Prólogo; sonhando com você

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Marinette, pela décima vez no dia, tentava desenhar o rosto dos seus devaneios. Não sabia de quem eram os desconhecidos olhos verdes, mas todos os dias o homem aparecia em seus sonhos. O sorriso largo e o cabelo bagunçado pelo vento eram a marca registrada do loiro misterioso, que não cansava de visitá-la durante a noite.

A parede do ateliê era repleta das mais diversas pinturas, mas uma parede em especial continha os rabiscos e telas com o semblante do desconhecido. Com os mais diversos ângulos e feições, Marinette colocava uma arte nova todo dia, sempre realçando os olhos e lábios.

As mãos ágeis da mulher alcançaram a caneca de porcelana e a trouxeram para perto, assim dando um belo gole no café quente; Paris estava gélida naquela manhã e o inverno castigava os cidadãos sem dó alguma. Apertou-se contra o casado e se arrepiou mesmo com o aquecedor já em pleno trabalho.

— Por que todas as noites você me visita? — Marinette perguntou para a folha de papel e dedilhou o rosto da pintura.

Suspirou pesado, estava começando a conversar com as paredes por causa do fantasma dos seus sonhos. Queria poder tê-lo de verdade, conhecê-lo e descobrir tudo a seu respeito. Ver os mesmo olhares das suas pinturas era o que mais almejava, sentia-se acalorada por ele.

Muitas vezes na semana, Marinette acordava assustada pela falsa impressão de ouvir a voz dele chamar por seu nome, mas depois sempre concluía ser apenas mais um delírio de sua imaginação extremamente fértil.

— Tikki! Minhas tintas não! — Levantou às pressas e tirou a gata branca de cima da mesa. — Desse jeito terá que tomar mais um banho em pleno inverno! — falou desacredita e deu um pequeno pulo pelo som da campainha. — Já vai! — gritou em bom som. — Por que a Alya tem que chegar sempre tão cedo? — resmungou e colocou as pantufas.

Desceu as escadas e quase escorregou pelo piso de madeira, mas teve o apoio da parede. Deu alguns pequenos pulos por causa da bagunça de almofadas que enfeitam o chão da sala e abriu a porta com a falta de ar pela corrida.

— Adivinha quem conseguiu a vaga para jornalista titular? — Alya sorriu largamente e apontou para si mesma. — Euzinha aqui!

— Mentira! — Marinette falou alto e em seguida gritou junto da amiga. — Alya, meu Deus, você conseguiu! — Abraçou ela e ouviu uma risada. — Não que eu duvidasse, claro.

— A vaga é minha. — A morena entrou com o cachecol na mão e uma garrafa de vinho. — E ninguém mais me tira. — concluiu animada.

— Contou para o Nino?

— Sim! Ele conseguiu ser mais escandaloso que nós duas juntas! Vamos sair essa noite.

— Ainda bem que ele te apoia. — A azulada pegou o abridor de garrafas e foi até o sofá com a amiga. — Mas só eu sei como te embebedar antes das seis da tarde.

Seu rostoOnde histórias criam vida. Descubra agora