lena.

— Isso é porque você está longe da sua ômega, acredite em mim, quando vocês se acertarem esse peso vai sumir. – Minha mãe me abraçou apertado.

— Tomara que seja assim mesmo... – Fechei meus olhos tentando relaxar um pouco.

Fiquei quieta sentindo o carinho que a minha mãe me dava, aos poucos meu corpo e mente foram relaxando e quando menos eu notei, já estava dormindo. Quando acordei no outro dia, eu estava sozinha deitada, me levantei me sentindo estranhamente mais leve.

Quando desci já pronta para ir embora, meu sorriso quase me causou dor na mandíbula. Caminhei até meu irmão com o coração acelerado, nos encaramos com nostalgia antes de fazer o que a tempos sentíamos falta.

— Senti sua falta. – Falei ainda apertando Kay no abraço.

— Não mais que eu, estive aflito e com medo de você estar sendo maltratada. – Kay pegou no meu rosto e encostou sua testa na minha. — Eu sei que nós temos que cumprir nossos deveres, mas você é parte de mim. – Choramos juntos.

— Quando tudo acabar vamos nos ver com mais frequência, existe muita coisa que precisamos falar com mais calma. Mas o tempo é curto preciso voltar. – Eu precisava ir o quanto antes de volta para o norte.

— Tudo bem, só prometa que vai ficar bem. – Ele olhou em meus olhos.

— Eu prometo. – Não sabia se fazer aquela promessa era certo, mas eu o fiz.

Winter of Wolfes - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora