Winter of Wolfes - Adaptação Karlena

Capítulo 38 - Luta e Morte

Postei e saí correndo...🏃‍♀️🏃‍♀️🏃‍♀️🏃‍♀️🏃‍♀️
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Narrador | Point Of View

Nascemos, vivemos, morremos. Às vezes, não necessariamente nessa ordem. Colocamos as coisas para descansar, apenas para ressuscitá-las de novo. Então se a morte não é o fim, no que ainda podemos contar? Porque não dá para contar com nada na vida. A vida é a coisa mais frágil, instável, e imprevisível que existe. Na verdade, só temos certeza de uma coisa na vida...

— Eu não posso te dar certeza de que vai funcionar. – Nia estava visivelmente apreensiva.

— Temos que tentar, se algo sair errado precisamos tentar. – Kara insistiu, a alfa caminhava agitada pela sala.

— Eu vou preparar tudo, se for necessário eu o farei. – Nia se levantou e abraçou Kara. — Só tome cuidado. – Ela olhou nos olhos da alfa.

— Eu terei... – Os olhos de Kara demonstravam que ela estava sendo sincera.

O inverno havia chegado com força, quem ainda não acreditava no que era dito agora passava a acreditar. Toda a alcatéia estava pronta para passar o momento mais sombrio que já viveram até hoje, Kara caminhava pela alcatéia ganhando olhares sob si. Ela carregava um grande fardo, todos depositavam nela toda a confiança que dispunham.

Kara caminhou até a trincheira em silêncio, internamente ela rezava aos deuses que a ajudassem com seus planos. Era chegado o momento em que tudo que ela fez desde que chegou aqui seria colocado a prova, o vento frio era torturante para ela pois ela sentia que ele trazia consigo um mal presságio.

— Você está muito silenciosa, o que está acontecendo com você? – Winn parou ao lado de Kara.

Os dois olhavam para a frente encarando a floresta, Kara procurava por algo, já Winn apreciava saudoso a vista que se assemelhava cada vez mais com o seu antigo lar.

— Você quer mesmo saber? – Kara perguntou sem tirar sua atenção.

— Eu sou seu melhor amigo, sempre vou estar aqui para te apoiar. – Ele abraçou a alfa pelos ombros.

Ali parados olhando o horizonte, Kara confidenciou ao seu melhor amigo todos seus planos e pensamentos. Winn escutou tudo em silêncio o alfa tremia assustado e com temor do que estava escutando, não que ele duvidasse da capacidade da sua amiga. Ele só nunca havia ouvido nada parecido com o que saiu da boca da alfa, ele temia que os planos dela não saíssem da forma correta e ela acabasse se culpando.

— Mesmo com medo eu vou te apoiar. – Winn desviou seus olhos para olhar sua amiga. — Vou estar aqui se tudo der errado e vou te ajudar a cuidar de tudo. – O amigo afirmou com firmeza e total certeza.

— Não esperava menos que isso de você. – Kara sorriu levemente.

Permaneceram ali os dois em silêncio. Com o passar do tempo a noite foi caindo, Kara seguiu a sua vigilância com os demais companheiros e diferente deles ela continuava em silêncio. No fundo ela sabia que hoje era o dia, ela sentia na pele o arrepio do mal se aproximando.

Após jantarem e retornarem ao seu posto, um cheiro familiar chegou até as narinas da sucessora da alcatéia. Kara fechou os olhos, a brisa fria batia em seus cabelos loiros e ela tentava se lembrar aonde havia sentido esse cheiro.