Tocando você

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Tikki brincava com um dos pincéis esparramados enquanto sua dona decidia entre verde e azul. Marinette não estava conseguindo terminar um de seus esboços para um cliente; sua cabeça estava longe da realidade e só conseguia pensar na visita da tarde. Adrien chegaria após o almoço e ficaria a tarde toda para acabar a pintura, que, aos olhos da azulada, seria um tortura psicológica por ter ele olhando-a durante todo o trabalho.

Marinette bufou irritada e esticou a blusa de frio pelos braços; precisava terminar os pedidos da lojinha o mais rápido possível. Puxou o cobertor para cobrir suas pernas desnudas e olhou sua gata, que parecia extremamente entretida com os pincéis limpos; Tikki estava realmente gostando daquilo.

— Acho que tive uma ideia! — Sorriu para Tikki, era impossível não rir pela fofura da gata branca. — Você será minha modelo — disse convicta. Pegou sua paleta de cores pastéis e observou os movimentos da felina.

Puxou a antiga folha e a jogou no chão, assim começando um novo esboço. Olhou a gata e passou os pés sobre a pelagem branca ao ouvir o som do piano de Adrien, que estava tocando há um bom tempo. Marinette suspirou pela música, estava como uma boba apaixonada só por ouvir a melodia; mas seus pensamentos foram interrompidos pelo som alto do telefone.

— Alya, ainda bem que ligou, eu já estava esquecendo — falou ao atender o aparelho.

— Bom dia para você também. — Foi a primeira coisa que Alya falou depois das palavras rápidas da amiga.

— Desculpa, estou bem empolgada hoje — ela riu. — Bom dia, quase boa tarde.

— É bom dormir até tarde às vezes. — Alya bocejou pelo telefone. — A empolgação é pelo cliente de hoje? Ele pediu coisa grande, né? Você não costuma se ocupar a tarde toda.

— Bom... É que na verdade... Ele vem em casa — falou um pouco envergonhada e esperou que Alya desse um chilique.

— Espera, como é que é? — a jornalista riu alto.

— É, e tem mais — continuou. — Lembra do carinha dos meus sonhos? Eu me sinto uma louca, mas é real! Ele existe e mora bem ao lado — disse afobada. — Estou tentando lidar com o fato de sonhar com meu vizinho todas as noites e desenhá-lo durante o dia! Ele é o cliente e vem em casa essa tarde — concluiu e espero que Alya gritasse.

— Isso é ótimo, amiga! — falou para Marinette. — Chama ele para sair com a gente hoje à noite! — Pediu alegre.

— Quê? — Marinette arregalou os olhos. — Não era para você começar um sermão sobre eu trazer um desconhecido para minha casa?

— Amiga, você sonha tanto com ele! Pode ser um sinal.

— Sinal, Alya? — A azulada franziu o cenho. — Ele tem o mesmo nome que você tinha me dito! Está me escondendo alguma coisa? — Marinette perguntou risonha.

Seu rostoOnde histórias criam vida. Descubra agora